O Dia Mundial da Saúde é anualmente comemorado em 7 de abril. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem como objetivo conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Muitas pessoas consideram-se saudáveis quando estão sem nenhuma doença, porém a falta de enfermidades não significa presença de saúde. Dizer que uma pessoa está saudável requer a análise de um conjunto de fatores, tais como qualidade de vida e aspectos mentais e físicos.
No caso da nossa saúde mental, lidar com ela ainda pode ser considerado como um grande tabu, é um tema bastante evitado, mas que já passou da hora de ser abordado abertamente. Da mesma maneira que levamos a sério quando uma pessoa tem um problema cardíaco ou um câncer, precisamos considerar que depressão, ansiedade e outras condições da nossa mente prejudicam profundamente muitas vidas.
Segundo a OMS, em 2019, pelo menos 18,6 milhões de brasileiros tinham ansiedade patológica, representando aproximadamente 9,3% da população geral. E a maioria desses brasileiros possui uma coisa em comum: preocupações com a vida financeira.
Os problemas financeiros afetam negativamente a saúde como um todo, tendo impacto ainda mais profundo na saúde mental da população. Quase como um ciclo vicioso, a saúde financeira afeta a nossa saúde mental que, por sua vez, afeta a nossa saúde financeira.
Os problemas relacionados à saúde mental podem moldar a forma como nossas mentes funcionam, podem alterar emoções e comportamentos, aumentando nossa impulsividade e trazendo consequências negativas em todas as áreas da vida, seja em relacionamentos ou afetando nossa saúde física.
Segundo relatório do Money and Mental Health Policy Institute, pessoas superendividadas possuem três vezes mais chances de ter problemas graves de saúde mental. O mesmo estudo identificou que 93% das pessoas com a saúde mental abalada gastam mais do que o normal, 92% acham mais difícil tomar decisões financeiras e 74% adiam o pagamento de contas.
É importante lembrar que a saúde mental é afetada de diversas maneiras. Há uma série de fatores, eventos de vida e outras circunstâncias que levam alguém a desenvolver vários tipos de distúrbios mentais e emocionais. No entanto, existe uma forte ligação entre o endividamento e a saúde mental. Um problema financeiro pode agravar a situação de quem já está com outras dificuldades, levando a pensamentos negativos em relação à vida, por exemplo, ou aumentando os quadros ansiosos, melancólicos, de desesperança.
Como buscar o tratamento?
O primeiro passo é identificar o que veio primeiro: o problema financeiro ou o desequilíbrio da saúde mental. Sabendo disso, o segundo passo é buscar ajuda para a origem do problema, sem culpa ou preconceito. Afinal, você quer resolver a dor da melhor maneira possível, sem criar outras dificuldades.
Se o problema for financeiro, deve-se buscar aprender mais sobre educação financeira. Ela proporciona conhecimento e confiança necessários para tomar decisões mais equilibradas, pois não se deve pagar uma conta criando outra conta. Não queira quitar um empréstimo fazendo outro empréstimo. É aí que o estresse aumenta.
Se a origem for outra, converse com alguém de confiança e busque o especialista certo para voltar a viver com satisfação. Sem dores, sem cobranças para viver com saúde integral e as contas em dia! (Fonte: Infomoney)
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