Estudar para a vida toda é a nova realidade

Lucas Barros

Além das Montanhas

Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.

quarta-feira, 15 de março de 2023

A trajetória da vida das pessoas mudou assim como todo o mundo ao seu redor. A nova realidade que nós vivemos, neste exato momento, ganhou um grosso recheio de cobranças, pitadas de acirrada concorrência no mercado de trabalho e como a cereja do bolo, um mar de inovação que a cada dia, se renova e se modifica.

Estudar, formar-se, estudar mais, conseguir um diploma, um emprego e, enfim, a tão sonhada aposentadoria. Esse caminho tornou-se raro para as novas gerações e passou a ser pouco desejado por muitos. A cada dia, as fórmulas que deram certo há alguns anos não mais se encaixam como uma receita de bolo.

A nova realidade parece sempre nos querer empurrar mais um daqueles termos difíceis e que nunca lembramos o nome. E por um acaso, você já ouviu falar em “lifelong learning”? Pois bem! A coluna de hoje é sobre estudar para a vida toda, não é? Logo, aperte seus cintos e vamos entender! 

O termo, em sua tradução quase que ao pé da letra, pode ser entendido como o futuro das gerações atuais e das próximas que virão: uma vida inteira de aprendizado e estudos permanentes, num processo de qualificação incessante que vai muito além da conquista de diploma e das próprias demandas de mercado.

A verdade vem se provando com o tempo. Muitos de nós, um dia imaginamos que chegar à universidade era como alcançar o topo de um processo formativo: “Pronto: o diploma de graduação era tudo o que se tinha em mente como objetivo – e bastava.” A velha máxima do estudar para depois trabalhar, não mais corresponde mais à velha receita do bolo.

A década de 90 foi um pontapé do que viria a acontecer nos dias atuais: a expansão das especializações, junto com a criação dos doutorados e mestrados em todo o país. E aos poucos, os diplomas de graduação foram perdendo cada vez mais o seu prestígio, tornando-se apenas mais algumas letrinhas que preenchem os currículos.

O brasileiro passa em média 15 anos na educação – considerando escola e universidade ou curso técnico. Mas quando a fase de educação acaba muita gente acredita que o tempo dedicado àquela atividade se esgotou, o que é uma ideia errônea, mas absorvida por muitos, pelo menos subconscientemente.

Mas...e depois? O mundo vem mudando tão bruscamente em tão pouco tempo, especialmente em se tratando do uso das novas tecnologias e da forma com que nos comunicamos. E nós? Será que estamos conseguindo acompanhar tudo isso e nos adequarmos a esse novo mundo que cada dia mais exige da gente ou estamos fechando os olhos e esperando acontecer?

Muito se fala sobre a “escola da vida”, que nos trás lições importantíssimas. Mas pouco se fala sobre a “vida da escola”, da necessidade de aprendermos algo e nutrirmos a nossa mente, seja para o mercado de trabalho ou para o nosso crescimento pessoal.

É cada vez mais comum às pessoas trocarem de profissão, descobrirem novos talentos, decidirem seguir outras paixões e trabalharem em diversos empregos durante suas carreiras. E a capacidade de aprender rapidamente e se adaptar às novas situações é uma habilidade extremamente valiosa no mundo de hoje.

O movimento de aprendizagens ultrapassa as faixas de idade, e vem desde a primeira infância até a velhice. Quem acha que não deve voltar aos bancos escolares está fadado a se descolar da própria vida social, e não só do trabalho, como muitos imaginam. É ter repertório é criar um acervo cultural, estruturar um portfólio diverso e aberto a inovações.

É entender um pouco sobre isso, um pouco sobre aquilo. Isso faz de você uma pessoa diferenciada e o coloca em um lugar de destaque e significado. Mas isso só acontece se você encarar as múltiplas formas de conhecimento como uma condição ininterrupta para a sua da vida

O novo mundo vem nos fazendo quebrar esses conceitos antigos, de que ‘estudo’ e o ‘trabalho’ devem andar separados. Mais do que nunca e a cada dia mais nos provam que devem se misturar num complexo ambiente de aprendizagem e aperfeiçoamento, que é capaz de mudar a nossas vidas.

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Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.

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