Após quatro adiamentos, o governo do estado confirmou nesta sexta-feira, 5, que o hospital de campanha de Nova Friburgo não será mais aberto neste domingo, 7. A nova data de abertura agora é "em breve", segundo o estado.,
Esta semana o governador Wilson Witzel publicou um decreto rompendo com a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) e, consequentemente, afastou a OS da construção e gestão dos sete hospitais de campanha prometidos pelo estado para começarem a funcionar nos próximos dias, entre eles o de Nova Friburgo, que está sendo montado no ginásio esportivo Frederico Sichel, do Sesi, no distrito de Conselheiro Paulino.
Segundo o decreto, o motivo foi do rompimento foi o atraso para a conclusão das obras dos hospitais de campanha de Friburgo, São Gonçalo, Casimiro de Abreu, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu e Duque de Caxias.
Em Nova Friburgo, o hospital de campanha já foi adiado quatro vezes. Inicialmente, o governo do estado prometeu a entrega de todas as unidades até 30 de abril, mas apenas parte de uma delas, a do Maracanã, no Rio, está aberta.
Frienge assume término da obra
A construtora friburguense Frienge assumiu a parte de obras da estrutura do hospital de campanha no ginásio do Sesi. “Estamos trabalhando dia e noite para devolver aos friburguenses e aos empresários a mais rápida volta à normalidade. O grupo Frienge conseguiu a melhor proposta com diferença de até 40% para cotações de terceiros. Nossa seriedade, o amor e respeito por nossa cidade sempre serão os compromissos da Friburgo Engenharia. A nossa parte é de infraestrutura, não é a obra toda. Estamos fazendo os concretos, os acessos. Acredito que até o dia 7 a gente consiga concluir a nossa parte. O que cabe agora é ficar em cima das autoridades para todo o resto do hospital ser finalizado”, explicou Fabrício Mury, da construtora Frienge em nota na terça.
Respiradores X carrinhos de anestesia
O governador Wilson Witzel divulgou um vídeo explicando que sua decisão de romper o contrato com o Iabas e intervir nos hospitais de campanha foi tomada após a informação de que os 500 aparelhos que a OS está comprando não são respiradores, e sim carrinhos de anestesia, que não podem ser utilizados nas unidades de saúde.
“Não podemos continuar com erros, eles precisam ser corrigidos. A Fundação Estadual de Saúde assume para concluir as obras, operar o sistema e deixar um legado. Esses hospitais de campanha serão muito importantes para a reabertura da economia, para gerar empregos e, principalmente, para ajudar no futuro com cirurgias eletivas”, afirmou.
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