Os professores da rede estadual de ensino fizeram uma paralisação nesta quinta-feira, 11, em caráter de advertência, para reivindicar principalmente a implementação do piso nacional do magistério, de R$ 3.120, e do piso dos funcionários administrativos. A adesão em Nova Friburgo foi parcial. À tarde, em assembleia no Rio de Janeiro, foi aprovada pela classe a deflagração de greve por tempo indeterminado nas escolas estaduais, a partir da próxima quarta-feira, 17.
Isso porque, em reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, na tarde de quarta-feira,10, o Governo do Estado apresentou ao Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) a proposta de incorporação do piso nacional do magistério, que, acordo com o sindicato, não contempla todas as carreiras e sim concede um reajuste dos salários que estão abaixo do piso.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), 33% dos aposentados e 42% da ativa recebem abaixo do piso. Com a proposta do governador Cláudio Castro, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste.
A nota do sindicato informa que “no entendimento do Sepe, tal proposta poderá destruir o Plano de Carreira e achatar o salário da categoria, pois o projeto não leva em conta a carreira do profissional e bagunça o plano de carreira atual, tão duramente conquistado. Assim, o correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis, exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer.”
O sindicato também informou que, outra questão a ser destacada é a ausência de propostas de reajuste aos demais servidores da educação, convocação de novos concursados e a realização de novos concursos, cumprimento do acordo de recomposição salarial, entre outras pautas. A nota da entidade destaca que “o governo , dessa forma, quer implementar uma política que representará um enorme apagão na rede estadual com o risco de fechamento das escolas por falta de professores e dos demais profissionais da educação.”
A VOZ DA SERRA entrou em contato com o Governo do Estado para repercutir a deflagração da greve por tempo indeterminado e as demais reinvindicações, mas obteve como resposta as mesmas informações noticiadas na edição de ontem, 11, anunciando a proposta de implantação do piso nacional, mas não abordou o Plano de Cargos e Salários dos professores da rede estadual, o reajuste dos demais servidores da educação, nem a convocação de novos servidores e realização de concursos para a área.
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