Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
DataMulher
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.
A 10ª edição da pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher mostra que 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Dentre elas, 76% sofreram violência física, índice que varia de acordo com a renda. Enquanto 64% das mulheres que sofreram violência doméstica ou familiar e que recebem mais de seis salários mínimos declaram ter sofrido violência física, esse índice chega a 79% entre as vítimas com renda de até dois salários mínimos.
Mais robusta pesquisa sobre o tema
O DataSenado, realizado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) é realizado a cada dois anos, integra a série histórica iniciada em 2005 e tem por objetivo ouvir cidadãs brasileiras acerca de aspectos relacionados à desigualdade de gênero e a agressões contra mulheres no país. O levantamento faz parte da mais longa série de pesquisas de opinião sobre o tema no Brasil.
O Brasil é machista?
Pelo menos 21.808 brasileiras de 16 anos ou mais foram entrevistadas por telefone, em amostra representativa da opinião da população feminina brasileira. Dentre os principais aspectos, 62% acham o Brasil muito machista, 32% um pouco machista e apenas 4% nada machista. Sobre onde a mulher é menos respeitada, 52%, afirmam na rua, 25% no trabalho, 17% na família e 2% em outros ambientes.
Mapa da violência
É majoritária a percepção de que as mulheres que sofrem agressão se calam perante a violência. A maior parte das brasileiras (62%) acredita que essas mulheres denunciam na minoria das vezes o fato às autoridades. Parcela também significativa, 22%, é ainda mais pessimista e acredita que elas simplesmente não denunciam.
As denúncias
Na opinião de 73% das brasileiras, ter medo do agressor leva uma mulher a não denunciar a agressão na maioria das vezes. A falta de punição e a dependência financeira são outras situações que, para 61% das brasileiras, levam uma mulher a não denunciar a agressão na maioria das vezes. Por outro lado, a falta de conhecimento sobre seus direitos é apontada por menos da metade das cidadãs. Para 48% delas, não conhecer seus direitos leva uma mulher a não denunciar a agressão na maioria das vezes.
Violências sofridas
Entre os tipos de violência que a pessoa conhecida sofreu, os mais frequentes são as violências física (89%), psicológica (86%) e moral (82%). Completam a lista a violência patrimonial (44%) e sexual (30%).
Desconhecimento da lei
A Lei Maria da Penha, considerada um marco no sistema jurídico brasileiro, apesar de sua importância, 75% das brasileiras afirmam conhecer pouco ou nada sobre a lei. Destaca-se que 51% das brasileiras acreditam que a Lei Maria da Penha protege apenas em parte as mulheres contra a violência doméstica e familiar, 29% acham que ela protege e 19%, que ela não protege.
O agressor
Quanto ao vínculo do agressor com a vítima à época da agressão, cerca de metade das mulheres (52%) que já sofreu violência doméstica ou familiar praticada por um homem afirma que ele era marido ou companheiro. Dada a quantidade de mulheres que sofreram violência provocada por parceiros íntimos, a pesquisa investigou também se tais relacionamentos perduraram após a agressão. Verificou-se que 20% das mulheres agredidas por homem convivem com o agressor.
O pós
Dentre as que declaram conviver com o agressor, 80% moram com eles. Dentre as brasileiras que foram agredidas pelo marido, 26% continuam casadas. Outro ponto investigado na pesquisa foi o estado psicológico do agressor no momento da agressão. Em primeiro e segundo lugar estão ciúmes (49%) e inconformidade com o fim do relacionamento (46%). Em terceiro e quarto lugar estão a influência de álcool (40%) e drogas (17%).
Família, igreja e amigos
Mediante a última agressão sofrida, procurar a ajuda da família ainda é a atitude mais frequentemente tomada pelas vítimas de violência doméstica ou familiar, sendo declarada por 60% delas. Esse índice é 29 pontos percentuais maior que o encontrado em 2021, o que sugere que as mulheres estão conversando mais sobre o assunto e procurando mais ajuda. As outras atitudes investigadas na pesquisa também tiveram aumento percentual relevante: 45% declaram ter procurado a igreja, 42% os amigos, 31% denunciaram em uma delegacia comum e 22% em uma delegacia da Mulher.
Índices regionais
O levantamento sobre violência contra a mulher do Instituto de Segurança do Rio de Janeiro, principal estudo local, traz dados apenas de 2022. Os dados de 2023 ainda não foram fechados e/ou divulgados. No entanto, a série histórica demonstra que a Região Serrana é a terceira com maiores índices de violência contra a mulher no Estado, ficando atrás apenas da Costa Verde e das Baixadas Litorâneas.
Dia da Mulher
Entre as celebrações pelo Dia Internacional da Mulher, destaque para o coletivo As Fabulosas realiza extensa programação neste sábado, 9, em São Pedro da Serra. As atividades estão programadas das 11h às 21h30, com rodas de conversa, exposição, dança, performances e muita música, tudo protagonizado por mulheres.
Sem linha
Diversos usuários da operadora Vivo relatam a ausência de sinal em seus aparelhos. O problema teria se iniciado no domingo, 3, e até o fechamento da coluna apresentava oscilações, especialmente no Centro. Problemas menores também foram relatados em outras regiões do município. A comunicação com outras pessoas, segundo os clientes, só tem sido possível através de redes wi-fi. A equipe técnica da empresa já estaria atuando nas medidas necessárias para corrigir o problema.
Atenção passageiros
Friburguenses que pretendem ir ao Aeroporto Galeão, na capital fluminense, ou que trafegam pela Linha Vermelha, devem estar atentos para uma importante mudança: a faixa exclusiva para o Galeão passará a multar a partir da próxima segunda-feira, 11, aqueles que desrespeitarem a exclusividade para o acesso à Ilha do Governador e ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Aeroporto Galeão
O trajeto funciona na pista sentido Baixada Fluminense, no trecho entre a Ponte Oswaldo Cruz (Linha Amarela) e o acesso à Ilha. A mudança foi feita após o aumento do volume diário de tráfego no acesso à Ilha do Governador, que chegou a 17% no período de setembro do ano passado a janeiro deste ano. A expectativa é de que, até o fim de 2024, esse volume chegue a cerca de 30%. O aumento no número de voos no Aeroporto do Galeão teria impacto direto para este crescimento.
Friburguense
O Friburguense, que só tinha previsão de voltar a jogar uma partida oficial em setembro, pela Série B1 do Estadual (terceira divisão) pode ter que voltar antes. O clube, 5º colocado da competição no ano passado, pode herdar uma vaga na Copa Rio. Isso porque o Barra da Tijuca (3º) e o Goytacaz (4º) pediram licença para não jogar em 2024. Somente os quatro primeiros da divisão têm direito à vaga.
Copa Rio
A Copa Rio, competição mata-mata que dá vaga no Brasileiro da Série D ou na Copa do Brasil, tem previsão de início para a primeira semana de agosto. A Federação ainda não definiu se as vagas deixadas por Barra da Tijuca e Goytacaz serão destinadas aos clubes em sequência, no caso Friburguense e Paduano. Tudo indica que sim, o que levaria o Friburguense a ter que antecipar seu planejamento.
Pedidos de licença
O Barra da Tijuca alegou problemas financeiros para solicitar a licença que já foi oficializada. Já o Goytacaz alega também problemas financeiros, mas faz duras críticas às taxas cobradas pela Federação e à arbitragem. A licença do Goytacaz foi enviada à Federação, mas ainda não foi oficializada. Com o pedido de licença, os dois clubes retornam às atividades somente em 2025 e em divisão inferior, à quarta divisão. A licença é estendida também para as divisões de base.
Crise dos pequenos
Os pedidos de licença, por óbvio, escracham a crise vivida pelos clubes pequenos do Rio. O próprio Friburguense vive questões semelhantes. Sem apoio do poder público e com poucas ajudas de empresários locais, o futebol do Friburguense ainda não sabe como colocará o time em campo. Mas a possibilidade de pedir licença e ser rebaixado automaticamente não está em cogitação.
Terceirona com menos dois
Com as saídas de Barra da Tijuca e Goytacaz, a Terceirona muda de configuração e ainda não houve definição se o campeonato ocorrerá com dez clubes ou com 12. Se for com 12, a indefinição seria sobre quem herda a vaga: os dois rebaixados Serra Macaense e 7 de Abril ou o 3º e 4º colocados da quarta divisão (Bonsucesso e Zinzane).
Participantes
Se não houver novos pedidos de licença, a terceirona terá os seguintes clubes concorrentes, além do Friburguense: Paduano, Pérolas Negras, Macaé, São Gonçalo, Nova Cidade, Belford Roxo, São Cristóvão e mais os dois times que serão rebaixados da segundona. Faltando definir se será disputada por dez ou 12 clubes e sendo 12, quais os dois que completarão a competição. Com relação à Copa Rio, os clubes da elite entram direto na segunda fase. A primeira fase é composta pelos oito primeiros da segundona, quatro primeiros da terceirona e os quatro primeiros da quarta divisão.
Marrocos
O ator friburguense, Bernardo Dugin, já está no Marrocos, para gravar cenas para a nova novela da RecordTV, “A Rainha da Pérsia”. Ele dá vida a Teres, personagem que conspira contra a vida do rei persa. Em entrevista ao portal da emissora, em que ele já atuou nas novelas Gênesis e Reis, Bernardo Dugin expressou a sua felicidade por participar deste novo projeto, descrevendo o clima vivido no set como leve e agradável, cheio de expectativas e emoção.
Orgulho friburguense
Bernardo revelou ao portal: “Estou empolgadíssimo. Sempre tive vontade de ir a Marrocos, via as fotos e pela TV, mas estar aqui e poder trabalhar é uma experiência muito ímpar. Estou explodindo de felicidade”. Nas suas redes sociais, Bernardo fez agradecimentos a todos que o trouxeram até aqui, em especial, Jane Ayrão. Com um elenco talentoso e uma super produção, ‘A Rainha da Pérsia’ estreia ainda neste ano.
Palavreando
“Mulheres de amor, mulheres de fibra. No vigor, as suas sinas. Porque assim a vida as fez: determinadas, independentes, impetuosas para defender suas crias. Mulheres de peito, trabalhadoras, vibrantes, aguerridas. Os dias a provocaram a não baixar a cabeça”.
Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.
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