A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), junto a sindicatos de Panificação e Confeitaria de todo o estado, realizou, na semana passada, o Encontro Estadual de Panificação e Confeitaria, que aconteceu no Centro de Referência em Alimentos, Bebidas e Panificação do Senai e na Casa Firjan, na capital fluminense.
O encontro teve como objetivo debater as transformações do mercado, por meio de palestras, sessões de debates e workshops e contou com a participação de 50 empresários da capital e cerca 15 representantes dos municípios de Nova Friburgo, Itaperuna, Petrópolis, São Gonçalo, Três Rios, Niterói e Campos. Houve ainda uma homenagem a Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
No encontro Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente da Firjan, observou a inovação como destaque do setor de panificação nos municípios fluminenses, No evento foram apresentadas atualidades, tendências e inovações para o setor, distribuídas em painéis que abordaram desde técnicas de gestão a estratégias de marketing.
Um setor pujante
Segundo dados do Ministério do Trabalho, referentes a 2022, o setor de panificação no Brasil contava, naquele ano, com 79,8 mil estabelecimentos formais, distribuídos em 4.400 municípios. Isso significa que 79% das cidades brasileiras possuem empresas formalizadas cuja atividade principal é a fabricação de produtos de panificação ou o comércio varejista de produtos de padaria, laticínios, doces, balas e semelhantes. Em média, cada município brasileiro reúne, pelo menos, 14 estabelecimentos do ramo de panificação.
A Firjan atualizou os dados que se referem ao mercado de panificação no estado. No Rio de Janeiro, as duas cidades com maior concentração de empresas no ramo de panificação são Itatiaia (12 estabelecimentos por cada dez mil habitantes) e Armação dos Búzios (nove estabelecimentos por cada dez mil habitantes). Para efeitos de comparação, na média nacional, o Brasil possui quatro estabelecimentos por cada dez mil habitantes, o que coloca as cidades turísticas em destaque no ranking nacional.
Ainda de acordo com os dados atualizados pela Firjan, no estado do Rio, são 5,2 mil estabelecimentos formais do ramo, com a liderança da capital (2.153 – em 2021, eram 1.857)), Duque de Caxias (251 – há três anos, 214), Campos dos Goytacazes (239 – em 2021, 217), Niterói (225 – anteriormente, 192) e Petrópolis (210), que aparece pela primeira vez no ranking. Isso se reflete diretamente no registro do número de trabalhadores do setor.
“A partir dos dados do estoque de trabalhadores de 2022 e da geração de emprego recente, estimamos que, em 2024, o segmento atingiu 545,2 mil trabalhadores formais no país, patamar histórico para o setor”, afirma o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, lembrando que, em 2023, esse número representava 479 mil trabalhadores.
Na comparação com 2014, houve um crescimento de mais de 112 mil trabalhadores, equivalente a um aumento de 25,9% do contingente de trabalhadores. “Esse avanço é mais de duas vezes o observado no mercado de trabalho formal como um todo no mesmo período (+11,4%)”, completa Goulart.
O Estado do Rio de Janeiro registra 45,3 mil empregados formais no setor em 2024, respondendo por 8,3% do mercado de trabalho nacional de panificação, atrás apenas de São Paulo (29,2%) e Minas Gerais (14,3%). Outras cidades brasileiras com o maior número de empresas de panificação por habitantes são: Tiradentes - MG (21 por cada dez mil habitantes); Pouso Alto - MG (18); Caxambu - MG (17); Gramado – RS (17); Camanducaia – MG (16); São Lourenço (16); Armazém – SC (15); São Vicente de Minas – MG (15); Campos do Jordão (15); Piranguinho - MG (14).
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