A VOZ DA SERRA noticiou na última terça-feira, 5, a polêmica envolvendo a morte de um jovem, que após sofrer acidente de moto, foi atendido no Hospital Municipal Raul Sertã e no laudo do óbito constava trauma de crânio e suspeita de Covid-19. A notícia gerou grande repercussão na cidade e causou revolta na família da vítima, que não queria velar o rapaz com o caixão lacrado - procedimento adotado em casos de morte por suspeita ou confirmação do coronavírus.
Na ocasião, nossa equipe de reportagem apurou que a tomografia a qual a vítima do acidente foi submetida indicou “imagem de vidro fosco”, o que costuma acontecer também em pacientes vítimas de Covid-19, mas que também pode ter sido ocasionado por conta do acidente. No fim da tarde de terça-feira, o delegado titular da 151ª DP, Henrique Pessoa, divulgou um informe nas redes sociais da delegacia esclarecendo detalhes sobre o caso.
Eis a nota: “O jovem que sofreu acidente de motocicleta no fim de semana, veio a óbito tão somente devido ao referido acidente, não havendo outras causas a apurar. A vítima foi submetida a protocolo de atendimento médico com a finalidade de abordar o trauma, sendo que no exame de imagem restou que ele apresentava “pneumonia”, podendo estar contaminado com o coronavírus, de acordo com o laudo do médico. Assim, em atendimento a protocolo sanitário, passou a ser tratado o fato como “risco biológico”, evitando eventual contaminação difusa. Portanto, a vitima evoluiu a óbito devido a “lesões contundentes decorrentes de acidente de motocicleta”, constando essa como “causa da morte” no laudo de exame cadavérico e no atestado de óbito. Necessário referir que, em caso de pandemia, todo cadáver deve ser tratado como potencial risco biológico, independente da causa da morte, motivo que impõe limitações às cerimônias. Como manda a praxe legal, o fato esta sendo apurado em sede de inquérito policial em curso na delegacia local. Nossos sinceros sentimentos à família”, concluiu o delegado.
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