O deputado estadual Filippe Poubel (PSL-RJ), denunciou em vídeo publicado em suas redes sociais um suposto desvio de dinheiro público no Hospital Estadual de Campanha de Nova Friburgo, que está sendo montado anexo ao Ginásio Frederico Sichel, do Sesi, no distrito de Conselheiro Paulino.
No vídeo, ele mostra que a estrutura erguida para receber pacientes com Covid-19, que custou R$ 60 milhões aos cofres do Estado do Rio de Janeiro, seria, na verdade, uma grande tenda vazia. Nas imagens disponibilizadas pelo deputado, ele conta que tentaram impedir a sua entrada, inclusive, acionando a Polícia Militar, que esteve no local para verificar a situação.
“Não dá pra entender. Estamos com 95% dos leitos no Estado do Rio de Janeiro ocupados e obra atrasada desse jeito. O prazo dado pelo Governo do Estado foi 30 de abril, depois passou para 10 de maio e agora, pelo que vi no relatório do Ministério Público, esse prazo já foi estendido para a segunda quinzena do mês. E pelo que eu estou vendo aqui, isso não fica pronto antes de junho. Não estou vendo as camas, aparelhos”, declarou o deputado Filippe Poubel no vídeo publicado em suas redes sociais.
O parlamentar percorreu as instalações do Hospital de Campanha de Nova Friburgo e afirmou só ter visto a tenda montada e alguns armários. Ele declarou ainda que vai protocolar uma denúncia sobre a situação ao Ministério Público: “Um Hospital de Campanha que não tem ninguém trabalhando. Como que isso vai ficar pronto se não tem ninguém trabalhando?”, denunciou o deputado.
Além do Hospital de Campanha de Nova Friburgo, a empresa Iabas é a responsável por gerir os hospitais de campanha do Maracanã, de Duque de Caxias, de São Gonçalo, de Campos dos Goytacazes, de Casimiro de Abreu e de Nova Iguaçu.
O Hospital de Campanha
O Hospital de Campanha de Nova Friburgo começou a ser montado no início do mês de abril, com a previsão inicial de ser inaugurado ainda no final daquele mês. Perto do fim do prazo, o estado informou que as atividades começariam até o final da primeira quinzena de maio.
A estrutura vai contar com 100 leitos e, de acordo com o Governo do Estado do Rio, o início das operações será de acordo com a demanda. O local escolhido foi estratégico. A unidade está localizada à margem de uma rodovia estadual, a RJ-116, facilitando o acesso de pacientes de cidades vizinhas do Centro-Norte do Estado, como Bom Jardim, Cordeiro, Cantagalo, Duas Barras, Macuco, Carmo e Sumidouro.
A estrutura conta com três tendas montadas. A menor delas, ao que parece, deve ser a porta de entrada dos profissionais de saúde que irão trabalhar na unidade. Neste local haverá vestiários, banheiros e locais próprios para que os funcionários realizem todos os processos de higienização. Ao lado, em uma tenda um pouco maior, está previsto para funcionar os consultórios e o quartos de enfermaria para casos mais brandos de coronavírus. E na terceira tenda, a maior delas, deve funcionar os quartos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), para os casos mais graves.
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