Prejuízos do ‘Brasil Ilegal’ somaram mais de R$ 453,5 bi em 2022

Produzida pela CNI, Firjan e Fiesp, nota técnica foi apresentada ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
sexta-feira, 19 de abril de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
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Contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos são algumas das ações ilegais que provocaram um prejuízo econômico de R$ 453,5 bilhões ao Brasil em 2022. O montante é o destaque da nota técnica “Brasil Ilegal em Números”, levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Deste total, a maior parte refere-se aos prejuízos diretos com os impostos que deixaram de ser arrecadados (R$ 136 bilhões) pelos governos e poderiam ser revertidos em bem-estar para a sociedade. O levantamento foi apresentado no seminário “Combate ao Brasil Ilegal” nesta quinta-feira, 18, na sede da CNI, em Brasília.

“A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais e estaduais e a União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de Santa Catarina, por exemplo. A CNI, Fiesp e Firjan querem chamar a atenção para essa calamidade. Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país”, afirma Carlos Erane de Aguiar, diretor da Fiesp e da Firjan na área de segurança.

Levando em consideração 15 setores afetados pelo mercado ilícito, o Brasil deixou de gerar quase 370 mil empregos com carteira assinada em 2022. Os setores afetados são: audiovisual (filmes), bebidas alcoólicas, brinquedos, celulares, cigarros, combustíveis, fármacos, cosméticos e higiene pessoal, defensivos agrícolas, material esportivo, óculos, PCs, perfumes importados, TV por assinatura e vestuário.

Seminário Combate ao Brasil Ilegal

 Além do ministro Ricardo Lewandowski e dos presidentes da CNI, Ricardo Alban, da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, participaram do seminário "Combate ao Brasil Ilegal" autoridades como Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal; Robinson Sakiyama Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal; os secretários de Segurança Pública do Estado do Rio e de Fazenda, Victor Santos e Leonardo Lobo, respectivamente; e Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal. O seminário foi composto por três painéis: “O Dano Fiscal do Brasil Ilegal”; “As Ações Integradas de Inteligência e Planejamento”; “A Defesa do Estado e da Concorrência”.

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