Alunos: “Tia, mandei uma mensagem no chat'. 'Tia, tem gente com áudio e vídeo ligados'. 'Tia, qual é a página mesmo?”.
Um minuto depois. “Tia, cheguei agora, qual é a página mesmo?'. 'Tia, não vou responder não'. 'Tia, tem de ser o que está escrito aqui embaixo?'. 'Tia, acabei!”.
Tia: “Cheguei, gente. Demorou porque não tava conseguindo entrar."
Estas são algumas das cenas resumindo o que vem acontecendo em muitos lares brasileiros, onde uma parcela de alunos do ensino básico está tendo aulas on-line. No Facebook nos deparamos com o seguinte relato de uma mãe:
“Teve um dia em que sobraram 15 minutos para fazer a atividade de leitura, e outros 10 minutos para o encerramento da aula. Aí um aluno, mandou: Tia, às vezes você fica verde no vídeo. A imagem fica estranha!” Ao que a tia respondeu: 'Ai meu Deus, tô virando Hulk kkkkkkk…”
E assim foi mais um dia de aula, remota! Não que essas distrações atrapalhem o resultado do rendimento dos alunos, pelo contrário, faz parte. Como faz parte se fosse aula presencial. Entre uma chamada aqui e outra ali, em cima dos mais distraídos, uma brincadeirinha para relaxar não deve ser proibida.
Por outro lado, o afastamento das escolas, levando as crianças e os jovens a estudarem em casa, mostrou em muitos casos o quanto as famílias estavam até então afastadas da escola e do aprendizado de seus filhos. Ao terem que acompanhar mais de perto a rotina de estudos deles, pais e mães perceberam a necessidade de conhecerem melhor o material didático e as metodologias adotada.
Esse processo tem seus desgastes para ambos os lados. Os familiares e responsáveis se vêem sobrecarregados com essa nova demanda combinada ao trabalho no formato home office e afazeres do lar, mas passam a valorizar mais os professores e a escola. Por sua vez, as instituições de ensino passam a ser mais cobradas por pais e mães agora com melhor entendimento da aprendizagem dos estudantes.
Apesar de alguns entraves, o balanço dessa quarentena pode e deve ser positivo. No fim, todos querem e estão buscando o melhor ensino para as crianças e os jovens.
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