A pandemia da Covid-19 afetou drasticamente a indústria do entretenimento. Estreias foram adiadas e gravações interrompidas. Além disso, vários cinemas fecharam as portas - alguns definitivamente. Shows, eventos e festivais foram postergados ou, em alguns casos, cancelados.
De acordo com o portal Filme B, especializado em mercado cinematográfico, a pandemia foi responsável pelo encerramento das atividades, no Brasil, de pelo menos 577 salas de exibição, de um total de cerca de 3.500 (cerca de 16%). De acordo com o sócio diretor da rede Cineshow, que possui seis salas nos shoppings de Nova Friburgo, Ricardo Monnerat Celes, os cinemas do município estão fechados desde março.
Seguindo as diferentes fases de flexibilização das atividades nos municípios, atualmente cerca de 50% dos pouco mais de 800 cinemas do país estão abertos e funcionando com capacidade máxima de 50%, de acordo com o portal Filme B, que acompanha o setor. E o público que frequentou as salas em maio, por exemplo, não chega a 10% comparando o movimento das salas no mesmo mês em 2019.
Na última sexta-feira, 4, a Prefeitura de Nova Friburgo publicou o decreto 1.009, que atualiza e consolida regras para o funcionamento das atividades econômicas no município considerando os riscos da pandemia da Covid-19. A principal novidade foi a permissão para os cinemas funcionarem com 30% da capacidade máxima, porém, sem consumo de alimentos e bebidas nas salas de exibição. O novo decreto assinado pelo prefeito Johnny Maycon (Republicanos) entrou em vigor nesta segunda-feira, 7, mas as salas de exibição só deverão voltar a funcionar a partir de quinta-feira, 10. A grade de filmes ainda não foi divulgada.
Segundo Ricardo, a rede Cineshow possui 25 funcionários atuando em Nova Friburgo. “Nosso prejuízo mensal com a proibição de funcionar é da ordem de R$ 30 mil a R$ 50 mil por mês”, esclarece o sócio diretor.
Filme sem pipoca
“Estamos chegando no nosso limite. Se não reabrirmos agora não haverá cinemas no segundo semestre. Quando ele (o prefeito) libera o cinema, não libera a bomboniere. Assim a engrenagem não roda. Sem bomboniere o cinema não sobrevive”, enfatiza Ricardo. “Bares e restaurantes estão abertos e vendendo comidas e bebidas. Por que o cinema não pode?”, questiona o sócio diretor.
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