Vinho friburguense

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Vinho friburguense
Em breve, Nova Friburgo terá garrafas de vinho para chamar de suas. Isso mesmo. A cidade que já se notabiliza pela produção de cervejas, agora tem uma vinícola que planeja grande produção de vinhos tinto e rosé. Iniciativa do empreendedor André Guedes, profissional reconhecido na produção e consultoria de queijos e agora também na área de vinhos.

Terras Frias
Produzido na região de Campo do Coelho, os vinhos receberão o nome de Terras Frias, alusão ao nome antigo do distrito. O registro no Ministério da Agricultura para a produção dos vinhos já está aprovado. A plantação começou em 2019 e já foi feita, inclusive, a poda para o segundo ano de produção da casta Cabernet Franc.

Setembro/outubro
O vinho em dois estilos deve chegar ao mercado entre setembro e outubro. O Cabernet Franc Rosé será engarrafado no próximo dia 20 e passará ainda por uma estabilização nas garrafas por 30 dias. No mesmo período, o tinto também já estará pronto para ser engarrafado.

Vinhedo aberto à visitação
E vai ter visitação. A pretensão dos produtores é abrir para visitação em outubro, onde friburguenses e turistas poderão conhecer o vinhedo e as instalações. E não para por aí: uma nova área já está preparada para expansão do vinhedo com as castas Pinot Noir e Chardonnay. As mudas plantadas no ano passado vieram do Sul preparadas para as terras frias.

História
Pouco se fala, mas Nova Friburgo já teve produção de vinho. Há documentos que comprovam até incentivos fiscais por parte da Câmara de Vereadores pelos idos de 1880. A produção era voltada muito para consumo próprio, até que o capitão Manoel Fernandes Ennes passou a produzir em escala maior para comercializar até fora de Nova Friburgo. O destaque era o vinho verde.

100 anos depois
Há relatos de produção de vinho até os idos de 1920, na Chácara do Paraíso, em Conselheiro Paulino, em Campo do Coelho e na Granja Spinelli. Ou seja, 100 anos depois, Nova Friburgo volta a ter uma iniciativa nesse sentido. No Estado do Rio de Janeiro, além de Nova Friburgo, há produção de vinhos acontecendo em Petrópolis e Paraíba do Sul.

Oportunidades
O Estado do Rio de Janeiro é o segundo maior consumidor de vinhos do país. No entanto, 80% do consumo é de vinhos importados. Ou seja, há um mercado de grandes oportunidades que vão além do consumo em si. O turismo é uma das frentes que pode se somar ao negócio.

Cervejaria vendida para Coca-Cola
Por falar em vinhos e cervejas, a Coca Cola acaba de adquirir a cervejaria Therezópolis. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) já foi notificado e as empresas estão aguardando a aprovação do negócio. A cervejaria Therezópolis possui oito rótulos de cervejas premium como a Gold, Rubine e Ebenholz.

Oportunidades para Nova Friburgo?
A empresa foi fundada em 1912 com sede em Teresópolis e foi reaberta em 2016, após fechar em 1922. Com isso a Coca-Cola irá se posicionar com uma marca própria no mercado de cervejas. A empresa já distribui a Heineken. A fórmula e os profissionais atuais serão mantidos. A pretensão é expandir a produção e estão procurando espaços para essa finalidade. Nova Friburgo pode vir a se beneficiar, mas depende de articulação.   

GPH esportes
O GPH voltará a ter atividades esportivas com escolinhas de futsal e basquete com os renomados professores, Felipe Malhard e Diogo Charanga. As inscrições estão abertas e as aulas já começam na segunda-feira, 16.

Ginásio coberto
A Escola de Esportes GPH, inicialmente, será voltada para alunos de 5 a 15 anos, no ginásio do GPH, no Cônego. O local coberto também foi estruturado para atender as medidas de biossegurança por conta da Covid-19. As inscrições podem ser feitas na secretaria do GPH. Outras informações pelos telefones: 22 2522-9414 ou 22 9 9982-2230 ou 22 9 9293-4114.

Friburguense
Amanhã, 14, o Tricolor da Serra joga a temporada nas semifinais do 1º turno da segundona, adiadas por conta de todo imbróglio jurídico causado pela Fferj e Americano.  Águas passadas, o Frizão enfrenta, fora de casa, o forte Audax. O empate classifica o time de São João de Meriti. Ao Friburguense só a vitória o coloca na final contra o Artsul.

Surpreendente
Eliminado do 2º turno, o Friburguense começou o ano sem saber se teria condições de colocar um time em campo. Com a folha mais baixa entre todos os participantes e com objetivo iniical de escapar do rebaixamento, os comandados de Cadão surpreenderam e o time teve uma das melhores campanhas da competição. O título e consequente volta à elite não é só milagre, mas fruto de união e dedicação.

Palavreando
“Eu sei onde piso, mas quero mesmo é flutuar. Flutuar pressupõe falta de chão que, às vezes, pode ser abismo. Se tivéssemos o dom da vidência... Cabe então, calcular voo e aterrissagem pela matemática da vida, sempre intimidada pelo talento da intuição. Aterrissará?” Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

   

Foto da galeria
​Assim tem ficado a Praça do Suspiro, especialmente após as sextas-feiras. Um grande grupo de pessoas, em sua maioria adolescentes e jovens, tem feito festas com aglomerações no local, em plena pandemia. Se isso já não bastasse, deixam todo esse lixo para trás, com péssima impressão para os visitantes que chegam ao espaço no sábado. Para além da falta de educação, algo em pauta precisa ser colocado: a falta de espaços para confraternizações dos jovens. Afinal, eles apenas migram de espaço. Já foi na Dermeval, Monte Líbano e agora Suspiro. Outro debate a ser levantado é que não adianta a prefeitura fazer força-tarefa pelo fechamento de bares às 23h, por conta da pandemia, se as maiores aglomerações estão fora deles.
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