Muitas crianças ainda estão sem mediadores nas salas de aula

Apesar da contratação através de processo seletivo, nem todas as vagas foram ocupadas
terça-feira, 12 de abril de 2022
por Christiane Coelho, especial para A VOZ DA SERRA
Muitas crianças ainda estão sem mediadores nas salas de aula

Apesar de a Prefeitura de Nova Friburgo ter feito três processos seletivos para a contratação de merendeiras, auxiliares de creche, que ainda está em curso, e mediadores para as escolas municipais, com a convocação de 410 profissionais, a redação de A VOZ DA SERRA continua recebendo denúncias da falta desses profissionais nas salas de aula. “Sou mãe de uma criança deficiente, que está matriculada em uma escola municipal. Mas, meu filho não pode frequentar a escola, pois não tem mediadora para acompanhá-lo em sala. Toda vez que entro em contato com a escola e a Secretaria Municipal de Educação, dizem para aguardar, pois estão contratando. Meu filho já perdeu dois anos de estudo por causa da pandemia e vai perder mais esse por falta de mediadora?”, questiona a mãe de um aluno.

Os pais de alunos de uma outra escola municipal também enviaram questionamentos pela falta de mediadores à direção da escola e à Secretaria Municipal de Educação. “Queremos que o direito das crianças de ter um mediador na sala de aula seja respeitado. A falta desse profissional prejudica a todos na sala de aula, os alunos com deficiência e os demais e também professores, que não conseguem dar a atenção necessária a todos”, denunciou um dos pais, que ainda não recebeu a resposta nem da direção da escola, nem da Secetaria de Educação.

Entramos em contato com a prefeitura, questionando sobre o número de mediadores contratados e o número necessário para atender a demanda da rede municipal de ensino. Em nota, a prefeitura respondeu que não tem esse número. “Um levantamento está sendo feito para identificar desistências dos selecionados ou os que não se apresentaram. Informa ainda que o que define a necessidade da criança pelo apoio do mediador é a sua condição dentro do espaço escolar e das barreiras encontradas para sua aprendizagem. Desta forma, há estudantes que podem ter a mediação compartilhada e há aqueles que precisam da mediação exclusiva. Também foi oferecida a frequência escolar à maioria das crianças, com apoio da família ou com horários adaptados para quem ainda não tiver mediador”, informou a nota.

Situação sem solução

Desde o início das aulas presenciais na rede municipal, em 14 de fevereiro, A VOZ DA SERRA vem acompanhando o drama de pais de crianças que precisam do mediador na sala de aula para acompanhar mais de perto seus estudos. São as crianças que têm algum tipo de deficiência e possuem o direito legal de ter um mediador na escola. Uma das mães entrevistadas em outra reportagem sobre este tema, informou que o filho autista, está dividindo a atenção de uma mediadora com outro aluno. Mas, mesmo assim ainda se sente insegura. 

“Minha criança tem 6 anos, mas com maturidade de uma de 2 anos. Tirou a fralda há pouco tempo, mas precisa de auxílio para ir ao banheiro, assim como o amiguinho dele. Quando a mediadora sai com um, o outro fica sozinho”, revelou ela.

 

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TAGS: Educação