Ser mulher em 2021 é poder ocupar lugares no mundo acadêmico e no mercado de trabalho, e também ainda presenciar e viver na pele situações que parecem não acontecer com os homens. É usar a roupa que bem entender, mas ouvir questionamentos a respeito, às vezes vindos até mesmo de outras mulheres. É sentir medos e desconfortos que às vezes, de tão familiares, acabam passando despercebidos. Disso tudo aí, cada vez mais mulheres estão cientes. Mas é sempre bom lembrar, principalmente para as jovens mulheres, o longo caminho percorrido até aqui por gerações e gerações de pioneiras, em todo o mundo. Confira a resumida lista de alguns passos desta caminhada, que está longe de terminar.
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VOTO
Não importa em quem você vota, se hoje temos esse direito é graças à luta das sufragistas, lá no início do século 20. Até então, existia a noção de que mulheres não tinham a mesma capacidade de decisão dos homens e que o voto feminino iria "acabar com a família". No Brasil, o voto feminino foi conquistado em 1932.
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MINISSAIA
Se hoje a gente usa a saia que bem entender também é graças ao feminismo. Nos anos 60, a minissaia virou um símbolo da liberação feminina e do direito das mulheres serem donas de seus próprios corpos. Vestir uma simples sainha era praticamente uma declaração política e, na época, houve manifestações feministas a favor da minissaia.
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SALÁRIO
No Brasil, desde a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1943, é proibido "considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração". Na prática, as mulheres ainda ganham menos que os homens por cargos iguais. Em 2017, a Islândia, que tem uma primeira-ministra declaradamente feminista, foi o primeiro país a criar uma lei que multa empresas que desrespeitam a igualdade salarial entre homens e mulheres.
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CARREIRA
Até 1962 as mulheres no Brasil não podiam POR LEI exercer uma profissão sem antes pedir permissão para o marido. E, até os anos 80, a lei ainda definia o marido como "chefe da sociedade conjugal".
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FUTEBOL
O futebol feminino, junto com outros esportes "incompatíveis com a condição feminina", chegou a ser proibido no Brasil até 1983. Marta mandou um beijo.
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EXAME gratuito de câncer do colo do útero
No Brasil, temos que agradecer por essa e muitas outras conquistas ao chamada "lobby do batom", um grupo de parlamentares de diversas visões políticas que se juntaram para exigir direitos em 1988.
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BIQUÍNI
Durante o governo de Jânio Quadros (janeiro/agosto de 1961), foi proibido o uso de biquíni no Brasil. Quem resistiu contra isso e acabou levando a melhor, foram elas, as feministas, claro.
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CRÉDITO
É graças ao feminismo que podemos pedir Uber e delivery no cartão. Em 1974 foi aprovada no Brasil uma lei de "igualdade de oportunidades de crédito". Até lá uma mulher solteira não podia ter cartão de crédito, e as casadas precisavam da assinatura do marido.
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VIRGINDADE
Até 1980 o homem tinha direito a pedir anulação do casamento se descobrisse que a esposa não era virgem.
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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A Lei Maria da Penha — sancionada em 7 de agosto de 2006 — e as definições de violência de gênero são mais uma conquista feminista. Mesmo assim, a violência e o aumento de feminicídios deixam claro que é mais necessária do que nunca.
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