Os Titãs da Serra, equipe de robótica formada por alunos da Escola Sesi Friburgo, conquistaram a sétima colocação geral no Torneio Sesi de Robótica First Lego League, realizado nos últimos dias 14 e 15, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Com o resultado, o time foi classificado como suplente para a etapa nacional que ocorrerá em São Paulo em março.
O torneio tem por objetivo explorar a inteligência, a expertise e a criatividade de estudantes de 9 a 16 anos, matriculados nos ensinos fundamental e médio. Nesta etapa participaram 33 equipes. Nesta temporada, os grupos utilizaram a robótica para apresentar soluções que possam colaborar para a construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis para as gerações futuras.
A equipe friburguense se baseou em um problema bastante comum durante o verão em diversas cidades: os alagamentos. “Avaliando um problema que a população enfrenta todos os anos, os alunos elaboraram um projeto capaz de contribuir para melhoria da captação das águas de chuva e é aí, que entram os bueiros inteligentes”, explica o instrutor da equipe, Vagner Jandre.
O projeto não é inédito, mas o diferencial está no acompanhamento em tempo real através de sensores e câmeras. A proposta é o uso de um cesto para evitar que o lixo e objetos carregados pela água entrem no sistema de drenagem e sigam para os rios. Os sensores infravermelhos fariam a análise da quantidade de resíduos e um alerta seria emitido para os órgãos responsáveis cada vez que o cesto alcançasse um nível crítico e a limpeza fosse necessária.
“Com isso poderíamos ter antecedência aos problemas. Como é inviável cuidar previamente de todos os bueiros da cidade, o monitoramento deles poderia garantir a limpeza e a manutenção a fim de evitar que a chuva causasse alagamentos e todos os problemas já conhecidos. Todo o sistema de bueiros estaria interligado a rede de câmeras da prefeitura”, explicou o estudante João Vitor Tinoco Moura.
Além da inovação, a equipe formada por Ana Luisa Machado, Nikolas Schumaker, Lucas Vieira Fernandes, Letícia de Freitas Sinder, Guilherme Cler Gabril, Sarah Simões Guzzo, Caio Mello de Barros, Maria Clara Lopes Strioto e Nicolly dos Santos Caetano, além de João Vitor e dos instrutores Vagner e Marlon Fernandes da Rocha, teve que apresentar bom desempenho em outras tarefas, como o uso do robô autônomo na mesa de competições. Foram 14 missões e os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, atuaram simulando situações reais. Os alunos também foram avaliados na categoria Design do Robô, onde os times puderam utilizar sensores de movimento, cor, controladores e motores, além da estratégia e programação. Por fim, na categoria Core Values, os jovens comprovaram a capacidade de trabalhar em equipe, com inclusão, diversão e inovação.
O Torneio First Lego League
O torneio faz parte de um programa internacional de exploração científica, que promove o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática no ambiente escolar e contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a vida. A cada ano o torneio estimula o trabalho colaborativo, a criatividade e traz desafios do mundo real para os alunos.
Criado em 1998 pela First, uma organização não governamental dos Estados Unidos, em parceria com o Grupo Lego, a competição propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, por meio da construção e programação de robôs feitos com peças da tecnologia Lego Mindstorm. No Brasil, desde 2013, o Sesi é o operador oficial do torneio (etapas regionais e nacional).
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