O resultado final das eleições para o Legislativo em Nova Friburgo indica que a Câmara Municipal terá na próxima legislatura suplente que não recebeu nenhum voto, nem mesmo o próprio. Por outro lado, candidatos que receberam mais de 930 votos nem suplentes se tornaram. A observação é da coluna do Massimo.
A intenção dos legisladores pode ter sido boa ao estabelecer a eleição proporcional, mas, em meio a tantos partidos sem qualquer fumaça ideológica, parece que os interesses de caciques estão se impondo demais à vontade popular nas eleições proporcionais, diz o colunista.
Um dos que não foram eleitos foi o Professor Pierre, um dos mais atuantes vereadores do Brasil. Massimo é testemunha do quanto ele sacrificou sua vida particular ao longo dos últimos anos, incapaz de flexibilizar um comprometimento com a cidade e os interesses coletivos que lhe roubou muitas horas de sono e de convívio familiar.
Mesmo durante o período eleitoral, boa parte de seu tempo foi investido na conclusão de uma peça fiscalizatória de enorme escopo, que ainda há de ter profundas repercussões sobre a administração pública friburguense.
Ao longo dos últimos quatro anos seu gabinete produziu mais de três mil páginas entre relatorias de natureza legislativa e fiscalizatória, que incluem o novo Regimento Interno, a nova Lei Orgânica Municipal, e as diversas operações legislativas que reuniram denúncias muito bem fundamentadas sobre a gestão municipal.
O tipo de material que, caso contasse com a mesma atenção dedicada pelo Judiciário às esferas estadual e federal, já teria rendido consequências de alcance difícil de estimar.
Referência
Este seu último mandato se consolida como referência do tipo de relevância que cada vereador pode alcançar, se estiver realmente disposto a trabalhar, sem cair nas armadilhas da popularidade fácil ou do tráfico de influências.
Que possa servir de exemplo ao sangue novo que chega para oxigenar o plenário a partir de 2021.
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