“Próximos na fila” da flexibilização, os templos religiosos se preparam para retomar as celebrações nesta segunda-feira, 13. Poderão funcionar somente nas bandeiras amarela e verde, observadas as regras sanitárias e com distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os presentes, e ocupação dos assentos disponibilizados limitada a 50%.
No entanto, segundo o pastor Gerson Acker, da Igreja Luterana de Nova Friburgo, a ordem continuará com suas atividades presenciais suspensas. “Seguindo recomendações da igreja, consideramos que a flexibilização não significa que a Covid-19 tenha cura. Seguiremos acompanhando a evolução da situação em nossa cidade e, se for favorável, pensaremos numa possível reabertura em agosto, seguindo, obviamente, todas as medidas sanitárias exigidas”, avisou.
O pastor Sérgio Paim, da Comunidade Igreja Evangélica da Família (Ceifa), também informou que a ordem religiosa permanecerá fechada para cultos até um momento oportuno. “Embora creiamos que as atividades religiosas sejam essenciais nesse momento, elas não se limitam a cultos presenciais. Portanto, mesmo sem as reuniões, as igrejas continuam assistindo os necessitados e aflitos em suas demandas diárias. Os cultos são apenas oportunidades que temos de externarmos nossa fé coletivamente. E é claro que, assim que possível, munidos de todos os critérios de segurança, retornaremos às nossas reuniões”, disse.
Em nota, a Diocese de Nova Friburgo salientou que a retomada das celebrações com a presença de fiéis deve ser remetida previamente à Cúria Diocesana e que todas as orientações devem ser cumpridas, tendo em vista a segurança de todos, e em especial dos que integram o grupo de risco, seja por idade avançada e/ou por existência de alguma enfermidade. “A retomada das atividades está a cargo de cada sacerdote, que munido de justificativas e apoio de sua comunidade está livre para proceder ou não com a reabertura dos templos”, informa o comunicado.
A dona-de-casa Rosângela Barbirato é uma católica fervorosa e admite que está ansiosa pelo retorno das celebrações presenciais. “Sou devota e não costumo faltar à missa aos domingos. Desde que começou a pandemia e as celebrações presenciais foram suspensas ela passou a assistir as missas transmitidas pelas TVs Canção Nova e Rede Vida. “Rezo durante a transmissão, mas não é a mesma coisa. Ver as imagens do padre e os leitores sozinhos do altar com santuários imensos com os bancos vazios dá uma tristeza enorme”, observa ela que pretende voltar a frequentar as missas dominicais na Catedral São João Batista, na Praça Dermeval Barbosa Moreira.
Durante o período de isolamento social, a Diocese de Nova Friburgo aderiu à tecnologia e diversas paróquias transmitiram suas missas através de redes sociais. Até mesmo a posse no último fim de semana do novo bispo Dom Luiz Antonio Lopes Ricci teve uma cerimônia restrita, com a participação de poucos membros do clero, mas que foi acompanhada por centenas de fiéis através da internet.
Atendimento religioso em hospitais
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o projeto de lei que garante aos religiosos de todas as denominações o acesso à toda rede de saúde, privada ou pública, mesmo durante o período de vigência de pandemia, para prestar atendimento religioso aos internados, com o consentimento do paciente, de sua família e da equipe de saúde. O texto seguirá para o governador do Estado do Rio Wilson Witzel, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.
Deixe o seu comentário