Um dia após a Petrobras anunciar a redução do preço do diesel, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse, na última quinta-feira, 23, no Rio de Janeiro, que a estatal pode diminuir o preço da gasolina. “Sempre que pudermos vender mais barato para o consumidor brasileiro, vamos fazê-lo”, afirmou ao ser perguntado se a empresa deve baixar o preço da gasolina nos próximos dias.
Após participar do lançamento do “Caderno FGV Energia de Gás Natural'', da Fundação Getúlio Vargas, Prates destacou que a empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um “dogma”.
“Não aceito o dogma do PPI. Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional com o preço de mercado de acordo com o nosso cliente, pois cliente bom merece ter desconto. É a política de empresa”, explicou.
Referência internacional
Prates acrescentou ainda que o melhor preço para a empresa é o preço próximo da referência internacional. “Não quer dizer que eu tenho que andar exatamente em cima da linha do preço do importador. É bem diferente. Não quer dizer que eu vá me afastar, me isolar e virar uma bolha no mundo. Temos que seguir a referência internacional. Se lá fora o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias, tenho que corresponder para o consumidor final. Mas eu não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar”, observou.
Durante o evento, o presidente da Petrobras ressaltou ainda que a companhia vai investir na infraestrutura para transporte, escoamento e distribuição do gás natural, que ele apontou como entraves para o mercado do gás. (Agência Brasil)
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