A lambança da americana Toris Penso

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 07 de agosto de 2024

Mesmo acostumados que estamos com as trapalhadas da arbitragem brasileira, ficamos estarrecidos com a má fé da juíza americana, Toris Penso, que apitou o confronto França X Brasil, nas olimpíadas de Paris 2024, e que eliminou a seleção anfitriã da competição. Digo má fé porque tal lambança foi injustificável em dois sentidos. O primeiro atribuído à própria juíza ao dar um acréscimo de 19 minutos, mais do que metade de uma de prorrogação normal; o segundo pela escalação de uma americana para tal jogo. A seleção americana é forte e é uma das semifinalistas do torneio, contra a Alemanha, portanto tinham de ter escolhido outra nacionalidade, ficando de fora as alemãs, americanas e, obviamente, francesas e brasileiras.

O jornal Lance publicou: “A Seleção Brasileira chocou o mundo do futebol feminino com a vitória diante da França, por 1 a 0, nas quartas de final da modalidade nos Jogos de Paris. Retratos do resultado, a garra e a determinação brasileira, por pouco, não foram atrapalhadas pelos quase 20 minutos de acréscimos sinalizados pela árbitra americana Toris Penso”. E continuou: “Sem motivo aparente, a juíza acrescentou quase uma prorrogação inteira à partida em Nantes. Após a vitória, a volante Ana Vitória não escondeu a revolta com a atuação da árbitra e fez um sinal de 'roubo' com as mãos”. Ela poderia ter sido advertida ou mesmo expulsa, o que prejudicaria a equipe.

O gesto dessa gringa, sopradora de apito, deveria ser investigado pelo Comitê Organizador das Olimpíadas, pois Toris poderia ter causado uma confusão generalizada. Se, por uma infelicidade da seleção brasileira, a França tivesse empatado, o tempo iria fechar com protestos mais do que justificados por parte das brasileiras. E, após quase 20 minutos de acréscimo, jogar mais 30 de prorrogação seria um desgaste enorme, o que, certamente, favoreceria a Espanha, futura adversária da seleção brasileira.

Particularmente acho que ela estava de má fé desde o início, ao marcar uma falta com cartão amarelo contra as brasileiras com 20 segundos de jogo; o próprio pênalti aos 11 minutos, também do primeiro tempo, defendido pela Lorena, nossa goleira. Aliás, essa foi a segunda penalidade que parou nas mãos dela. Infelizmente, para mim, passou a ideia de que estava torcendo pela França. Pena que nesses 19 minutos suplementares não marcamos mais um gol nos “bleues”. Oportunidades não faltaram, com a exibição muito consistente do escrete canarinho.

Não é digno nem defensável no esporte, não importa qual modalidade, que árbitros favoreçam os atletas da casa. O que faz a diferença nessas competições é que, com raríssimas exceções, os mais capazes sempre levam a melhor. Claro está que o país patrocinador quer ganhar o maior número possível de medalhas de ouro, mas que seja pelo esforço pessoal do atleta e não pela ajuda de terceiros.

Não se deve duvidar da intenção, seja boa ou má, das pessoas, mas essas, também, devem agir de maneira coerente para que suas decisões não sejam interpretadas com desconfiança. No entanto, a atuação dessa sopradora de apito levantou sérias dúvidas sobre a lisura de sua atuação. Pareceu, pelo menos para mim, que ela torcia descaradamente pela França.

Temos um conhecido time brasileiro, muito favorecido pelos juízes locais, que deve pensar seriamente em propor à CBF, a contratação de Toris Penso, para apitar os seus jogos. Seria um reforço de peso.

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