Acostumada às grandes conquistas e marcas históricas. Esta é Jhennifer Alves, atleta friburguense, cada vez mais consolidada como um dos principais nomes da natação brasileira em sua geração. Medalhista em várias das principais competições pelo mundo, Jhenny alcançou novo feito durante a disputa da ISL, em Budapeste, na Hungria: o décimo recorde sul-americano na carreira.
A marca foi alcançada defendendo o Toronto Titans, na primeira rodada de skins da semifinal 2. Jhennifer nadou 29.91, batendo assim, pela terceira vez, a marca sul-americana dos 50 metros peito em piscina curta. Ao todo são seis recordes em piscina longa e quatro em piscina curta. Vale destacar que ela já era a detentora do principal tempo anterior da prova (30s00).
Atleta da seleção brasileira, do Esporte Clube Pinheiros e treinada pelo técnico Tiago Moreno, Jhenny participou, pelo segundo ano consecutivo, da Liga Internacional de Natação (ISL) de 2020, uma espécie de torneio independente. Em 2019, ela defendeu a equipe LA Current.
A segunda temporada do International Swimming League (ISL) chegou ao fim na última semana, após quase dois meses de competição e a presença de centenas de nadadores de alto nível. Devido a pandemia e o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, esse foi o principal torneio da modalidade em 2020.
A equipe do Cali Condors foi a grande campeã da temporada, liderada por Caeleb Dressel, MVP da temporada. O então campeão Energy Standard ficou com o vice-campeonato, seguido por London Roar e LA Current.
Ao todo o ISL 2020 registrou nove recordes mundiais. Além das marcas de Dressel e Peaty, Kira Touissant nos 50 metros costas (25s60), Kliment Kolesnikov nos 100m costas (48s58) e o revezamento 4x100m medley do Cali Condors formado por quatro americanas (3min44s52).
Os brasileiros também se destacaram. Ao todo 21 nadaram a competição espalhados em nove das dez equipes, mas curiosamente a única que não teve atletas do país foi o campeão Cali Condors. Além da marca de Jhenny, outros dois recordes sul-americanos foram alcançados com Guilherme Guido nos 100m costas (49s40) e Leonardo Santos nos 200m medley (1min52s06).
Outro destaque foi Nicholas Santos, que aos 40 anos quase bateu seu próprio recorde mundial de 21s75 nos 50m borboleta duas vezes, nadando para 21s78 na primeira fase e para 21s80 na semifinal.
De acordo com o regulamento, cada equipe pôde contar com até 32 nadadores, sendo que apenas 28 puderam ser utilizados em cada competição - 14 de cada sexo. As provas individuais foram disputadas nas modalidades 50, 100, 200 e 400 livre, 50, 100 e 200 costas, 50, 100 e 200 peito, 50, 100 e 200 borboleta, 100, 200 e 400 medley. Já os revezamentos acontecem no 4×100 livre e 4×100 medley masculino e feminino, 4×100 livre misto.
As três rodadas eliminatórias de 50 metros (8,4 e 2) tiveram o estilo escolhido pelo treinador da equipe vencedora do revezamento 4×100 metros medley, sendo que o vencedor do feminino escolheu o feminino e o masculino a prova dos homens.
A pontuação para as provas individuais foram dobradas para as provas de revezamento e triplicadas para as provas de sins. Cada etapa das provas skins teve premiação. O Jackpot Times foi uma tabela montada de diferença do primeiro para o segundo colocado de cada prova. Quando a marca foi atingida, o vencedor não só levou a pontuação de campeão, mas de toda a prova.
Os recordes de Jhennifer Alves
- Piscina 50 metros
*50 peito – 5 vezes:
- 30.42 em 09/06/2019 *
- 30.47 em 21/04/2019
- 30.50 em 21/04/2019
- 30.51 em 07/12/2019
- 30.63 em 04/05/2017
* 100 peito – 1 vez:
- 1:07.64 em 21/06/2019
- Piscina 25 metros
*50 peito – 3 vezes:
- 29.91 em 16/11/2020
- 30.00 em 26/08/2018
- 30.31 em 15/11/2016
*100 peito – 1 vez:
- 1:05.69 em 24/08/2018
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