Espécie rara de sapo amarelo é redescoberta em Macaé de Cima

Pingo-de-ouro encontrado por acaso por pesquisadores da UFRJ não era visto há um século
segunda-feira, 27 de julho de 2020
por Jornal A Voz da Serra
O Brachycephalus bufonoides fotografado pela pesquisadora Manuella Folly, da UFRJ (Reprodução O Eco)
O Brachycephalus bufonoides fotografado pela pesquisadora Manuella Folly, da UFRJ (Reprodução O Eco)

Uma espécie rara de sapo pingo-de-ouro, que não era vista na natureza há um século, foi encontrada por pesquisadores na Área de Proteção Ambiental (APA) de Macaé de Cima, em Nova Friburgo. A espécie, Brachycephalus bufonoides, é endêmica da Mata Atlântica e havia sido descrita em 1920, mas nenhum outro exemplar foi encontrado desde então.

Para a surpresa dos pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que o reencontraram, o sapinho apresenta uma população estável. Com o achado, os pesquisadores puderam atualizar a descrição da espécie e até captar pela primeira vez a sua vocalização, o canto que os machos emitem para atrair as fêmeas.

A bióloga da UFRJ Manuella Folly, que coordenou o estudo, explicou ao blog ambiental “O Eco” (https://www.oeco.org.br/) que a descoberta foi feita por acaso, enquanto a equipe estava em busca de outro sapinho em Macaé de Cima.

“A gente estava atrás de uma outra espécie de pingo-de-ouro. Após de mais de uma hora e meia de caminhada trilha acima, achamos vários  pingos-de-ouro, mas não da espécie que estávamos procurando”, contou Manuella.

O artigo que atualiza e completa a descrição do Brachycephalus bufonoides foi publicado no periódico especializado Zootaxa nesta semana e é assinado por Manuella e outros pesquisadores da UFRJ e do Museu Nacional.

O Brachycephalus bufonoides faz parte do gênero Brachycephalus, que é composto por 36 espécies, todas elas endêmicas das regiões montanhosas da Mata Atlântica. A maioria delas apresenta essa coloração amarela que dá origem ao nome popular de sapo pingo-de-ouro. Com tamanho médio entre 14 e 16 milímetros, o bufonoides é até grandinho, comparado aos demais sapinhos do gênero.

 

LEIA MAIS

Réus foram condenados a restituir valores e município, a tomar medidas administrativas para recompor meio ambiente

Ciep Prof. Luiz Carlos Veronese reaproveitou mais de 90% de seus resíduos

Estreia foi com o ambientalista Jorge Natureza, que falou sobre impactos da erosão

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra