O esporte também faz parte da história de Nova Friburgo e a maioria das modalidades foi trazida pelos colonos. Nada mais justo, então, do que inserir o contexto esportivo nas comemorações pelo Agosto Suíço, englobando atividades durante todo este oitavo mês do ano. Dois eventos vão acontecer neste fim de semana, prometendo movimentar também um pouco das partes turística e cultural da cidade.
O Route MTB Fribourg acontece neste domingo, 28, fechando não só o Agosto Suíço, como também o calendário oficial com as principais competições de ciclismo de Nova Friburgo. O objetivo da prova é relembrar e celebrar os pioneiros do ciclismo no município, com a largada acontecendo na Queijaria Suíça, na RJ-130 (Nova Friburgo-Teresópolis), altura de Conquista, às 9h30.
As categorias para a edição deste ano contemplam apenas duplas: masculina open (a partir de 14 anos); feminina open (a partir de 14 anos); mista (a partir de 14 anos); masculina (nenhum atleta com menos de 40 anos); masculina (nenhum atleta com menos de 50 anos) e Turismo (qualquer formação e idade a partir de 14 anos. Esta última, inclusive, tem o objetivo de proporcionar aos bikers a possibilidade de passear no percurso da corrida, desfrutando da mesma estrutura, mas sem a pressão de competir. O percurso, entre os municípios de Nova Friburgo e Sumidouro, é menor e, por não se tratar de competição, não há pódio, mas todos recebem medalhas de finisher.
Todos os inscritos na edição da Route MTB Nova Friburgo terão direito a um kit onde constará o numeral para a bike, camisa do evento, colete do competidor (de uso obrigatório) e brindes a serem retirados no dia da prova, de 7h30 às 9h, no local da largada. O evento é disputado em percurso por estradas rurais, e terá duração máxima de quatro horas e meia. Caberá a organização determinar o tempo limite e atribuir cortes ao longo do percurso para fazer cumprir o horário de corte, a qualquer momento que julgar necessário, e impedir que o atleta prossiga na prova.
O ciclista deverá realizar o percurso completo da prova, passando por todos os pontos de controles (PCs). Caso não o faça ou deixe de passar por algum PC, será desclassificado. O tempo final da equipe é determinado no momento em que o segundo componente da dupla cruzar a linha de chegada. Será permitido utilizar apenas uma bicicleta para percorrer o trajeto, independente do tipo ou modelo. O atleta pode prosseguir pelo percurso a pé, desde que a bicicleta esteja presente (carregada, arrastada ou empurrada) pelo próprio atleta e ou seu parceiro (a). O uso do capacete de ciclismo afivelado é obrigatório.
Ao longo do término da prova, tão logo a equipe de cronometragem apure os resultados finais com os oito primeiros colocados de cada categoria, os mesmos serão anunciados e afixados para avaliação dos atletas interessados. A partir daí, fica aberto o prazo de 15 minutos para recursos contra o resultado. Todos que completarem a prova ganham medalhas. As cinco primeiras duplas colocadas de cada uma das categorias são premiadas com troféus.
Na última edição, o Route MTB reuniu 170 atletas para um percurso de 68 quilômetros, com 2.182 metros de altimetria acumulada. O evento se inspira nos colonizadores suíços, se tornando espelho para incentivar o uso das bicicletas. No país europeu, em regiões como Genebra, por exemplo, o número de ciclistas aumenta, em média, 70% a cada cinco anos.
Bolão
Também como parte da programação oficial do Agosto Suíço, o Torneio Frialp de Bolão acontece neste sábado, 27, a partir das 11h, no Nova Friburgo Country Clube. Espécie primitiva de boliche, o Bolão, de origem germânica, onde recebeu o nome de Kegeln, é composto por uma pista de madeira, bolas de arremesso feitas de madeira ou resina e nove pinos de plástico ou madeira. O objetivo do jogador é arremessar as bolas na pista e acertar o maior número possível de pinos, possuindo variações de estilo de jogadas.
O esporte é um legado das colonizações suíça e alemã em Nova Friburgo, amplamente difundido pelo Nova Friburgo Country Clube e a Sociedade Esportiva Friburguense, desde a década de 50. Os equipamentos e a estrutura para a prática do esporte exigem alto investimento, reforçado pelos custos de manutenção. Isso dificulta a popularização do esporte, mas não impede que a cidade seja uma das poucas no Brasil a ter duas pistas em condições, inclusive, de receber eventos oficiais.
Apesar de amador, o bolão exige dedicação profissional. Os atletas utilizam outras modalidades, como caminhada, natação e corrida, para manter a forma e desenvolver resistência. O desgaste durante o campeonato é grande: os jogadores chegam a arremessar 40 bolas em competições nacionais, divididas em dez jogadas por cada pista. No mundial, são 120 arremessos por atleta, sendo cinco de aquecimento por pista (totalizando 140 bolas).
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