Depois de três ondas intensas de frio neste inverno, agosto terá, segundo o Climatempo, a passagem de três frentes frias. Uma já nesta primeira semana, outra na virada da quinzena e uma terceira na última semana do mês. Até o momento, os modelos indicam que a primeira frente fria deve provocar mais chuva, enquanto a segunda deve trazer mais frio.
Em Nova Friburgo, por exemplo, a semana segue com mínimas de 7 graus e máximas em torno de 18, sol intercalado com períodos nublados e possibilidade de alguma chuva nesta terça, 3, na previsão atual do Climatempo. O próximo fim de semana, no entanto, deverá ser ensolarado, com mínima de 9 e máxima de 21 graus.
Devido ao avanço dessas novas massas de ar frio, este último mês do inverno 2021 deverá ser mais frio do que o normal no Estado do Rio. Embora agosto seja normalmente também o mês mais seco do ano na maior parte do país, as previsões indicam que o próximo mês choverá acima do normal em grande parte do Sudeste.
Como o ar frio vai predominar neste mês, agosto vai dar aquela sensação de que o frio não passa, diz o Climatempo. Até o momento, não há previsão de uma massa de ar frio mais intensa do que as de julho, mas o frio vai ser mais duradouro.
No Sudeste, agosto começa com temperatura em elevação no Sudeste e faz calor no Estado do Rio. No fim desta primeira semana, no entanto, entre quinta e sexta-feira, 5 e 6, uma frente fria chega à região praticamente sem provocar chuva, mas com queda de temperatura significativa. Mas o frio não será duradouro e a temperatura logo começa a subir.
Na segunda semana do mês, outra frente fria vai passar pelo Sudeste. Esse sistema deve provocar chuva e queda de temperatura novamente. No início da segunda quinzena, entre os dias 17 e 18, a terceira frente fria deve chegar acompanhada de uma massa polar de forte intensidade, fazendo a temperatura cair de forma expressiva em todo o Sudeste. O frio será mais prolongado e a temperatura só volta a subir na última semana do mês.
Nos últimos dias de agosto, outra frente fria vai passar pelo Sudeste e a temperatura tende a cair novamente.
Como foi julho
Julho terminou gelado, com recordes de frio em anos no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Apesar de três ondas de frio terem atuado durante o mês, a falta de chuva também chamou a atenção. A Região Sul, que normalmente recebe mais chuva nesta época do ano, não chegou a acumular 50mm.
Ondas de frio históricas
O instituto destaca, porém, que não é qualquer massa de ar polar que causa queda da temperatura acentuada no Brasil nem qualquer resfriamento intenso que pode ser considerado uma onda de frio. Há várias maneiras de se definir tecnicamente uma onda de frio, mas de forma geral, considera-se não apenas a queda muito acentuada da temperatura, mas o período em que o ar frio de origem polar intenso persiste - pelo menos quatro dias - e, também, a abrangência da atuação do ar frio e os efeitos observados, que incluem queda de neve e/ou geada.
Na literatura sobre ondas de frio na América do Sul, segundo o Climatempo,duas são sempre citadas: a de frio de 1975, quando tivemos nevadas históricas sobre Sul do Brasil, incluindo Curitiba e Foz do Iguaçu, além de muita geada nos cafezais; e a de 1994, que também danificou fortemente as plantações de café no Sul e no Sudeste, inclusive em São Paulo e no Sul de Minas.
A onda de frio que o Brasil viveu nesta última semana de julho de 2021 foi prevista com várias semanas de antecedência e a população foi avisada. Vários meteorologistas compararam esta onda de frio com a de 1994.
Na madrugada da última sexta, 30 de julho, o Climatempo registrou 2 graus em Nova Friburgo, a mais baixa temperatura deste inverno na cidade. O termômetro digital do Paissandu chegou a marcar 1 grau negativo e localidades como Campo do Coelho 3 graus negativos . O frio chegou com força na noite de quinta passada, trazido pela massa de ar polar vinda do Sul, onde nevou na véspera. Às 18h30 já fazia 5 graus, segundo o termomêtro digital do início da Avenida Alberto Braune.
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