Os índices de confiança dos consumidores fluminenses na economia brasileira nos próximos três meses continuam em queda. De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), apenas 17,6% dos consumidores entrevistados se mostraram confiantes, índice inferior ao constatado em fevereiro (29,3%). O indicador referente aos que estão pessimistas também subiu, de 24,5% para 29,3%, assim como os muito pessimistas: de 18,8% para 29,8%.
O percentual de consumidores que acreditam que a economia não sofrerá alterações diminuiu de 21% para 17%. Os muito confiantes continuam somando 6,4% do percentual total de entrevistados. Questionados sobre as expectativas em relação à economia fluminense no próximo trimestre, 29% estão muito pessimistas, 30,8% pessimistas, 18,6% acreditam que não haverá alteração e apenas 21,6% estão confiantes ou muito confiantes.
Emprego
Em relação ao emprego, 62,1% dos consumidores fluminenses entrevistados estão com muito medo de perder suas ocupações, esse é o maior percentual já registrado pelo levantamento. Em fevereiro, essa porcentagem era de 49,3% e janeiro (43,3%). Os que estão com pouco receio de perder o emprego representam 13%. Apenas 24,9% dos entrevistados estão confiantes e não estão com medo.
Renda familiar
O percentual de consumidores que acreditam em algum tipo de redução da renda familiar subiu de 45% para 60,8% dos entrevistados. O indicador dos que creem que a situação econômica de suas famílias continuará como está caiu de 36,7% para 25,7%, representando uma diferença de 11 pontos percentuais. Apenas 13,5% dos fluminenses acreditam que a renda aumentará de alguma forma.
Endividamento
O total de fluminenses que se disseram endividados ou muito endividados subiu de 50,5% em fevereiro, para 58,8% em março. Os que se dizem pouco endividados caiu de 25,7% para 17%. Já o percentual de consumidores não endividados aumentou de 23,8% para 24,2%.
Inadimplência
A porcentagem de consumidores inadimplentes ou com muitas restrições apresentou aumento nesse estudo: de 37,2% para 41,2%. O índice de fluminenses pouco inadimplentes caiu de 19,8% para 15%. Já o número de cidadãos sem restrições praticamente se manteve: de 43,1% para 43,8%. Entre os que se declararam inadimplentes, o cartão de crédito segue na liderança (60,1%), seguido pelas contas de luz, gás, água, internet e telefone (47,9%) e pelo crédito pessoal (33,8%).
Bens duráveis
Perguntados sobre os gastos com bens duráveis, 41,9% dos consumidores pretendem aumentar esse tipo de consumo, alta de 5,9 pontos percentuais em relação ao mês anterior, seguidos por 34,7% que esperam gastar menos, em fevereiro eram 33%. Já 23,4% pretendem manter esses gastos, na sondagem anterior foram 31%.
A sondagem contou com a participação de 393 consumidores do Estado do Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 22 de março, com o objetivo de entender quais as expectativas dos fluminenses com relação a retomada da economia do Estado do Rio e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores.
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