A VOZ DA SERRA presta homenagem aos enfermeiros que combatem a Covid-19

Neste Dia Internacional da Enfermagem, em plena pandemia, profissão é que enfrenta os maiores desafios
terça-feira, 12 de maio de 2020
por Ana Borges (ana.borges@avozdaserra.com.br)
Cássia Nunes Pontes, coordenadora de enfermagem do Hospital Unimed Nova Friburgo
Cássia Nunes Pontes, coordenadora de enfermagem do Hospital Unimed Nova Friburgo

Nesta terça-feira, 12, especialmente neste ano, o mundo inteiro celebra o dia da Enfermagem e do Enfermeiro. Nunca em 100 anos de história, a enfermagem foi tão comentada, discutida, debatida, festejada e, lamentavelmente, injustiçada também. Portanto, principalmente para lhe dar o devido reconhecimento e fazer justiça, A VOZ DA SERRA abre espaço para essa classe de trabalhadores indispensáveis neste dramático momento de pandemia. 

Importante começar falando da origem da palavra “enfermagem”, que são duas palavras em latim: “nutrix”, que significa Mãe e do verbo “nutrie”, que tem como significado criar e nutrir. Adaptadas ao inglês do século 19,  acabaram se transformando na palavra Nurse. Traduzida para o português, significa Enfermeira. 

O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado mundialmente desde 1965, porém, oficialmente esta data só foi estabelecida em 1974, a partir da decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros. O dia 12 de maio foi escolhido como homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a "mãe" da enfermagem moderna. No Brasil, a personagem que inspira as vocacionadas para exercer a profissão, cuja memória é reverenciada até hoje, se chama Ana Néri.

A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes. Durante séculos, a Enfermagem vem formando profissionais em todo o mundo, comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano.

A seguir, entrevista com Cássia Nunes Pontes, coordenadora de enfermagem do Hospital Unimed Nova Friburgo. Funcionária da unidade há 17 anos. 

A VOZ DA SERRA: A enfermagem é a ciência que se dedica ao cuidado da saúde do ser humano em tempo integral, 24 horas por dia e sete dias na semana. Se normalmente é assim, como é trabalhar numa situação de pandemia? O que mais se acentua nessas condições?  

Cássia Pontes: “O trabalho e a dedicação são os mesmos, porém estamos enfrentando um estresse emocional neste momento com uma doença que se quer sabemos como tratar. Devido ao difícil controle e grande mudança de rotina no trabalho e na vida pessoal, diante de tantos questionamentos e incerteza de uma pandemia.”

Por que escolheu essa profissão?  Qual foi sua primeira impressão e reação ao se deparar com a realidade da Covid-19?

“Foi uma escolha de vida, cuidar de pessoas que sequer conheço ou tenho qualquer tipo de parentesco…”

Os enfermeiros, segundo informações que apuramos, são os únicos profissionais que o paciente verá depois de internado. Temos notícia da carga horária desumana que muitos médicos e enfermeiros estão tendo que enfrentar. Talvez nunca a sociedade tenha dado tanta importância a esses profissionais antes desvalorizado. De onde vem a força para seguir em frente? Você considera que o seu trabalho é baseado no amor ao próximo? 

“Com certeza o maior desafio da minha profissão, porém não houve desespero ou desânimo porque trabalho em uma unidade que nos dá suporte para juntos vencermos esta doença.”

Como traduziria essa vocação?

“A força inicia-se no momento da escolha da profissão e nos nossos familiares que nos apoiam e se orgulham da nossa escolha.

Nesse momento o mundo inteiro reconhece o valor dos enfermeiros, e no dia que em que se comemora o dia do enfermeiro, gostaria de deixar uma mensagem aos seus colegas? E para a população?

“Coordenar a equipe de enfermagem do hospital é um grande desafio. É uma equipe muito grande, mas de grande competência técnica e humana, cada um com suas particularidades, características e qualidades, mas todos com um único objetivo, o de oferecer suas mãos e seu sorriso para alguém que precisa. Acredito que o maior desafio foi a responsabilidade de carregar uma equipe tão boa e manter a qualidade, organização e humanização a qual temos como principal foco. Agradecer é palavra mais sincera neste momento difícil que atravessamos. Nós enfermeiros somos incansáveis e lutadores nesta batalha que enfrentamos, nesta luta que só terá fim porque juntos somos melhores. Nós profissionais de saúde estamos nos esforçando como nunca e minha equipe e todos os enfermeiros que encaram como eu esse desafio diário merecem o reconhecimento de todos.”   

 

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