Recuperação da Terê-Fri custará R$ 77 milhões ao estado

Empresa a ser contratada fará recapeamento e recuperação da rede de drenagem, entre outras melhorias, durante um ano
terça-feira, 27 de julho de 2021
por Jornal A Voz da Serra
As ondulações no asfalto na RJ-130, em Duas Pedras (Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro)
As ondulações no asfalto na RJ-130, em Duas Pedras (Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro)

Foi publicado na última sexta-feira, 23, no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro a licitação para contratação de uma empreiteira que será a responsável pela obra de recapeamento e recuperação dos 68,73 quilômetros da rodovia RJ-130 (Teresópolis-Nova Friburgo). 

De acordo com a publicação, a empresa contratada fará a execução  de  obras  de  melhorias  operacionais  na  conhecida estrada Terê-Fri,  recuperação  de meio-fio,  manutenção  e  melhorias  na  rede  de  drenagem,  recomposição  das  defensas  e  guarda  corpo  das  pontes  existentes,  ao custo de R$  77.214.607,97 com um prazo de 360  dias. A data limite para a realização da licitação pelo governo do estado é o dia 30 de agosto, às 11h.

Um pedido antigo 

Recentemente, durante as celebrações pelo aniversário de 130 anos de emancipação de Teresópolis, durante visita à cidade vizinha, o governador Cláudio Castro anunciou uma série de ações do governo do estado na Região Serrana. Entre as obras de infraestrutura mais esperadas está a revitalização da RJ-130. A recuperação é um antiga reivindicação de motoristas, caminhoneiros que utilizam a estrada para o escoamento da grande produção de hortifrutigranjeiros para o Grande Rio e turistas que visitam o circuito Tere-Fri e muito reclamam do desgaste e dos perigos causados pela má conservação em diversos trechos da rodovia. 

No lançamento da pedra fundamental das obras de recapeamento da Tere-Fri, o governador Cláudio Castro ressaltou a relevância da obra para o turismo local. “A RJ-130 é uma estrada histórica. Graças a concessão dos serviços de saneamento, temos recursos para revitalizar a Teresópolis-Friburgo, essa rodovia fundamental para a agricultura, o desenvolvimento econômico e o turismo de toda a região”, ressaltou. 

Um problema crônico 

Já foram incontáveis as denúncias feitas por A VOZ DA SERRA sobre um dos piores trechos da RJ-130. No quilômetro 68, no bairro Duas Pedras, encontra-se um dos maiores problemas da rodovia. As ondulações na pista atingiram um nível alarmante e o motorista que passar por ali deve redobrar a atenção. Já conhecidas, essas ondulações existem há muitos anos e preocupa quem costuma dirigir pelo local.

Em uma reportagem publicada no ano passado, uma moradora daquele trecho informou que a última vez que a rodovia recebeu alguma manutenção foi em 2016, para a passagem da tocha olímpica, às vésperas dos Jogos do Rio de Janeiro. “A minha mãe já tropeçou e caiu aqui. A sorte é que eu estava em casa e quando vi, fui correndo para tirá-la do asfalto. Cabe ao Governo do Estado fazer esse conserto. Isso já é um pedido antigo”, disse.

Má-conservação em outras estradas  

Outras estradas estaduais em Nova Friburgo como a RJ-142 (Nova Friburgo-Casimiro de Abreu), RJ-148 (Nova Friburgo-Carmo) e RJ-150 (Nova Friburgo-São José do Ribeirão) também tem vários trechos críticos que precisam de manutenção urgente. Sobre a RJ-142, também conhecida como Estrada Serramar, em uma reportagem realizada em março do ano passado, um minucioso levantamento feito pela Associação do Comércio e da Indústria de São Pedro da Serra (Acisps) mapeou alguns buracos do trecho da RJ-142, entre os distritos friburguenses de Mury e Lumiar. O relatório revelou que, na época, a estrada tinha nada menos que 109 buracos. O problema não é novo… 

RJ-116

A RJ-116 é o principal acesso a Nova Friburgo para quem vem da Região Metropolitana e os seus 140 quilômetros iniciais, entre Itaboraí e Macuco, são privatizados. Na Serra dos Três Picos, na altura do quilômetro 53 uma encosta deslizou em 20109 e até hoje a obra de contenção não foi concluída, obrigando motoristas a terem que trafegar no local utilizando o sistema de escoamento do tráfego por alternância, pare e siga. Nesta terça-feira, 27, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) vai julgar um processo que apura a responsabilidade pela obra. 

No processo, a concessionária Rota 116, que administra o trecho privatizado da rodovia, alega que o serviço é uma obrigação contratual do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ), por se tratar de uma obra extraordinária. Já o governo do estado sustenta que a intervenção para a contenção de encostas ao longo da rodovia faz parte do risco do empreendimento e portanto seria de competência da concessionário. O julgamento do Conselho Diretor começa às 10h, com transmissão ao vivo pelo canal da Agetransp no YouTube. 

O deslizamento da encosta que margeia a rodovia aconteceu em outubro de 2019, após uma forte chuva. O local do deslizamento fica a cerca de quatro quilômetros de uma das quatro praças de pedágio ao longo do trecho concedido, na localidade de Boca do Mato, na Serra dos Três Picos, em Cachoeiras de Macacu.

 

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TAGS: Trânsito | obra