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Mais frio para Nova Friburgo
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
A previsão é de temperaturas baixas para Nova Friburgo nos próximos dias, quando os termômetros não deverão ultrapassar os 23 graus de máximas e as mínimas deverão variar de 4 a 8 graus. Uma trégua é aguardada para o próximo fim de semana com a previsão das mínimas variarem entre 15 e 16 graus. Isso significa que os agasalhos têm que sair dos armários, mais uma vez. Gorros e cachecóis idem. As lareiras deverão funcionar a todo vapor, assim como os aquecedores ambientais. Não poderá faltar, também, um bom vinho, fondues e sopas bem quentes para ajudar a amenizar o frio.
Eu, particularmente, amo o frio e esse foi um dos motivos que me fizeram escolher Friburgo como local para fixar residência e iniciar minha vida profissional. E lá se vão 44 anos. Optei pelo bairro Cônego, que mesmo com a ocupação desenfreada dos últimos anos, ainda continua com aquele friozinho gostoso e aconchegante, principalmente ao entardecer e pela manhã. Sem falar que seu polo gastronômico consegue oferecer pratos típicos da estação fria, que são sempre muito saborosos. Aliás, até o final deste mês, o Festival Gastronômico de Inverno estimula muitos restaurantes da cidade a aderir a iniciativa promovida pela Secretaria de Turismo.
Se a cidade tivesse seguido a tradição das construções alemãs e suíças, nossos principais colonizadores, teríamos um sistema de calefação mais adequado para o nosso inverno e nossas fachadas seriam mais parecidas com aquelas do sul do país, tipo Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, e, mesmo, Campos do Jordão-SP. Essa colocação é importante porque desde a sua fundação e até a década de 1970, quando Nova Friburgo ainda não tinha atingido a marca de 100 mil habitantes, o frio era maior e no Cônego as geadas não eram incomuns. Em muitas manhãs os gramados amanheciam branquinhos. Um cenário de extrema beleza.
No entanto, é preciso tomar algumas precauções uma vez que no inverno é muito comum o aparecimento das doenças respiratórias. Gripes, resfriados, bronquites, pneumonias e a asma são as mais comuns; mas, devemos lembrar também das alergias da pele, em função do uso de roupas de lã e moletom. Por isso, alguns parâmetros devem ser seguidos para evitar problemas. Durante o dia, quando esquenta por causa de sol, devemos abrir a casa para que o ar circule e não haja acúmulo de poeira; usar roupas quentes, principalmente, à noite. Aqueles que têm o hábito de usar lareira ou aquecedor devem ter sempre à mão um agasalho mais pesado, se tiverem necessidade de saír de casa.
Na Europa toda casa tem um local onde os casacos ficam pendurados, isso porque com a calefação ligada, a diferença de temperatura entre o interior e o exterior é grande. Entre nós isso não acontece, mas a lareira aumenta a temperatura interior e sair de casa sem agasalho pode ocasionar um resfriado. Com o frio, é sempre bom usar um cachecol e um gorro ou algo que cubra a cabeça, no caso dos carecas é uma necessidade. Luvas nem sempre são necessárias, mas há pessoas que sofrem da doença de Raynaud, cuja característica principal é mãos frias e com tonalidade mais para o azulado. Nesses casos, manter as mãos aquecidas é muito importante.
É importante frisar que nesses tempos de pandemia deve-se evitar ao máximo uma gripe, isso porque como na maioria dos casos de Covid os sintomas iniciais são os típicos da gripe, se eles estiverem presentes, um teste será mandatário, para se fazer o diagnóstico diferencial.
É importante aumentar o consumo de alimentos à base de vitamina C, mas a melhor prevenção ainda é um bom agasalho. Desfrute desse inverno que promete temperaturas baixas, mas não descuide dos cuidados preventivos causados pelas baixas temperaturas.
Max Wolosker
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Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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