Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Ranking de competitividade
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.
Nova Friburgo caiu 36 posições no ranking anual de competitividade dos municípios, promovido pelo Centro de Liderança Pública, com apoio da Fundação Lemann, Bank Of América, Patri Estados e Municípios & Políticas Públicas, entre outras entidades. Nesse estudo, que acaba de ser divulgado, são analisados os 410 maiores municípios do país, ou seja, com população acima de 80 mil habitantes, entre os quais Nova Friburgo.
Quedas seguidas
Nova Friburgo passa a ocupar a modesta 230ª posição com nota geral de 49,08, onde zero é a menor e 100 a máxima. O município vem tendo quedas seguidas desde a 1ª edição do ranking, em 2020. Era o 124º do país naquele ano, caiu para 158º em 2021 e caiu para 194º no ano passado. 106 cidades, portanto, nos ultrapassaram de lá para cá. Segundo o estudo, o objetivo do ranking é criar, a partir de ferramentas e dados cruzados, uma avaliação justa e criteriosa para promover a saudável competitividade entre os municípios, a fim de que sejam buscadas melhorias nos indicadores que refletem na entrega às suas populações.
Saquarema se destaca
Ao todo, 32 dos 92 municípios fluminenses foram analisados. A capital, Rio de Janeiro, ficou em 1º lugar no Estado (56,39), mas apenas em 60º no Brasil. Florianópolis-SC ficou em 1º no país, nota 65,92. São Paulo-SP, Porto Alegre-RS, Barueri-SP e São Caetano do Sul-SP completam, na sequência, a lista dos cinco melhores. Destaque para o município de Saquarema, na Região dos Lagos fluminense, o que mais subiu posições em todo o Brasil: 170. Com relação a 2022 saiu do 328º lugar para o 158º. Niterói foi ultrapassado pela 1ª vez no RJ, caindo para 2º. Petrópolis e Rio das Ostras ficaram entre os cinco municípios brasileiros que mais perderam posições, 76 e 90, respectivamente.
Ranking dos municípios fluminenses
1º - Rio de Janeiro - 56,39
2º - Niterói - 56,20
3º - Resende - 55,48
4º - Volta Redonda - 53,53
5º - Macaé - 53,26
6º - Saquarema - 51,67
7º - Teresópolis - 50,11
8º - Petrópolis - 49,63
9º - São Pedro da Aldeia - 49,38
10º - Nova Friburgo - 49,08
Vai bem, vai mal
Meio ambiente é o melhor indicador geral de Nova Friburgo em comparação aos demais municípios (32º do país, com nota 65,52) seguido de Inserção Econômica (100º melhor com 46,97). Os piores, em comparação aos demais foram Funcionamento da Máquina Pública (28º pior, com nota 52,87) e Saúde (51º pior em acesso com 45,62 de pontuação e 104º pior em qualidade com 62,82).
182º lugar no pilar Economia
Dentro deste pilar são analisados fatores como qualificação, emprego, estrutura, entre outros. Em Capital Humano, Nova Friburgo é 160º no Brasil com nota 32,54. Destaque negativo para a queda de 150 posições com relação aos demais municípios para a taxa de matrícula do Ensino Fundamental. Em Inovação e Dinamismo Econômico, 221º com nota 20,97. Destaque positivo para o crescimento da renda média do trabalhador, onde Nova Friburgo mais subiu: 355 posições, alcançando o 30º lugar nacional. Em Telecomunicações, 180º com média 71,13. Destaque para o acesso de banda larga de alta velocidade, 51º do país. No entanto, segundo o estudo, é apenas o 284º em banda larga por fibra óptica.
365º no pilar Instituições
Neste pilar é visto diretamente a administração pública. 365º entre os 410 maiores do país, queda de 24 posições com relação ao ano anterior. Segundo o ranking, Nova Friburgo tem o 28º pior funcionamento da máquina pública do Brasil com nota 52,87. O município, em 2023, é um dos piores do Brasil em qualidade da informação contábil (25º pior) e em transparência (36º pior). Para uma colocação menos trágica no pilar, o custo do Legislativo (125º melhor) auxiliou para lugar ainda menos inglório. Ruim também na coluna de Sustentabilidade Fiscal. De 2022 para 2023, Nova Friburgo perdeu 74 posições, sendo o 300º entre 410 analisados. É o 23º pior em taxa de investimento com nota 2,37. Em contrapartida, houve melhora no indicador de endividamento, prosperando 79 posições, obtendo a 62ª posição.
179º no pilar sociedade
Neste pilar, se considera a qualidade de vida, com índices sobre educação, saúde e segurança pública, entre outros. Infelizmente, Nova Friburgo caiu em todos, com relação a 2022, exceto em meio ambiente, que inclusive é a melhor posição do município. Subiu do 36º para o 32º lugar com nota 65,52. É o 51º pior do Brasil em acesso à saúde e o 104º pior em qualidade da saúde. Caiu 63 posições em acesso à educação (176º) e 20 posições em segurança (167º), onde chama a atenção ser o 26º pior em mortes por causas indeterminadas. O município viu também aumentar o número de acidentes graves no trânsito, subindo 51 posições.
51º pior do Brasil na saúde
Uma lupa sobre os índices relacionados à saúde, cuja principal fonte do estudo é o Ministério da Saúde, através do DataSUS. Não há um índice sequer que o município tenha apresentado melhora no acesso à saúde. A cobertura de saúde suplementar é a melhor posição obtida, 199º, seguido do atendimento pré-natal 223º, onde se obtém a melhor nota: 72,28. A atenção primária é um dos fatores que mais derruba a nota de Nova Friburgo, 36ª pior do Brasil com nota 32,7. Queda de 70 posições na cobertura vacinal, 319º do ranking. Aumento da mortalidade materna, 25ª maior do país, e, considerável aumento de mortalidade por causas evitáveis, piora de 41 posições.
Estamos ficando para trás
Recentemente, a coluna publicou o ranking 2023 das Cidades Sustentáveis, que corrobora com os dados ruins obtidos por Nova Friburgo no ranking de Competitividade. Ambos analisam os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, mas o de Competitividade se debruça de maneira mais focada em questões ambientais, sociais e de governança. O ranking de Cidades Sustentáveis contempla todos os 5.570 municípios brasileiros, já o de competitividade - como já dito - aponta análises apenas para cidades com mais de 80 mil habitantes, 410 maiores municípios do país. Para tanto, usa métricas de equidade para estabelecer justa comparação. Em ambos, Nova Friburgo teve queda de posições: 375 em sustentabilidade e 36 em competitividade.
InovaFri
(Foto: Divulgação)
Uma comitiva de 20 pessoas de Nova Friburgo, representando diversas instituições, esteve na última semana, em uma imersão tecnológica, em Santa Rita do Sapucaí-MG, para conhecer de perto o Vale da Eletrônica Brasileiro. As experiências serão agora compartilhadas para o fortalecimento da inovação tecnológica local, seja a partir do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, presidido pelo professor Marcelo Verly, ou por ações de empresários e/ou universidades. A iniciativa teve o apoio do Sebrae na viabilização do deslocamento até MG.
“A Promessa”
(Fotos: Pedro Bessa)
Com o Teatro Municipal Laercio Ventura fechado, o GPH, no Cônego, se tornou um achado para apresentações teatrais de grandes públicos. Será lá, no dia 30 de setembro, a montagem cênica de época, “A Promessa”, da recém-criada Cia de Arte Jane Ayrão, que tem o nome da professora que por anos dirigiu o Taca (Teatro Amador do Colégio Anchieta) e mais recentemente o Grupo Cem Contexto do Centro Educacional Monnerat.
Euterpe
“A Promessa” é uma homenagem aos 160 anos da Sociedade Musical Euterpe Friburguense e aos 90 anos do Grêmio Português. Com um belíssimo figurino de Virgílio Santos, a montagem conta a história do português Samuel Antônio dos Santos, fundador da Banda e também da Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro.
Valorização da história
Em 1858, um navio da marinha portuguesa deixou Lisboa com destino a Buenos Aires. Já em alto mar, a tripulação foi surpreendida por uma forte tempestade. Samuel Antonio dos Santos, oficial músico e regente da Banda de Fuzileiros Navais, rogou então a Deus pela vida de todos e em troca prometia, que na primeira cidade em que aportasse, pediria baixa da Marinha e fundaria uma banda de música e uma igreja em louvor a Santo Antônio. E assim o fez.
Jane Ayrão
Os ensaios estão a todo vapor, inclusive com assessoria para o sotaque de Portugal da nativa de lá, Cristina Vale. O fotógrafo Pedro Bessa comandou o ensaio fotográfico do elenco em uma fazenda histórica da região. “A Promessa” promete entregar mais uma peça de Jane Ayrão com resgate da história de Nova Friburgo, valorizando as memórias locais. De Mão de Luva a Ariosto Bento de Mello, Jane Ayrão já eternizou, pelo teatro, vários personagens marcantes, exaltando suas histórias e a própria história de Nova Friburgo.
Carnaval 2024
O primeiro samba-enredo das escolas de samba de Nova Friburgo para os desfiles do ano que vem será conhecido neste sábado, 2 de setembro. Após uma longa jornada, a Vilage decide seu hino em busca do inédito pentacampeonato. Três sambas estão na grande final: samba 1, de Jefinho da Bomboniere e cia.; samba 2, de Toninho Silva e cia. e samba 8 , de Rogerinho Sancho e cia. A festa de escolha começa às 21h, com apresentação do Toque Serrano. Haverá ainda apresentação dos segmentos da escola. O samba escolhido será anunciado após a última apresentação dos finalistas.
Palavreando
“A vida é uma aventura, cujas inércias deliberadamente conscientes não se repõem”.
Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.
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