A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo confirmou 16 casos positivos de histoplasmose, doença causada por fungos de morcegos e pombos, no município. Três pessoas permanecem internadas, sendo duas em hospitais particulares e uma no Rio de Janeiro. Ainda há outros 20 casos suspeitos que continuam sendo monitorados e ainda aguardam os resultados dos exames, segundo boletim emitido pela prefeitura na segunda-feira, 24.
Os casos confirmados e suspeitos são de pessoas que participaram recentemente como voluntários em um mutirão para a limpeza do prédio onde funcionava o antigo orfanato, no bairro Chácara do Paraíso. O antigo orfanato, situado no loteamento de mesmo nome, pertence à congregação religiosa católica Joseleitos de Cristo que obteve mês passado na Justiça a reintegração de posse do imóvel na Rua Frutuoso da Silva.
Após reassumir o antigo orfanato, voluntários ligados à Capela de São Sebastião, na Chácara do Paraíso, e membros do Seminário Dom Bosco (da congregação Joseleitos de Cristo), se reuniram para a ação de limpeza do antigo orfanato que estava fechado há vários anos, com a intenção de preparar as instalações para a implantação de futuros projetos sociais.
Segundo as autoridades de saúde, a suspeita é de que durante a limpeza, a equipe de voluntários tenha inalado o fungo Histoplasma Capsulatum, mais comumente presente em fezes de pombos e morcegos. Esse fungo geralmente afeta o sistema respiratório.
A doença
A Histoplasmose não é transmitida de pessoa para pessoa, nem é contagiosa. A contaminação acontece somente pela inalação do fungo. A presença do Histoplasma Capsulatum costuma acontecer em grutas, cavernas, pombais, galinheiros, ocos de árvores, poleiros, telhados ou construções antigas. Também costuma atingir agricultores, paisagistas, jardineiros, pessoas que trabalham na construção civil, com a criação de aves e o controle de pragas. Em relação ao tratamento, na maioria das vezes, a cura acontece de forma espontânea. Quando necessário, o uso de medicamentos antifúngicos é indicado.
Como fazer a prevenção
Não existem medidas específicas para conter a disseminação do fungo Histoplasma Capsulatum, que transmite a doença. A prevenção está diretamente ligada aos cuidados pessoais de higiene e com a limpeza dos lugares onde o fungo possa proliferar. Portanto, confira algumas sugestões:
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Molhe as fezes das aves ou morcegos antes de limpar o lugar onde foram depositadas, de lidar com terra de canteiros ou vasos, ou de exercer atividades em áreas que possam ter entrado em contato com excrementos desses animais. Isso ajuda a evitar que os agentes infectantes sejam liberados e flutuem no ar que será inalado por pessoas próximas;
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Pense que alimentar pombos e outras aves em lugares públicos pode funcionar como agravante para a disseminação do fungo que transmite a histoplasmose em determinadas regiões;
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Não sendo possível evitar os ambientes que facilitam a exposição aos esporos do Histoplasma Capsulatum, que são muito leves e flutuam no ar, o recurso é utilizar máscaras faciais e luvas descartáveis para dificultar sua penetração no organismo dos hospedeiros;
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Redobre a atenção e ponha em prática as medidas preventivas necessárias se, de algum modo, mantém proximidade com profissões (funcionários de empresas de limpeza pública e privada, de aviários, granjas ou produção de ovos, por exemplo), assim como com certas atividades de lazer (exploração de cavernas etc.), porque partículas de poeira provenientes do solo contaminado e a exposição prolongada ao fungo, aumentam o risco de contrair a infecção. (Fonte: Ministério da Saúde)
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