A estação mais fria e charmosa do ano - pelo menos em cidades serranas como Nova Friburgo - tem um encontro marcado com todos os nossos leitores na noite deste sábado. Mesmo com bares e restaurantes fechados devido ao distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19, o inverno começa oficialmente às 18h44 deste 20 de junho.
Este ano, além da pandemia, o inverno terá um diferencial: as ondas de frio serão tardias.
Apesar da previsão de temperaturas acima da média nas últimas semanas, o meteorologista Celso Oliveira, da Somar, alerta que a tendência é termos apenas duas fortes ondas de frio fortes, entre julho e agosto. “O grande espaçamento entre os eventos deixará a temperatura mais elevada que o normal no Sul, Centro-Oeste e boa parte do Sudeste”, disse ele ao Canal Rural.
Há também uma expectativa de frio intenso no início de setembro, já próximo da primavera.
No ano passado, o frio também demorou a chegar. Junho de 2019 foi mais quente que o normal em boa parte do Brasil.
Já este ano, uma onda de frio deu as caras em abril, mas logo se escondeu. Já em junho, apesar do início do mês com temperaturas bem baixas, a média da primeira quinzena ficou acima do normal.
Em julho, as previsões indicam temperaturas acima da média, mostrando que este não será, definitivamente, um inverno rigoroso – o que não quer dizer ausência de frio.
Agosto deve ser bem seco. Segundo o meteorologista da Somar ouvido pelo Canal Rural, o Pacífico em resfriamento deverá fazer com que as frentes frias avancem cada vez menos pelo Sul, com características de La Niña.
Curiosidades sobre o inverno
Nesta época do ano, a passagem de frentes frias, mesmo fracas, abre caminho para massas de ar frio que, dependendo da sua trajetória e intensidade, provocam quedas acentuadas de temperatura e até geadas em locais serranos.
Além da amplitude térmica (a diferença de temperaturas entre a madrugada e o meio das tardes), outro aspecto meteorológico que se observa durante o inverno são as constantes inversões térmicas, que causam nevoeiros e neblinas, sobretudo pela manhã.
O nevoeiro consiste na existência de gotículas d'água que flutuam no ar, reduzindo a visibilidade e aumentando a umidade relativa do ar, cujos valores alcançam até 98% no período da manhã. O contrário ocorre no período da tarde, após a dissipação do nevoeiro, quando o índice da umidade relativa do ar diminui consideravelmente, chegando a registrar valores de até 40%.
O ar seco e o vento calmo favorecem ainda a formação da bruma - substâncias sólidas suspensas na atmosfera, tais como poeira e fumaça - poluindo o ar.
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