Os alunos dos Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas) de todo o Estado do Rio de Janeiro vão aprender de forma criativa, na nova oficina oferecida pela Fundação Cecierj, do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Totalmente prática, a oficina de robótica terá duração de seis semanas dedicadas ao ensinamento de construções de projetos feitos com papelão, lata de refrigerante, palito de sorvete e elástico. As aulas, além destes conceitos de física, também vão discutir história, arte, ciências e tecnologia. Todos os 57 mil estudantes matriculados na Rede Ceja podem se inscrever, pois não é necessária nenhuma comprovação de conhecimento prévio.
"A partir da robótica, que vai muito além da programação de robôs, o professor conseguirá tratar o assunto de maneira transversal a outras disciplinas, o que promove um aprendizado muito mais rico. Tenho certeza que essa iniciativa vai despertar o interesse dos alunos pelas áreas ligadas à tecnologia, além de propiciar a troca entre alunos e professores", destaca a secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Isabel de Castro de Souza.
A oficina foi pensada a partir de estudos baseados nas grandes revoluções, para mostrar aos alunos como eram diferentes os projetos nesses períodos. O mundo pré-industrial, por exemplo, era basicamente mecânico. A máquina a vapor aparece com a Revolução Industrial e, em um dos momentos da “Robótica”, a proposta é construir objetos mostrando a transformação do calor em energia mecânica. Já em uma segunda etapa da Revolução Industrial, os alunos vão saber o que ocorreu a partir da criação do motor elétrico e, por fim, o conceito ligado à Indústria 4.0, um mundo mais conectado desde a programação à internet.
A iniciativa foi idealizada pelo professor de Física, César Bastos, que também é responsável pelo núcleo de robótica da Escola Técnica Estadual Ferreira Viana, ligada à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), onde conquistou o prêmio de Gestão de Qualidade ISO, em 2014. "Quero, com essa oficina, desmistificar a Física, Matemática e conceitos que parecem ser difíceis e, por isso, início as ações com projetos simples para que os alunos se sintam confortáveis. Quando veem que isso é possível, acabam se animando e estudando mais", explica.
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