Projeto doa composteiras domésticas para os moradores de Lumiar e região

Cerca de 50 kits já começaram a ser entregues. Saiba como adquirir
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
As composteiras (Divulgação)
As composteiras (Divulgação)

A coleta de lixo domiciliar e a separação de lixo orgânico e lixo reciclável, por parte dos friburguenses, não tem sido realizada com grande eficácia. Por conta disso, uma cervejaria localizada no distrito de Lumiar criou um projeto para distribuir composteiras. A composteira é um rico ecossistema higiênico que ajuda a reduzir seu lixo e emissões de gases do efeito estufa.

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais da metade de todo o lixo que produzimos em casa é orgânico.

Todo esse resíduo, quando descartado em aterros e lixões, junto com materiais tóxicos como pilhas e remédios, acabam produzindo efluentes que contaminam solos, lençóis freáticos e a atmosfera, agravando a qualidade de vida. Além de ocuparem uma grande quantidade de espaços, os resíduos sem tratamento produzem gás metano, cerca de 25 vezes mais prejudicial para o efeito estufa do que o gás carbônico.

O projeto

Segundo Luís Enne, um dos sócios da Cervejaria Lumiarina e idealizadores do projeto “Uma composteira por casa”, o lixo domiciliar é um grande problema no município e que se agrava no 5º e 7º distrito por conta da presença de turistas durante os finais de semana e feriados.

O projeto consiste na doação de 50 composteiras na região, em um kit que inclui baldes estilizados e prontos para a compostagem, minhocas californianas e serragem. “Se consideramos um valor médio de 1kg re resíduos orgânicos que cada casa gera por dia, temos em um mês 1.5 toneladas que deixaram de ir para o aterro de Friburgo com as composteiras já fornecidas”, comemorou.

Luiz decidiu reinvestir parte do lucro da cervejaria em ações de sustentabilidade que tragam benefícios diretos para a região onde a fábrica está instalada. “Sabemos que chegar ao ponto de todas as casas da região terem sua composteira pode parecer utópico, porém acreditamos em um ponto de inflexão onde ter uma composteira passa a ser um hábito adotado pela comunidade. Com o aumento de pessoas compostando automaticamente a comunidade passa a ter excedente destes produtos, o que com certeza gerará uma oportunidade de negócio. Além disso, ao separar esta parte orgânica do lixo passamos a enxergar de forma diferente o que ainda sobra, identificando outras possibilidades de reciclagem e reaproveitamento”.

Como funciona?

Basicamente, a composteira doméstica convencional é formada por três caixas empilhadas, uma pequena quantidade de composto contendo muitos micro-organismos e algumas minhocas californianas.

As duas caixas de cima da composteira servem como depósito para os resíduos domésticos (que devem ser colocados em pequenos tamanhos) e é nessas caixas que as minhocas e os micro-organismos presentes na camada de terra atuarão para transformar os resíduos em adubo orgânico, num processo que dura cerca de dois meses.

A última caixa serve como coletora do chorume, que também pode ser chamado de adubo líquido ou biofertilizante, além de servir como pesticida natural.

Diferente do chorume produzido em aterros e lixões, o chorume da composteira doméstica não é tóxico.

Como se cadastrar?

Para se cadastrar basta entrar em contato com a Cervejaria através do Instagram (https://www.instagram.com/lumiarina/?hl=pt-br) ou Facebook (https://www.facebook.com/Lumiarina-1608673722754867). Depois de cadastrado o morador entra em uma lista de espera para os próximos lotes mensais.

 

LEIA MAIS

Réus foram condenados a restituir valores e município, a tomar medidas administrativas para recompor meio ambiente

Ciep Prof. Luiz Carlos Veronese reaproveitou mais de 90% de seus resíduos

Estreia foi com o ambientalista Jorge Natureza, que falou sobre impactos da erosão

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra