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Vinicius Gastin

Esportes

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Venda de suplementos alimentares deve ultrapassar US$ 252 bilhões em 2025

Indicado para atletas e pessoas que praticam exercícios físicos, os suplementos alimentares ocupam as prateleiras de lojas especializadas e as despensas de quem busca o ganho de massa magra e um corpo saudável. O estudo mais recente publicado pela FMI (Future Market Insights) sobre a venda dos produtos, apontou que ela deve ultrapassar a cifra de US$ 252 bilhões (R$ 1,25 trilhão) em 2025 em todo o mercado mundial.

No Brasil, um estudo de mercado realizado pela ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) apontou que o consumo de suplementos alimentares se faz presente na dieta de pelo menos uma pessoa em 59% das famílias. O relatório, com dados de 2020, mostrou um aumento de 10% neste consumo comparado a 2015, quando foi realizada a primeira edição da pesquisa; e detectou um aumento de 48% no consumo de suplementos alimentares.

Os suplementos são produtos que têm a finalidade de oferecer calorias, nutrientes (como proteínas, carboidratos, fibras, cálcio, gorduras, minerais, vitaminas, aminoácidos), substâncias bioativas (como cafeína, creatina, fitoestrógenos, flavonoides) e enzimas ou probióticos, podendo ser utilizados de forma isolada ou combinada.

“Os suplementos alimentares são recomendados para complementar a dieta de pessoas cujas necessidades nutricionais não são atendidas adequadamente pelo seu plano alimentar. Ou seja, são indicados em situações especiais em que a pessoa não consegue ingerir os nutrientes necessários ou quando o corpo não consegue absorver essas substâncias. Há uma variedade de formulações voltadas para diferentes públicos, desde crianças até idosos. A escolha do suplemento apropriado depende das necessidades específicas de cada caso”, analisa a nutricionista pós-graduada em nutrição esportiva, Marcella Tamiozzo.

Profissional de Educação Física, Sandro Ribeiro concorda e aponta que a suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, evitando o risco de toxicidade, excesso de nutrientes, ou desequilíbrio nutricional. Por isso é essencial o acompanhamento médico antes de se iniciar qualquer suplementação. Ele chama a atenção para a necessidade de diferenciar atividade física de exercício, que é uma subcategoria da atividade física. 

“A prática regular de atividade física é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) uma das principais estratégias para a promoção da saúde e qualquer movimento corporal produzido pelos músculos estão incluídas, por exemplo, as atividades físicas praticadas durante o trabalho, durante jogos, execução de tarefas domésticas, viagem e atividade de lazer. Já o exercício físico é uma atividade planejada, estruturada, repetida, com o objetivo de melhorar ou manter um ou mais componentes do condicionamento físico”, frisa.

A escolha do suplemento apropriado depende das necessidades específicas de cada caso, sem substituir a alimentação. Além do mais, ingerir suplementos alimentares sem orientação médica pode não ser uma escolha vantajosa, especialmente se não houver uma razão clara para essa decisão.

“As necessidades nutricionais variam de pessoa para pessoa, levando em conta a dieta, os objetivos da prática esportiva, o volume e a intensidade do treino, entre outros fatores. Não significa que um suplemento que um colega de academia esteja usando seja adequado para você também. Antes de adotar qualquer suplemento, é essencial buscar aconselhamento de um nutricionista para adaptar sua alimentação à rotina de exercícios e, se necessário, determinar quais suplementos são apropriados”, recomenda Marcella Tamiozzo.

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    Vendas de suplementos disparam em todo o mundo, e também conquistam os brasileiros (Foto: Freepik)

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    Uso deve ter recomendação de profissionais capacitados, e não substitui a alimentação (Foto: Freepik)

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