Desafio novo

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

quinta-feira, 30 de março de 2023

Tá. Viver por si só já é o grande desafio com o qual nos deparamos no primeiro dia de vida. Dessa verdade não podemos fugir. Somos desafiados diariamente. Mas a vida impõe projetos novos. Coisas diferentes. Aprendizados necessários. E muitas vezes não sabemos o que fazer e nem por onde começar.

O “dia 1” de um desafio novo tende a ser regado de emoções muito específicas, mas que de vez em quando não estamos tão disponíveis assim para vivenciá-las. Aliás, não é todo dia que temos ânimo para a própria rotina, quiçá para encarar desafios. Tem um quê de mistério com o que virá. Isso pode ser empolgante. Mas como a gente não tem garantia alguma de que as coisas darão certo, fatalmente consideramos este lado, que eu vou chamar de “ e se...” . E se as expectativas criadas não forem alcançadas? E se eu não conseguir me preparar direito? E se aquilo que eu espero não se concretizar? E se não for bem aceito? E se me gerar sofrimento? E se eu não for capaz? E se ...

É. A condicionante dói mesmo. Mas alguém já aprendeu a fórmula para viver e crescer sem dor alguma? Talvez seja a hora de ressignificar essas sensações de dúvidas, impotência, medo, insegurança... desafios fazem parte da vida e nós temos de lidar com eles. A forma com que os encaramos é que pode fazer toda a diferença.

Conversando com uma pessoa que trabalha comigo ela compartilhou sua angústia em relação ao primeiro dia de trabalho, ao primeiro contato com um cliente, à primeira reunião conjunta. Estava empolgada, animada pela oportunidade, porém com medo. Medo do novo. Medo de não conseguir dar conta. Medo de não corresponder às suas próprias expectativas (e as dos outros). Medo de não gostar de como seriam seus novos dias. Medo de não ser feliz com o novo emprego. Estava insegura também. E eu não poderia imaginar que ela carregava tanta angústia naquele contexto, porque previa dias ótimos, conhecia todas as suas qualidades e competência profissional e a recebi com imensa alegria.

Mas essa é a vida. Não sabemos tanto das outras pessoas. Não temos como adivinhar o que se passa e nem como prever o futuro. Sabemos de nós. E às vezes, nem nos conhecemos direito. E coisas aparentemente simples passam por nossas vidas como grandes barreiras complexas. Mas passam. É assim. E quem venham novos desafios, pois eles fazem parte e são privilégio de quem tem a vida a desfrutar. Então, vamos em frente.

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Paula Farsoun

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Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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