A VOZ DA SERRA pergunta: Os maiores impactos da pandemia de Covid-19 sobre a economia serão sentidos nos primeiros anos do próximo mandato, tornando a Secretaria de Assistência Social especialmente importante para proteger, amparar e redirecionar grande contingente de cidadãos, muitos dos quais em condição de rua. O que seu plano prevê concretamente para esta pasta, tão vasta e necessária nos tempos atuais? (Respostas por ordem alfabética)
Alexandre Cruz
“A Secretaria de Assistência Social tem o terceiro maior orçamento do município. No nosso governo, vamos fazer uma reforma administrativa e mudar a nomenclatura, criando a Secretaria de Promoção Social, Trabalho e Renda. A assistência social passa a ser Promoção Social. Nós queremos promover as pessoas, a vida das pessoas. Somos um povo trabalhador. Ninguém gosta de viver de assistencialismo. As pessoas querem ter oportunidade de se capacitar para, através do seu trabalho, levar o sustento para casa. Pós pandemia, temos que fomentar a economia e a vida daqueles que mais precisam, daqueles que precisam estar no mercado de trabalho para terem condições de fazer uma boa alimentação em casa. Continuaremos com os programas federais para os mais necessitados e, juntamente, vamos oferecer formas de capacitação para a inserção no mercado de trabalho.”
André Montechiari
“A assistência social será importantíssima no próximo governo. A economia está em recessão, muitas pessoas estão emocionalmente abaladas pela quebra de suas rotinas por conta da Covid 19. Quase dez mil pessoas foram demitidas de março a setembro. O auxílio emergencial e as medidas de proteção à economia contribuíram para dar mais segurança às pessoas, mas a tendência é a crise aumentar ao fim destas medidas. Vamos trabalhar muito pelos programas de geração de emprego e renda, pela capacitação das pessoas e em aproximar os desempregados dos empregadores através o balcão de emprego digital. Assistência Social não é apenas cesta básica. A Assistência Social tem que estar na saúde, na educação e nas comunidades ouvindo, orientando, formando e detectando zonas de conflitos coletivos ou pessoais. Trabalhando no atendimento aos direitos básicos, na prevenção ao uso de drogas e também na prevenção de doenças, de conflitos familiares, da depressão e de tantos outros problemas. Gerar qualidade de vida. Este é o nosso projeto.”
Arthur Mattar
“É necessária uma estratégia integrada para os direitos sociais envolvendo ativamente as políticas de: Habitação, Educação, Cultura, Desenvolvimento Social, Saúde, Juventude, Desporto, Emprego, Empreendedorismo e Inovação. Vamos: implantar o cadastro único para inserção nos programas sociais; criar o projeto social de proteção ao jovem em situação de vulnerabilidade; estimular o real funcionamento e redefinição das funções do Conselho Municipal de Assistência Social; promover, apoiar e participar em programas ou iniciativas que visem a defesa dos direitos das pessoas com deficiência; criar a Casa de Proteção as Pessoas em Situação de Rua e ampliar o número de unidades do Cras (Centro de Referência em Assistência Social), especialmente com as áreas rurais; construir Centro Viver para Pessoas Idosas, um abrigo, em parceria com as secretarias de Assistência Social e Desenvolvimento Humano e Saúde, para que os idosos tenham assistência psicologia, de saúde, atividades lúdicas e bem viver; criar Fundo Municipal de Habitação destinado a propiciar apoio e suporte financeiro à concessão da Política Municipal de Habitação, com a finalidade de construir comercializar, financiar e subsidiar a implantação de programas habitacionais.”
Cacau Rezende
“A pandemia mostrou uma cidade real, diferente daquela que políticos e dirigentes querem que acreditemos. Os indicadores estão mostrando onde e quem está sofrendo com a crise sanitária, a falta de saneamento ambiental e de moradia digna. Há questões de assistência imediata, há questões de gestão, mas também questões de planejamento. Vamos trabalhar para construção da cidade como ela deve ser, sustentável e inclusiva. Queremos inverter a lógica do atendimento emergencial, que serve apenas a interesses casuísticos. Trabalhar na origem do problema - é claro - não podemos esquecer daqueles que se encontram nessa situação e que precisam de soluções imediatas, lugares para acolhimento com segurança, cuidados com saúde, alimentação, vestuário e orientação psicológica. Isso não significa o abandono do planejamento para tomada de decisões. Em paralelo introduziremos uma política preventiva que resolva o problema e evite que outros tomem o lugar. De um lado a inclusão social, seja através de emprego, renda, e bem estar social. Por outro lado, preparar os espaços públicos que facilitem e promovam qualidade de vida, saneamento ambiental e habitação de interesse social para todos os bairros.”
Cláudio Damião
“Teremos redução da arrecadação de IPTU, ISS e ICMS. Por isso será importante ter um prefeito com experiência, capaz de fazer muito mais com muito menos recursos. Combater a corrupção e gastos desnecessários será fundamental para direcionar recursos para áreas sensíveis como Saúde, Educação, Assistência Social, Esporte. Isso eu sei fazer muito bem, pois fui o que mais combateu a corrupção em Nova Friburgo. A Assistência Social, por suas características de atendimento ao público que mais necessita, precisa estar em sintonia com as demais áreas, como as citadas acima. Interagir e integrar programas conjuntamente serão uma das nossas metas. Vamos inaugurar um Centro de Referência da Assistência Social no Terra Nova. Ampliaremos o trabalho de prevenção da violência contra a mulher e a violência doméstica contra crianças e adolescentes. Retomaremos as ações do espaço de convivência da pessoa idosa. Olharemos atentamente para os moradores das localidades de risco nos diversos bairros. Ampliaremos o comitê para discussão sobre dependentes químicos e pessoas em situação de rua. Qualificaremos os servidores da Assistência Social com formação continuada e com Plano de Cargos e Salários.”
Delegada Danielle Bessa
“Ao contrário de outros estados, as cidades do Rio de Janeiro não têm uma pobreza tão aguda, se consideramos a renda domiciliar per capita. Ainda assim, em Nova Friburgo temos muitas famílias que vivem abaixo da linha de pobreza. Convivemos também com outros graves problemas sociais: todos nós conhecemos mulheres que sofrem violência doméstica, idosos desamparados, jovens com dificuldade de conseguir o primeiro emprego e crianças desassistidas. Para lidar com isso, precisamos ter uma Assistência Social muito ativa. É uma secretaria que tem que antecipar problemas, tratar as causas do sofrimento social e entender as pessoas no contexto em que elas vivem. Vamos potencializar capacidades individuais e coletivas das pessoas. Não vou fazer assistência social apenas repassando benefícios. Não vamos somente reagir, vamos agir preventivamente. Entre outros programas previstos, vamos implantar o Programa Família Acolhedora, onde famílias da comunidade receberão em suas casas, por um período determinado, crianças, adolescentes ou grupos de irmãos em situação de risco pessoal, o Cartão Benefício, para suporte do idoso em vulnerabilidade e, ainda, o Programa Jovem Aprendiz pela prefeitura.”
Dr. Luis Fernando
“Acreditamos no fortalecimento dos grupos comunitários crianças, jovens e Idosos. Parceria com empresas locais, Acianf, CDL e Firjan, para aproveitamento de mão de obra. Ofertar oficinas para envolver adolescentes, evitando a evasão escolar e situação de risco e fortalecendo os vínculos familiares e comunitários por meio de ações baseadas no caráter preventivo. Os fatores que levam uma pessoa a viver nas ruas são diversificados como conflitos familiares, desemprego, vícios, problemas psiquiátricos, entre outros. Precisamos realizar fóruns de Assistência Social com mais frequência, capacitando a equipe técnica de acordo com os problemas existentes, e assegurar o atendimento e desenvolvimento de atividades que socializem as pessoas em situação de rua. Quanto aos adolescentes fazendo uso de álcool e drogas, precisamos aumentar a fiscalização de bares. Quem são os maiores que estão por trás desse prejuízo? Realizar um trabalho junto à comunidade, assistência Social, Creas e Conselho Tutelar, responsabilizando os pais. Fornecer cursos profissionalizantes, atividades esportivas, voltar com atividades no contra turno escolar. É imprescindível ocupar o tempo da criança e do adolescente. Prevenção é primordial.”
Hugo Moreno
“A pandemia descortinou as mazelas do desemprego estrutural, da carestia e do esgotamento do modelo agroexportador pautado pela desindustrialização. Medidas anticíclicas federais e estaduais submetem-se às contingências orçamentárias do erário, sacrificado pelos serviços da dívida pública e pela política fiscal liberal contracionista. A defesa da estabilidade laboral, com garantia de emprego e renda, é pressuposto de defesa social. Friburgo Operária estruturará a Rede de Proteção Social, com a disponibilização de benefício assistencial digno ao proletariado. Instituirá programa de segurança alimentar das populações vulneráveis mediante o incentivo ao cultivo de hortas urbanas e a revisão da política governamental de compras de gêneros alimentícios. Estabelecerá programa de combate à fome, com a criação da Companhia Municipal de Abastecimento. A empresa pública contará com a atribuição de gerenciamento do estoque público de itens da cesta básica bem como o acompanhamento da vulnerabilidade social da população. “Quem tem fome, tem pressa”; e “quem sofre, sempre tem razão”. A vida e a dignidade humana serão o leme do governo popular do PSTU, da esquerda proletária e coerente.”
Johnny Maycon
“Nós vamos instituir a Repas – Rede Permanente de Atenção Social com integração sistêmica e estratégica de órgãos municipais para formulação e implementação de políticas públicas de educação, esporte, lazer, saúde, assistência social, segurança, drogas e promoção dos direitos humanos conforme previsto no artigo 460 da Lei Orgânica Municipal 4.637/2018. Monitoraremos e identificaremos as áreas de maior vulnerabilidade social do município para direcionar e implementar programas de assistência social. Priorizaremos o atendimento a criança e adolescente conforme preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e garantiremos às crianças e adolescentes em vulnerabilidade ou risco social o atendimento nos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, no contra turno escolar. Estabeleceremos um cadastro voluntário das pessoas em situação de rua e outras pessoas que vivam em extrema carência material para avaliar caso a caso a melhor forma de atendê-los. Ofereceremos apoio social, psicológico e jurídico aos idosos em situações de violação de direitos, como violência intrafamiliar, discriminação e situação de rua. Qualificaremos o atendimento às famílias com crianças sob medida de proteção.”
Juvenal Condack
“As carências sociais ficarão ainda mais explícitas, causando uma pressão adicional sobre os serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde, educação e assistência social. A prefeitura vai precisar dar uma resposta para a sociedade rapidamente e equipar a Secretaria de Assistência Social será determinante para que os assistentes sociais tenham o suporte necessário para desenvolver políticas sociais, projetos e ações de inclusão. Dentro das propostas do Plano Mais prevemos monitorar as verbas disponíveis nos governos estadual, federal e na iniciativa privada que possam financiar programas de inclusão social de populações de rua e/ou vulneráveis. Quanto ao trabalho assistencialista, vamos reconhecer a atuação filantrópica das instituições e de entidades religiosas, repassando devidamente as subvenções conforme calendário. Vamos disponibilizar assistência jurídica para formalização das entidades envolvidas em projetos sociais e levar esses programas assistenciais para os bairros e distritos, visando alcançar principalmente as crianças e adolescentes. A ideia é ampliar esses serviços com parcerias entre as secretarias de Esporte, Saúde e Educação e escolas, comunidades e entidades.”
Lucidarlen Novaes
“Diante do quadro delicado em que nos encontramos, a pandemia de Covid-19, é nosso dever propor medidas que garantam a paz, a segurança e a saúde dos cidadãos. Em nosso governo, teremos o compromisso de potencializar os serviços da saúde, para que atendem em maior proporção e alcancem com eficiência a toda a população. Implantaremos nas unidades básicas de saúde, na UPA, Maternidade, Hospital Raul Sertã e postos de saúde o prontuário eletrônico, contendo a anamnese dos pacientes e agilizando processos de atendimento. Trabalharemos com atendimento 24 horas nos postos de saúde, atendendo aqueles que em uma emergência não tem acesso ao hospital com facilidade. Trabalharemos no Cras e no Creas com pessoas capacitadas e qualificadas especialmente em situações de crise, com profissionais da saúde e, na medida do possível, em algumas unidades, trabalhar com o atendimento 24 horas, atendendo pessoas em extrema vulnerabilidade e potencializando os serviços da assistência social.”
Mariozam da Rádio
“Em nosso governo, vamos coordenar com sabedoria as pessoas que estiverem em condições de rua, dando suporte psicológico, médico para trazer as pessoas de volta ao convívio social e familiar. Para as pessoas em linha de pobreza, iremos trazê-las de volta para o emprego em parceria com empresas, cursos profissionalizantes e a Assistência Social, dando suporte às famílias vulneráveis em relação a alimentação, através do cartão municipal que iremos criar e doado às mães de família com crédito mensal, destinado as compras do mês no comércio local. Buscar recursos do governo estadual e federal para a construção de condomínio habitacional, com prestações simbólicas para serem pagas junto aos bancos do Governo Federal. Criar linhas de crédito e isenção de impostos em todos os interessados em trabalhar no turismo, agricultura, floricultura, pequenas empresas geradoras de emprego para os moradores do município. Assim, trazer todos de volta a uma vida digna, com saúde, educação e trabalho. A Secretaria de Assistência Social tem que se fazer presente em todos os bairros e distritos do município. O meu compromisso é salvar vidas.”
Renato Bravo
“A Assistência Social é uma das mais importantes secretarias, por tratar da proteção social da população e cumprir rigorosamente os procedimentos destinados ao setor, distribuídos entre os diversos segmentos das políticas sociais, de desenvolvimento familiar e comunitário. Em um país de desigualdades, a política de proteção social é um instrumento vital. Nova Friburgo foi referência nos últimos quatro anos pela atuação em assistência ao idoso, Casa do Emprego, criação do Conselho Tutelar II, ampliação e reformas dos Cras e Creas, Ponto de Apoio para pessoas em situação de rua e a entrega de 114.351 mil cestas básicas na pandemia. Nossos compromissos futuros são criar a Casa da Mulher Vítima de Violência, com acolhimento e atendimentos psicológico e assistencial; ampliar a Casa do Emprego, incrementando contatos com empresas para aumentar oferta de trabalho; implantar o projeto Família Acolhedora, para apoiar crianças e adolescentes que têm que sair de casa por violação de direitos ou a impossibilidade de cuidado pelas famílias, e a família acolhedora receberá por mês R$ 350, por criança; criar um Creas em Conselheiro Paulino, para pessoas em situação de risco social ou de direitos violados.”
Sérgio Louback
“Será extremamente importante, nos próximos anos, executar políticas públicas e programas que garantam direitos, gerem emprego e renda, e desenvolvam socialmente a população. Sabemos que a Secretaria de Assistência Social possui muitos convênios com o Governo Federal e nós usaremos do apoio de nosso escritório em Brasília para buscar laços mais estreitos, trabalhando para buscar mais condições econômicas e financeiras para podermos ajudar essas pessoas. Iremos fomentar o trabalho do terceiro setor buscando parcerias público-privadas. E, ainda, contaremos com a experiência da minha vice, Márcia Carestiato, atuante nos trabalhos sociais e muito bem relacionada com entidades de classe. Com o apoio dessas entidades, pesquisaremos junto às empresas o tipo de mão de obra necessária e qualificaremos nossos jovens com cursos profissionalizantes para que já possam ser absorvidos pelo mercado de trabalho. Além disso, vamos dar todo apoio às entidades beneficentes já existentes na cidade e que prestam um grande serviço à população.”
Silvia Faltz
“Depois da tragédia de 2011 as demandas da área de Assistência Social em Nova Friburgo aumentaram muito e tendem a se intensificar em função dos efeitos da pandemia. É fundamental aumentar a rede de atendimento e os equipamentos de porta de entrada para a população e fortalecer instrumentos como o Conselho Tutelar, o Cras e o Creas. Por exemplo, criar um Creas no segundo distrito, um Cras em todos os distritos, talvez até dois em distritos grandes como Conselheiro Paulino. Uma ‘Casa de Passagem’ para acolhimento temporário de população vulnerável, como moradores em situação de rua, idosos ou doentes sem familiares, moradores que ficam sem moradias em função de desastres naturais, mulheres que sofrem violência doméstica, uma iniciativa que talvez pudesse ser feito numa parceria intermunicipal com os 15 municípios da região, e mesmo com a Secretaria Estadual de Assistência Social. Precisamos principalmente mudar a mentalidade e a cultura do cidadão friburguense, estimular uma cultura de acolhimento e solidariedade aos mais vulneráveis. É importante pensar Nova Friburgo como uma cidade mais humana, mais solidária, mais igualitária.”
Wanderson Nogueira
“O trabalho humanizado da Assistência Social é fundamental para reduzir as desigualdades que foram agravadas nesta pandemia, Não aceitamos com naturalidade e indiferença que tenhamos tantas pessoas em situação de rua numa cidade tão acolhedora como Nova Friburgo. Por isso, vamos implementar equipe própria para o Serviço Especializado em Abordagem Social para pessoas em situação de rua e pessoas com deficiência, idosas e suas famílias. Vamos reativar o Comitê Intersetorial de Atendimento à Pessoa em Situação de Rua. Além disso, promover parcerias sérias e responsáveis com organizações da sociedade civil que tenham experiência neste tipo de acolhimento. Vamos também fortalecer e fazer funcionar os Cras - Centros de Referência da Assistência Social – já existentes, criar uma unidade no condomínio Terra Nova e outro itinerante, para atendimento de áreas mais afastadas. Criaremos a Secretaria da Mulher, que vai concentrar todas as políticas públicas para mulheres, especialmente, em situação de pobreza e/ou vulnerabilidade e violência. Com isso, fortaleceremos as estruturas do Centro de Referência da Mulher, com ações itinerantes por toda a cidade, principalmente, nas áreas mais afastadas.”
Deixe o seu comentário