A Trupe Teatral Cômicos Anônimos foi convidada pela atriz e diretora de teatro Daniela Santi para fazer a leitura dramatizada de textos inéditos no Festival cultural Nelmo Ricardo (saudoso ator de teatro em Nova Friburgo). A iniciativa cultural está sendo produzida em Nova Friburgo com recursos da Lei Aldir Blanc. A apresentação será nesta quarta-feira, 2, às 17h, no canal no YouTube da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo e faz parte da programação da semana.
Os textos chegaram por e-mail após uma chamada em redes sociais e Daniela selecionou alguns para apresentar aos atores da trupe, hoje composta por ela, Jeferson Cunha, Jerônimo Nunes, Scheila Santiago e Suely Soares, que gostaram da proposta, uma vez que em 2009 promoveram um Círculo de Dramaturgia no Centro de Arte de Nova Friburgo.
Os textos selecionados
-
De Flavio Freitas: "A fiandeira", "Maravilhosa cidade" e "A dona de casa";
-
De Djanira Luz: "Cadelas poliglotas do além", "Tô maluca...Tô maluca..." e "Planeta Terra, tô fora!";
-
De Paulo Sacaldassy: "De olho na vida alheia" e "Entrevista de emprego";
-
De Gero Band: "Anonimato";
-
De Bernardo Rangel: "Cômicozinho";
-
De Gilson Fernandes: "Um cheiro de liberdade";
-
De Daniela Santi: "Limites", "Metáfora", "Barba branca", "A única chance" e "Regresso".
Quem foi Nelmo Ricardo
O ator e performista urbano Nelmo Ricardo Martins Dias, nascido em 18 de setembro de 1961, era friburguense e iniciou no teatro como todo jovem idealista. Seu despertar para a atividade aconteceu no Grupo de Promoção Humana (GPH - Cônego). Foi caixa de banco, sócio de livraria, de restaurante de comidas alternativas, de brechó e, finalmente, de um espaço cultural que, infelizmente, não chegou a inaugurar.
Inventivo, Nelmo imprimiu às ruas de Nova Friburgo o colorido de seus personagens. Divertia crianças, adultos e idosos com suas singelas, e quase sempre mudas, criaturas. Nos palcos de teatros nos anos 1980/90, teve muitas e grandes atuações (“Toda nudez será castigada”, “Cabaret Valentin”, “Drape e Pau” e “Procurando uma história”), além dos filmes “O rapto das cebolinhas” e “Limpim”. Generoso com pessoas e animais, alma pura e grande coração, faleceu em 27 de janeiro de 2013. Figura incomparável de talento inimitável, faz muita falta no cenário da arte friburguense.
Deixe o seu comentário