O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) esteve em Nova Friburgo nesta sexta-feira, 10, para discutir projetos de desenvolvimento regional com o objetivo de fortalecer a economia, gerando emprego e renda. Pré-candidato ao governo do Estado do Rio, Freixo iniciou uma série de encontros com empresários, pesquisadores e lideranças políticas e comunitárias e produtores culturais. A visita continua neste sábado, 11, na quadra da Imperatriz de Olaria. Às 10h, ele se encontrará com produtores culturais ligados ao carnaval e as escolas de samba, para falar sobre o papel dos investimentos na cultura como motor de desenvolvimento do Rio de Janeiro.
“O governo pode reconstruir a economia fluminense a partir de investimentos pesados nos municípios. Nova Friburgo é uma ótima referência para isso, pois é um dos municípios mais industrializados do Rio, com agricultura forte, universidades e centros de pesquisa em tecnologia. Temos que unir esses setores, apostando em tecnologia e inovação, para aumentar a produtividade, gerar mais riqueza e desenvolver toda a região”, afirmou o deputado.
Freixo esteve no Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde se encontrou com o diretor e a coordenadora do instituto, Angelo Mondaini e Ana Moreira; o pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Instituto de Saúde Nova Friburgo, Helvécio Povoa, e o diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), André Queiroz.
Na reunião, o parlamentar defendeu a parceria entre governo, universidade e setor produtivo para tornar ainda mais eficiente a indústria têxtil friburguense e o setor de produção metal-mecânica, que emprega milhares de trabalhadores, mas sofre com a falta de apoio do governo e a concorrência de Minas Gerais e São Paulo.
Segundo o deputado, além do investimento em tecnologia e inovação, é necessário que o governo viabilize que as empresas tenham mais acesso a crédito e também dê suporte na capacitação dos trabalhadores do setor. “As empresas sofreram muito com a crise e estão no limite de sua capacidade financeira. O governo não pode simplesmente virar as costas para esse setor, que garante o sustento de milhares de famílias de trabalhadores. É preciso criar linhas de crédito para que os empresários possam produzir e investir, gerando mais emprego e mais renda para a cidade”, explicou. Freixo também se reuniu com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) para tratar desses assuntos.
Potencial agrícola
O deputado também falou sobre o potencial que a agricultura de Nova Friburgo tem para crescer. Ele comentou que a cidade é a grande produtora de frutas, legumes e flores do estado, mas ainda enfrenta dificuldades no escoamento das mercadorias. Ele defendeu o asfaltamento das estradas vicinais que estão diretamente ligadas ao transporte da produção. “Isso vai fazer com que os produtos cheguem mais rápido nas feiras e mercados e vai reduzir os custos com transporte. O mais difícil os agricultores já fazem, que é produzir, agora cabe ao governo ser parceiro para facilitar o escoamento”, argumentou. O deputado também defendeu que o governo passe a comprar diretamente a produção dos agricultores familiares para que as frutas e legumes sejam usados na merenda de toda a rede estadual de escolas e nos restaurantes populares.
Saúde pública
Freixo conversou com moradores sobre a sobrecarga no sistema de saúde, que atende a demanda de 12 municípios vizinhos. Segundo o deputado, o Hospital Municipal Raul Sertã está no limite e o governo precisa ser um parceiro da prefeitura para desafogar a rede municipal. Segundo o parlamentar, o Estado tem que investir imediatamente não só na saúde de Friburgo, mas na ampliação da rede nas cidades do entorno para aumentar a oferta de atendimento e fazer com que as pessoas não precisem procurar o Raul Sertã para terem atendimento médico. “Outro problema grave é o Hospital do Câncer. É inaceitável que quase dez anos depois a obra não esteja pronta”, enfatizou.
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