A VOZ DA SERRA de olho na Copa

Escalamos nosso time para ficarmos por dentro de tudo nesta Copa com as inteligentes análises de Gustavo e Liliana
sexta-feira, 02 de dezembro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Bastou a Copa do Mundo começar para os brasileiros voltarem as atenções para as TVs e acompanhar os jogos no Qatar e, claro, nos dias que a nossa Seleção entrar em campo, vestir literalmente a camisa verde e amarela. Aqui em A VOZ DA SERRA não é diferente. Contamos com a colaboração da jornalista tricolor e apaixonada por futebol, Liliana Sarquis, que vem acompanhando todos os jogos do Brasil e produzindo reportagens especiais sobre o desempenho da equipe chefiada por Tite.

Sucesso nas redes sociais, o também tricolor Gustavo Valladares, é outro apaixonado por futebol e vem se destacando com resenhas super engraçadas e análises de todos os jogos desta Copa. Cientes do seu talento , nós o convidamos para comentar esta fase decisiva do Mundial do Qatar. Escalamos nosso time para ficarmos por dentro de tudo nesta Copa com as inteligentes análises desses craques. Rumo ao Hexa Brasil!! 

Brasil x Camarões

Por Gustavo Valladares (Especial para A VOZ DA SERRA)

Hoje, 2, tem Brasil x Camarões, pela terceira e última rodada da fase de grupos, na qual são definidas as seleções que irão disputar, na sequência, as oitavas de final. Segundo o que a imprensa esportiva anda apurando nos últimos dias, jogaremos provavelmente com o time inteiro reserva, o que, se por um lado pode ser uma estratégia até interessante, a fim de poupar nossos principais jogadores (afinal, estamos já classificados, né), em compensação, pode vir a nos causar problemas, eis que os camaroneses não são de brincadeira – o gol mais bonito até agora da competição, por exemplo, foi marcado pelo seu camisa 10, o atacante Vincent Aboubakar, num lance lindíssimo, de cobertura, contra a Sérvia.

Seja como for, não é muito provável que, mesmo nessas condições, Camarões se sinta à vontade para partir para a trocação pura e simples, querendo propor o jogo, contra a seleção brasileira. Deve jogar fechadinho, partindo para o ataque apenas na boa, que foi mais ou menos o que aconteceu quando enfrentamos os dois outros adversários da chave, Suíça e Sérvia. Vamos ver o que acontece.

Há uma expectativa geral no que se refere à recuperação de Neymar, que seria item importantíssimo para a disputa do restante da Copa, a partir da próxima fase da competição. Embora alguns doidos varridos (!) estejam torcendo contra, felizmente a maioria dos torcedores entende que, sem o nosso principal jogador, nossas chances caem, o que obviamente não pode ser interessante, sob nenhuma circunstância razoável. O menino Ney joga muita bola e, mesmo quando não atua tão bem (como, aliás, foi o caso da estreia), consegue no mínimo atrair dois ou três marcadores, pra cima dele, deixando os demais companheiros um pouco mais livres em campo.

Importante ressaltar, também, que há um equilíbrio coletivo muito forte na equipe, com o combate aos adversários começando lá na frente, no nosso campo de ataque, o que tem funcionado muito bem. Em especial, porém, nosso setor defensivo está de parabéns, a zaga está muito bem, a proteção na cabeça da área também.  Não por acaso, os dois melhores jogadores em campo, nos dois primeiros jogos, foram o zagueiro Thiago Silva e o volante Casemiro. Ambos simplesmente impecáveis. Além de Brasil x Camarões, o cardápio hoje no Qatar se completa com mais três confrontos que devem ser também interessantes, a saber: Sérvia x Suíça, Portugal x Coreia do Sul e Uruguai x Gana.

Hoje em dia, já não acompanho tanto futebol quanto antigamente, eis que me sinto plenamente satisfeito apenas com o meu querido Fluzão, que, como todo mundo sabe, é só alegria. No entanto, como faço em todas as Copas, procuro assistir ao máximo de partidas e, dentre as que eu não consigo acompanhar ao vivo, saio sempre catando os videotapes, madrugadas adentro, pois essa é a praxe, essa é a tradição, de muitos e muitos anos. Pouco importando, diga-se de passagem, se o campeonato está sendo realizado no país A ou no país B, se a seleção brasileira joga de amarelo ou de roxo, se há craques em profusão ou se a safra mundial não é lá essas coisas, etc. e tal. Nada disso importa, eis que Copa do Mundo se trata de território sagrado, digamos assim, ou algo muito próximo disso. É bola rolando, minha gente, amém e aleluia.

E eu me amarro, de verdade, em ficar observando todos esses países juntos, formados por tantos povos diferentes, de culturas tão distintas, correndo atrás da mesma bola, pelos campos. Sei que pode ser mera ingenuidade (e eu mesmo estou quase apostando nisso), mas me bate uma sensação, sei lá, de que o mundo tem jeito, de que as coisas vão melhorar, de que a vida, afinal de contas, é bela e faz todo o sentido. É ou não é? Pois então é isso, vamos aos jogos de hoje e, sendo de time reserva ou não, vamos lá, né Brasil!

  • Liliana Sarquis

    Liliana Sarquis

  • Gustavo Valladares

    Gustavo Valladares

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