As chuvas, por vezes contínuas e volumosas, outras vezes rápidas e isoladas, que dominam a paisagem friburguense desde novembro passado devem continuar no outono, que começa oficialmente daqui a 11 dias, no próximo dia 20. Em 24 de novembro de 2020, faltando menos de um mês para o início do verão, A VOZ DA SERRA já noticiava que a estação mais quente do ano seria bem chuvosa devido ao fenômeno La Niña (resfriamento das águas do Oceano Pacífico).
Um relatório recente do Instituto de Pesquisas Internacionais para o Clima e Sociedade (IRI), ligado à Universidade de Columbia, nos EUA, aponta para a continuidade do La Niña nos próximos meses. Isso pode provocar, no Brasil, um outono mais úmido e uma primavera mais seca em 2021. Segundo o Canal Rural, a tendência é de chuva acima da média em algumas áreas do Sudeste nos próximos três meses.
La Niña facilita umidade
Em 2020, a primavera em Friburgo também foi bem seca, com longos períodos de estiagem e recordes de calor registrados no mês de setembro. As chuvas que marcam presença até agora só chegaram no fim de outubro.
A presença do La Niña facilita a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) durante o verão - o canal de umidade que desce da Amazônia em direção ao Sudeste. A ZCAS é um dos principais sistemas meteorológicos que provocam chuvas persistentes e volumosas durante o verão brasileiro. Por outro lado, o aquecimento do Oceano Atlântico provoca áreas de baixa pressão e até ciclones subtropicais em alto-mar que, em associação com a ZCAS, deixam o tempo ainda mais instável, como acontece agora.
Enxurrada e morte em Sumidouro
Em Sumidouro, um forte temporal no fim desta segunda-feira, 8, provocou a morte de uma motociclista e causou estragos na zona rural do município. A vítima foi um agricultor que estava numa motocicleta que foi arrastada pela enxurrada. Em pouco mais de uma hora, segundo a Defesa Civil, choveu 76mm no município.
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