100 anos de Riograndina: aniversário sem motivos para festejar

Clima de comemoração é bem vindo pelos moradores, mas lentidão de obras públicas no distrito preocupa
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Fotos: Arquivo AVS/Henrique Pinheiro)
(Fotos: Arquivo AVS/Henrique Pinheiro)

Na próxima quinta-feira, 25, Riograndina, o 2º distrito de Nova Friburgo, completa 100 anos e o clima de comemoração é bem vindo na comunidade, mas alguns fatos geram tristeza e preocupação entre os moradores, entre eles o abandono dos prédios históricos e a má conservação de espaços públicos e obras demoradas, como a de revitalização da praça Nossa Senhora do Rosário e da Escola Municipal Estação do Rio Grande.

De acordo com a prefeitura, “a obra da praça Nossa Senhora do Rosário encontra-se em pleno andamento. Muito em breve, este importante espaço será novamente entregue para a comunidade”, informa a nota enviada à redação do jornal.  

Já sobre a escola, a prefeitura informou que “além da significativa modernização do telhado, atendendo a antigas solicitações de servidores e pais de alunos, visando melhorar as condições em dias de chuva e calor intenso, a Escola Estação do Rio Grande está passando por diversas outras intervenções, incluindo a expansão do espaço na parte inferior do prédio. Todos esses trabalhos encontram-se em estágio bastante avançado. A expectativa é de que a unidade seja reinaugurada no primeiro trimestre deste ano”, destaca a nota. 

O conjunto da antiga estação ferroviária de Riograndina, que inclui a ponte de ferro, símbolo postal do distrito, a residência do administrador da Rede Ferroviária, a estação do trem e o depósito ferroviário, foi tombado provisoriamente em 1988, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) por sua importância cultural para o município. O complexo, no entanto, está com a antiga estação, a casa e o galpão condenados pela Defesa Civil e com risco iminente de desabamento. 

A prefeitura relata que “está prevista a realização de obras na antiga estação de trem, contudo, o município aguarda a autorização do Inepac, uma vez que o referido espaço é tombado por esse órgão”, complementa a nota.  

Cultura comprometida

O Ponto de Cultura, que funcionava no Casarão de Riograndina (antiga estação ferroviária), abrigou diversos cursos, como teatro, panificação, aula de percussão, artesanato, desenho, teatro, violão e cavaquinho. 

De acordo com a prefeitura, tais atividades estão funcionando em um outro local até que a obra do Casarão seja retomada.

A prefeitura também informou que a Fundação D.João VI fez, de forma paliativa, o escoramento do imóvel e a substituição de parte do telhado por uma telha mais leve, que eliminou os maiores vazamentos e infiltrações, mas é preciso mais intervenções no imóvel.

Ponte sem restauração

Além da antiga estação de trem e do galpão, um dos pontos mais conhecidos do distrito é a ponte de ferro, onde passava o trem da linha de Cantagalo, da Estrada de Ferro Leopoldina. Há muitos anos, a ponte não é pintada nem restaurada, deixando o local com aspecto de abandono.

Futuros investimentos

Sobre futuros investimentos no distrito, a prefeitura esclarece que “desde o início da atual gestão, tem realizado uma série de investimentos em Riograndina. Dentre esses, destacamos a reforma da Escola Municipal Estação do Rio Grande, bem como da praça Nossa Senhora do Rosário, além de diversas melhorias em estradas na região.

Além disso, Nova Friburgo foi uma das seis cidades selecionadas para participar do Projeto Desenvolvimento Urbano Sustentável (DUS), da Cooperação Brasil-Alemanha. A seleção veio através do Projeto Integrado de Desenvolvimento Urbano Sustentável em área suscetível à ocorrência de desastres, elaborado pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com diagnóstico e proposta de requalificação urbana e ambiental da vila-sede de Riograndina. Nesse sentido, a prefeitura deverá receber a primeira parte do investimento. Ainda assim, há previsão de mais investimentos para o distrito de Riograndina”, conclui a nota. 

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