Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
A importância da exploração espacial
Lucas Barros
Além das Montanhas
Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.
Hoje em dia, a humanidade consegue explorar os céus usando um telescópio potente ou até mesmo por meio do turismo em uma nave espacial pela órbita do planeta Terra. Mas muito antes do avançar da tecnologia, os seres humanos olhavam atentamente para os céus e buscavam compreender a relação entre o homem e o universo.
Ainda que achemos que a astronomia seja um estudo moderno, desde os primórdios do homem, os céus já eram observados e foram de extrema importância para o desenvolvimento humano. Na antiguidade, a posição dos astros no céu servia não somente para as grandes navegações e expedições, mas também, para a confecção de calendário bem definidos, com todas as estações do ano e dias da semana.
Até que um dia, um homem chamado Galileu Galilei construiu uma luneta e apontou o objeto para o céu. O italiano, mesmo com uma invenção muito primitiva fez observações que mudaram o curso da humanidade para sempre e que inclusive, lhe renderam a perseguição religiosa à época. A mais conhecida foi a ruína da crença católica de que todo universo rodava em torno da Terra.
Pois bem, um mero telescópio atiçou ainda mais a curiosidade do homem em romper as barreiras do céu, sair do planeta Terra e descobrir um pouco mais sobre onde moramos. Mas... como fazer um avião potente e resistente o suficiente para chegar lá? Será que nós humanos iríamos aguentar os limites do inesperado? O que iremos achar por lá?
Em meio a muitas dúvidas, no auge da Guerra Fria e da expansão em massa da tecnologia, a humanidade conseguiu em um voo rápido levar o primeiro ser vivo ao ambiente extraterrestre: a cadelinha Laika. Mas isso não foi suficiente para diminuir a disputa que era acirrada pela corrida espacial, até que um feito incrível ocorreu através de uma solução inesperada.
Os americanos, não sabiam como fazer um foguete potente o suficiente para sair do planeta, então tiveram que recorrer a um velho prisioneiro de guerra: Werner Von Braun, um nazista capturado. O engenheiro alemão, condenado por crimes de guerra, responsável por construir as bombas V-2 – uma espécie de foguete que ceifou muitas vidas na Segunda Guerra Mundial - foi o responsável pela engenharia do primeiro foguete americano que levou o homem à lua e marcou completamente a história da humanidade. Pois bem, a história e suas hipocrisias!
E então, chegamos à Lua, em 1960, e agora? Paramos por aqui? Não! Se você é ligado em ciência, nos noticiários e em tecnologia, certamente nos últimos anos acompanhou muitas missões na história que são realizadas tanto pela Nasa quanto por parte da iniciativa privada e certamente um dia você se perguntou: por que gastamos tanto dinheiro mandando coisas para o espaço e não resolvendo problemas no planeta Terra?
Resposta do especialista
Pedro Mineiro Cordoeira, professor, físico e divulgador científico, formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especializado em cosmologia e gravitação, explica que a evolução da humanidade está diretamente ligada à maneira como compreendemos o universo à nossa volta.
“Engana-se quem pensa que as viagens para fora do planeta são meros gastos desnecessários. Hoje, só temos processadores de celulares de última geração porque um dia a mesma tecnologia foi usada pelas empresas na exploração espacial. Não somente isso! Os sistemas de GPS, internet via satélite, previsão do tempo, tênis de corrida, roupas com polímero e novas ligas de metais só existem, hoje, graças às pesquisas realizadas através da exploração espacial.”
As viagens aos astros próximos podem proporcionar descobertas ricas em conhecimento para toda a espécie inteligente e que podem mudar os rumos da humanidade no futuro. Sondas de milhões de dólares não são mandadas à toa aos confins do universo. Estas viajam milhares de quilômetros e são capazes de identificar novos ambiente capazes de comportar vida – em especial nas luas pelo sistema solar - estudos de atmosfera, presença de água e outros elementos para que a humanidade possa definir novos rumos para o futuro.
Recentemente foi lançado o telescópio James Webb, de U$ 824 milhões de dólares, que representa marco na exploração astronômica. Segundo Pedro, o gigante dourado traz a possibilidade de olharmos com mais precisão para outras galáxias distantes, entendendo o seu comportamento e como elas nos ajudam a compreender muitas respostas e perguntas para nosso universo.
“A matéria que nos constitui (carbono, oxigênio, hidrogênio, entre outros) são os mesmos elementos encontrados nas nebulosas resultantes de explosões estelares e nos seus interiores. As estrelas fertilizam o universo com os ingredientes - dos mais simples aos mais pesados - fundamentais para a vida! Então, como lembrou o saudoso Carl Sagan, somos feitos de ‘poeira das estrelas’ e é preciso estudar de onde viemos para entendermos para onde vamos.”
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Um ano nas páginas de A VOZ DA SERRA
Esta coluna completou um ano de publicação no jornal no último dia 21, sempre às quintas-feiras. Seu titular, Lucas Barros, é aspirante à advocacia criminal, chevalier na Ordem DeMolay e um apaixonado por Nova Friburgo. “Além das Montanhas” segue com sua proposta de mostrar que Nova Friburgo não está numa redoma e que todos nós somos afetados por tudo à nossa volta. Para festejar o primeiro ano da coluna que está sempre no Top 10 do site de A VOZ DA SERRA, Lucas esteve nesta semana na sede do jornal, no Espaço Arp, para celebrar a ocasião especial. Ele foi recepcionado pela diretora Adriana Ventura.
Lucas Barros
Além das Montanhas
Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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