Vacinação contra a gripe com baixa adesão em Friburgo

Doses estão disponíveis para todas as idades e até agora pouco mais da metade do público-alvo foi imunizada
sexta-feira, 28 de junho de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Com o inverno e a inevitável exposição às baixas temperaturas, principalmente na Região Serrana, o risco de contrair síndromes respiratórias como a gripe aumenta consideravelmente. Por isso, a vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, é fundamental. Em Nova Friburgo, assim como nos demais municípios brasileiros, a imunização contra a gripe está liberada para todas as faixas etárias, acima de seis meses de idade. A intenção do Ministério da Saúde é ampliar a cobertura vacinal em todo o Brasil, mas a população não está fazendo a sua parte. A cobertura vacinal contra a gripe está abaixo do esperado pelas autoridades de saúde. 

Segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo nesta sexta-feira, 28, a meta é imunizar contra a gripe 73.559 pessoas no município, mas até agora apenas 53% desse público-alvo já procurou as salas de vacina das unidades básicas de saúde, ou aderiu a ações especiais como os mutirões Dia D. Ou seja, foram aplicadas 39.544 doses até esta semana. 

Vale lembrar que a vacinação contra a gripe em Nova Friburgo acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, nos postos de saúde Sílvio Henrique Braune, no Suspiro; Tunney Kassuga, no bairro Olaria; Ariosto Bento de Mello, no Cordoeira; José Copertino Nogueira, em São Geraldo; e Waldir Costa, no distrito de Conselheiro Paulino. Para se vacinar e se proteger do vírus da gripe, basta apresentar um documento de identidade, CPF, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a caderneta de vacinação para atualização. A aplicação da dose é gratuita. 

A vacina não tem contra indicações e só deve ser evitada se a pessoa estiver com febre ou sintomas gripais. A Secretaria de Saúde reforça que tem recebido doses suficientes e com frequência do Governo do Estado do Rio, portanto, não há risco iminente da campanha ser suspensa por falta de estoque. As doses contra a gripe podem ser administradas simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação e também com outros medicamentos

Alerta 

A baixa cobertura vacinal contra a gripe em todo o Estado do Rio de Janeiro levou a Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) a emitir recentemente um alerta com informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). De acordo com os números, até o início de junho, pouco mais de 2,5 milhões doses do imunizante contra a influenza foram aplicadas nos 92 municípios fluminenses, o que representava a cobertura de aproximadamente 30%.

Segundo o Ministério da Saúde, o Estado do Rio tem 3.025.625 pessoas com 60 anos ou mais de idade. Desse total, apenas 876.795 foram vacinadas contra a gripe até maio deste ano. Os números representam uma cobertura de 28,98% desse público. A situação é pior no caso de crianças, que têm cobertura de 19,06%, e de gestantes, com apenas 6%.

A campanha de vacinação contra a gripe foi iniciada em 25 de março no Estado do Rio, com a meta de atingir pelo menos 90% dos grupos prioritários, entre eles, crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); idosos com 60 anos ou mais de idade; e gestantes. A campanha inicialmente iria até 31 de maio, mas foi prorrogada por tempo indeterminado até o final dos estoques e ampliada para todas as faixas etárias.

“Vemos com preocupação a não adesão da população com a vacina da gripe, especialmente dos mais vulneráveis, como as crianças, os idosos e as gestantes. As vacinas são seguras e estão disponíveis nas unidades de saúde. A gripe pode ser agravada para o que chamamos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, e mata. Vacinem-se”, recomendou a secretária de estadual de Saúde,.

O monitoramento feito pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) aponta que, de janeiro a maio deste ano, foram registradas 5.614 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que são os casos graves de gripe. Das 713 mortes registradas, 515 foram em idosos, ou seja, 72%.

A Região Serrana apresenta a melhor cobertura vacinal entre as nove regiões do Estado. Até agora, conta com 33,38% da população-alvo vacinada, seguida pela Médio Paraíba, com 32,07%. As demais são: Metropolitana l (28,31%), Centro-Sul (27,61%), Metropolitana ll (26,60%), Noroeste Fluminense (24%%), Baía da Ilha Grande (23,93%), Baixada Litorânea (19,26%) e Norte Fluminense, (18,47%).

Próxima epidemia mundial pode vir de vírus conhecido no Brasil

(Ana Borges | ana.borges@avozdaserra.com.br)

 A próxima pandemia que o mundo poderá enfrentar virá de uma variação ou mutação do vírus influenza. Cientistas do consórcio Vaccelerate fizeram o alerta em abril deste ano, ao coletar informações de profissionais de saúde e infectologistas de todo o mundo. Foi coletado um total de 187 respostas de especialistas de 57 países.  

Segundo prévia de relatório, o alerta ocorre em meio ao avanço de cepas da gripe aviária, que apenas circulavam em aves, mas que têm se disseminado entre mamíferos, como em gados nos Estados Unidos. Ainda segundo o pré-relatório, nos casos esporádicos relatados em humanos, a variante da influenza pode ter letalidade acima de 50%. 

A Vaccelerate é uma rede de investigação clínica para a coordenação e condução de ensaios de vacinas contra a covid-19, composta por instituições acadêmicas de toda a Europa. O consórcio é liderado pelo Hospital Universitário de Colônia, na Alemanha, e inclui atualmente 31 parceiros nacionais em 18 estados-membros da União Europeia e cinco países associados ao programa de investigação Horizonte 2020 da UE. 

Sobre a influenza

O Ministério da Saúde explica que a gripe causada pelo vírus influenza é uma infecção aguda do sistema respiratório, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe atualmente: A, B, C e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o influenza A responsável pelas grandes pandemias. 

  • Tipo A — São encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de duas proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N);

  • Tipo B — Infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em dois principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos;

  • Tipo C — infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativas a saúde pública, não estando relacionado com epidemias. (Fonte: www.otempo.com.br)

Os vírus que podem provocar a próxima pandemia

No topo do ranking de vírus com potencial para desencadear uma nova pandemia estão os vírus da influenza. A conclusão é de 79% dos especialistas consultados em estudo internacional que teve como base uma lista de patógenos compilada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A lista faz parte de um plano de ação para pesquisa e prevenção de epidemias. 

Ao proferirem seus vereditos, 187 especialistas de 57 países consideraram aspectos como a forma de transmissão, prevalência, tratamentos e potencial evolutivo dos vírus.

O estudo, publicado na Science Direct, foi realizado pela Vaccelerate, uma rede de testes clínicos financiada pela União Europeia e criada para reagir a pandemias emergentes e ajudar no desenvolvimento de vacinas.

Transmissão define potencial pandêmico

Mais de 500 milhões de pessoas se infectam todos os anos ao redor do mundo com o vírus influenza. Destas, entre 290 mil e 650 mil morrem, segundo estimativas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão do governo americano, e da OMS.

Os vírus se espalham por gotículas no ar, que são lançadas toda vez que alguém espirra, tosse ou mesmo fala. "A cada inverno temos uma época de influenza. Dá para dizer que são pequenas pandemias", explica Jon Salmanton-García, da Faculdade de Medicina no Hospital Universitário de Colônia (Alemanha) e principal autor do estudo. 

"Essas pequenas pandemias estão mais ou menos sob controle porque as diferentes cepas de vírus não são contagiosas o suficiente."

Mas vírus influenza também podem desencadear pandemias devastadoras. O passado é testemunha disso: a gripe espanhola (1918-1919), causada pelo H1N1, levou à morte de 50 milhões de pessoas; já a gripe de Hong Kong (1957-1958), causada pelo vírus H3N2, custou um número estimado entre um milhão e dois milhões de vidas.

Fator surpresa

Em segundo lugar no ranking de patógenos com maior potencial pandêmico, segundo o estudo, está a "doença X" — ou seja, uma doença ainda desconhecida.

"Há muitos vírus raros. Por isso que a próxima pandemia não necessariamente virá de um vírus que aparece no topo de uma lista. Mas isso não quer dizer que esses vírus são desconhecidos", pontua Richard Neher, da Universidade de Basel (Basileia, Suíça).
    O terceiro lugar, na avaliação dos especialistas, ficou com o coronavírus, classificado como um grande risco para 40% dos pesquisadores consultados no estudo.

"O Sars-Cov-2 ainda está em circulação e mudando o tempo inteiro", explica Neher. "Como nós agora temos uma imunidade básica quase completa por causa das vacinas, por já termos nos infectado ou pelos dois motivos, a doença já não é mais tão ruim."

Logo atrás no ranking vem o Sars-Cov, que surgiu em novembro de 2002 na província de Guangdong, no sul da China, e em 2003 desencadeou uma pandemia em mais de 25 países. A China e outros países asiáticos foram os mais afetados.

Embora os dois tipos de coronavírus causem doenças semelhantes, eles possuem características epidemiológicas e virológicas diferentes.

A perigosa gripe aviária

O coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV) foi classificado por 14% dos pesquisadores como potencial causador de uma nova pandemia. Avaliações semelhantes também foram feitas para o vírus da zika (12%), a febre hemorrágica da Crimeia-Congo (10%) e o vírus de Marburg (9%).

Já o hantavírus, e os vírus lassa, nipah e o henipavírus foram classificados como de baixo potencial pandêmico. E quão perigosa é a gripe aviária? A gripe aviária não entrou na lista do estudo da Vaccelerate, apesar de o H5N1 estar se espalhando cada vez mais nos Estados Unidos, contaminando também vacas leiteiras.
    Segundo a OMS, desde 2003 ao menos 889 pessoas em 23 países foram infectadas pelo vírus. Destas, 463 morreram. Ainda não houve registro de transmissão do patógeno de humanos para humanos. "Infecções de pessoas com o vírus do tipo H5N1 continuam a ser raras e estão associadas ao contato com animais e ambientes infectados", afirma o órgão.

Já o biofísico Neher (Basel) se diz preocupado com a propagação do vírus nos EUA. "Parece estar bastante disseminado atualmente. Outros animais nas fazendas, como gatos ou pássaros, bem como alguns seres humanos, também estão sendo infectados. A expansão do espectro de hospedeiros para animais com tanto contato com humanos torna o surto atual de H5N1 muito mais perigoso", avalia.

Prevenir é o melhor remédio

Diante da propagação do vírus da gripe aviária em bovinos nos EUA, um grupo de 15 países europeus encomendou preventivamente 665 mil doses de vacina contra os vírus H5. O contrato foi firmado pelo órgão público de compras da UE com a empresa farmacêutica britânica Seqirus, e as primeiras doses da vacina serão destinadas a trabalhadores de granjas de aves na Finlândia.

Pelo contrato, as entregas de vacinas podem ser ampliadas em até 40 milhões de doses adicionais ao longo dos próximos quatro anos. “As pandemias continuarão a existir. Não dá para prever o futuro, mas dá para se preparar”, afirma Salmanton-García. 

"Minha maior preocupação no momento é que a gente esqueça o que aprendemos: a lavar bem as mãos, a não ter contato próximo com pessoas desconhecidas, a abafar a tosse usando os cotovelos em vez das mãos. É assim que desempenhamos um papel ativo no controle de infecções", ensina o pesquisador. (Fonte: www.brasildefato.com.br/  Por Gudrun Heise, Deutsche Welle)

Vírus Sincicial Respiratório e Influenza A exigem atenção

Divulgado em 16 de maio, o Boletim InfoGripe Fiocruz reafirmou o alerta para as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), principalmente em função da influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que ainda estão em ascensão em boa parte do território brasileiro. Por outro lado, a análise mostra a interrupção do crescimento da síndrome respiratória por tais doenças em alguns estados. 

O estudo destaca ainda que, diante da atual situação do Rio Grande do Sul (RS), os dados das semanas recentes registrados não foram considerados pela dificuldade de atendimento da população atingida pelos eventos climáticos extremos e da digitação de casos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). 

No agregado nacional, há sinal de estabilidade de Srag na tendência de longo prazo e de queda na de curto prazo, nas últimas 6 e 3 semanas, respectivamente [considerando o bimestre abril-maio]. O estudo tem como base os dados inseridos Sivep-Gripe até o dia 13 de maio.

O valor da prevenção

O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, chama a atenção para a vacinação — que está com campanha aberta para influenza A, o vírus da gripe — e do uso de máscaras adequadas para qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e a quem estiver com sintomas de infecção respiratória, especialmente aos moradores do RS. 

Gomes observa que a vacina e os cuidados são fundamentais pois, com a atual queda das temperaturas na região e a situação de vulnerabilidade em que a população se encontra, os quadros respiratórios podem se agravar. 

Em relação ao estado gaúcho, o pesquisador acrescentou, ainda, que o estado já vinha registrando, nas últimas semanas epidemiológicas, aumento no ritmo de crescimento das internações por infecções, especialmente influenza A e VSR. 

“Ainda mais agora, com muitas pessoas vivendo em condições desfavoráveis em abrigos, é importante insistir no uso de máscaras para quem está com sintomas. Além disso, nos locais em que for possível, e considerando a previsão de queda das temperaturas, implementar algum nível de distanciamento dos infectados e dos sintomáticos pode ajudar a pelo menos reduzir a propagação de vírus nesses locais. Diante desse cenário também é fundamental que o grupo de risco esteja em dia com as vacinas contra gripe e covid-19”.

O coordenador destacou ainda a importância de seguir as orientações do comunicado do Ministério da Saúde, que reforça a necessidade da vacinação também contra o tétano e a hepatite, doenças comuns durante desastres como o que os gaúchos estão enfrentando.

Como o Brasil está respirando

A circulação do VSR e Srag mantém valores expressivos de incidência e mortalidade de crianças pequenas, no país. Outros vírus respiratórios com destaque para essa faixa etária são o rinovírus, a influenza A e a covid. Nos idosos, prevalecem estas duas últimas. Mas a mortalidade da síndrome respiratória nas últimas oito semanas foi semelhante entre estes dois grupos.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (27,6%), influenza B (0,2%), vírus sincicial respiratório (56,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (5,1%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (47,1%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (13,4%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (35,1%).

A atualização aponta que 16 estados apresentam crescimento de Srag na tendência de longo prazo: AC, AL, AM, AP, MA, MT, MS, PB, PR, PE, RN, RJ, RO, SC, SE e TO.

Em alguns estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, observa-se a interrupção do crescimento ou queda do VSR. Em relação à influenza A, associada ao aumento da síndrome respiratória em adolescentes e adultos, já se nota desaceleração no Nordeste e em parte do Norte e Sul do país.

Entre as capitais, 15 mostram indícios de aumento de Srag: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA).

Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 53.179 casos de Srag, sendo 25.194 (47,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 19.434 (36,5%) negativos, e ao menos 5.645 (10,6%) aguardando resultado laboratorial. 

Que vírus são esses

VSR — É um vírus que causa sintomas semelhantes aos do resfriado comum, mas também pode provocar doença grave em determinadas pessoas. Os principais sintomas são: mal estar, tosse, espirros, coriza e febre baixa. Nas crianças pequenas, em especial nos recém-nascidos, e nos idosos, pode atingir os brônquios e os pulmões, causando bronquiolite ou pneumonia. Nesses casos, os sintomas são mais graves: febre alta, tosse intensa, dificuldade para respirar.

Influenza tem sintoma mais intenso que VSR — A influenza é um tipo do vírus da gripe que pode ser dividido em quatro grupos: A, B, C e D. O vírus Influenza tipo A (H1N1) é o principal causador de surtos e epidemias, e atinge mais os adultos. 

Prevenir doenças — O VSR e o H1N1 são vírus altamente contagiosos, transmitidos pelo ar e pelo contato com objetos contaminados. Eles têm facilidade para se disseminar em superfícies, como mesas e maçanetas. Recomenda-se lavar as mãos com frequência e não levar crianças com sintomas gripais à escola e outros locais de convívio social. E levar a sério a vacinação contra gripe e covid, pois esses vírus, juntamente com o VSR, são responsáveis pelo aumento de internações por complicações respiratórias em vários estados brasileiros. (Fonte: Agência Fiocruz)

Diferenças: Surto, epidemia, pandemia e endemia

Em março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a covid-19 como uma pandemia, muita gente se perguntou: O que isso quer dizer? Qual a diferença entre surto, endemia, epidemia e pandemia? A resposta, basicamente, tem relação com a escala e a frequência com a qual uma doença contamina as pessoas. 

Durante a covid-19, a palavra pandemia ficou bastante conhecida. Agora, com a dengue em destaque, é normal se deparar novamente com termos como surto, endemia, epidemia. Você sabe qual a diferença entre eles? Segue um breve resumo: 

Surto — O surto é algo localizado. Pode ser de gripe na empresa, em determinado grupo de pessoas, surto de catapora em uma creche, por exemplo. 

Endemia — A endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. É a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada. “A doença endêmica é a que circula com número de casos esperados. A meningite é uma doença endêmica no Brasil, todo ano tem X casos da doença, assim como a tuberculose. A meningite, mesmo endêmica, pode ter surtos em escolas e berçários”, explica Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Epidemia — Uma epidemia ocorre quando temos um aumento inesperado no número de casos de uma doença em uma área geográfica específica. Febre amarela, varíola e dengue são excelentes exemplos de epidemias. “A epidemia ocorre quando tem um aumento de casos acima da média, algo mais populacional. Existem pessoas que chamam surto de epidemia, mas não é. Por exemplo, não existe epidemia em escolas, existe surto”, alerta Kfouri. 

As epidemias podem referir-se a uma doença ou a outro comportamento específico relacionado com a saúde (por exemplo, tabagismo) com taxas claramente acima da ocorrência esperada numa comunidade ou região.

Pandemia — A pandemia é uma epidemia que se espalhou por todas as regiões do planeta, afetando muitas pessoas. O exemplo mais recente é a pandemia de covid-19. (Fonte: www.apm.org.br)

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: