Com o objetivo de combater a grande disseminação de notícias falsas sobre artigos relacionados a saúde, principalmente agora, momento em que o coronavírus tem deixado a população com dúvidas e em estado de alerta, o Ministério da Saúde disponibilizou um número de WhatsApp para envio de mensagens da população; (61) 9 9289 4640.
O canal não é um SAC ou ferramenta para tirar dúvidas dos usuários, e sim um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar o ciclo de compartilhamento. O número de WhattsApp já existe desde agosto de 2018, mas agora ganhou maior notoriedade com a propagação de notícias falsas sobre prevenção ao coronavírus.
Notícias falsas, conhecidas hoje em dia como fake news, não existem somente no universo político. Na área médica, essas mentiras se transformam em um problema de saúde pública. Por esse motivo, o Ministério da Saúde criou um núcleo de monitoramento que atua nas redes sociais das 6h às 23h, todos os dias da semana, para identificar a origem de supostas notícias que contenham dados incorretos ou que não tenham evidências científicas.
Redes sociais e canais digitais são difíceis de monitorar. Por exemplo, um vídeo enviado em um grupo de família ou algum artigo divulgado por um colega de trabalho se espalham rapidamente, sem que se saiba de onde vêm essas informações difundidas e se realmente são verídicas.
Como o serviço funciona
Uma pessoa recebe material suspeito, como vídeo, mensagem, link para sites, artigos, entre outros e o envia para o WhatsApp do ministério, que encaminha o conteúdo para uma equipe técnica realizar o trabalho de verificação.
Caso a notícia seja verdadeira, a assessoria do órgão devolve o material com um carimbo em que se lê: “Esta notícia é verdadeira, compartilhe!”; caso seja falsa, o conteúdo recebe o selo: “Isto é fake news. Não divulgue!”.
De acordo com a coordenadora de multimídia da assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, Ana Miguel, 89% das fake news são relacionadas à credibilidade das vacinas disponibilizadas atualmente na rede pública. São boatos mentirosos que afirmam que as vacinas causam autismo e efeitos colaterais graves, colocando em risco a ampla cobertura vacinal do Brasil, responsável por erradicar do território nacional doenças como poliomielite.
A lista das fake news já avaliadas pelo Ministério da Saúde encontra-se no site www.saude.gov.br/fakenews. É importante lembrar que o combate as fake news sobre saúde é um trabalho de todos, portanto a orientação das autoridades é não compartilhar nada antes de checar.
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