Friburguenses, cantemos o dia
Que surgindo glorioso hoje vem,
Nesta plaga onde o amor e a poesia
São como as flores nativas também
Escutando os rumores da brisa,
Refletindo esse céu todo azul,
O Bengalas sereno desliza
Sob o olhar do Cruzeiro do Sul.
Estribilho
Salve brenhas do Morro Queimado,
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
Do suspiro na fonte saudosa,
Há três almas que gemem de dor,
Repetindo esta prece maviosa
Da saudade, do ciúme e do amor
Estas serras de enorme estatura,
Alcançando das nuvens o véu,
São degraus colocados na altura,
São escadas que vão para o céu.
(Estribilho)
Coroemos de versos e flores
A Princesa dos Órgãos, gentil,
Embalada em seus sonhos de amores
Das aragens ao canto sutil.
Em teu seio de paz e bonança,
Sono eterno queremos dormir,
Doce anelo de nossa esperança,
Esperança de nosso porvir!
Sobre os autores
Em 1918, a comissão organizadora da festa pelo primeiro centenário de Nova Friburgo encomendou ao poeta Franklin Coutinho e ao maestro Sérvio Túlio Pereira do Lago, respectivamente, a letra e a música para o hino da cidade.
Quando o município comemorou 190 anos de fundação (2008), os manuscritos originais foram trazidos à cidade por familiares do maestro: dois filhos e um neto vieram conhecer o movimento “Nova Friburgo 200 Anos”.
Na letra do Hino, o autor Franklin Coutinho entrelaça em seus versos sentimentos de amor e de paz, em estrofes que enaltecem a Mata Atlântica. E a música do maestro Sérvio do Lago soa como a melodia perfeita para compor o hino.
A letra e partitura originais retornaram à cidade após 90 anos, mas continuam em posse de sua família, que preserva o documento com o devido cuidado e respeito.
A equipe de A VOZ DA SERRA parabeniza o município e presta homenagem aos friburguenses com uma edição especial do jornal neste fim de semana!
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