Os efeitos colaterais da pandemia de coronavírus atingiram intensamente a economia e afetaram intimamente o ânimo da população, principalmente em relação ao medo do desemprego. No entanto, a retomada econômica começa dar sinais de melhora, refletindo diretamente na expectativa de permanência no emprego. É o que mostra o levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com 456 consumidores do estado do Rio de Janeiro. Na sondagem de julho, 72,7% dos entrevistados tinham, de alguma forma, medo de perder seus empregos. Na nova consulta, em agosto, o percentual diminuiu para 61,4% - uma queda de 11,3 pontos percentuais.
A sondagem também apurou a expectativa em relação à retomada da economia no estado do Rio de Janeiro. Nela 52,2% dos consumidores se mostram pessimistas, contra 58% no mês de julho. Por outro lado, 33,8% estão confiantes ou muito confiantes, em julho eram 32,3%. Com relação à economia nacional, 44,1% dos pesquisados demonstram estar descrentes, em julho foram 48,4%, mas 41,2% permanecem confiantes, contra 44,7% em julho.
O estudo também mostra que diminuiu em 16 pontos percentuais o receio dos fluminenses de ter sua renda familiar ainda mais reduzida por conta dos efeitos econômicos da pandemia. Em agosto 39,5% dos entrevistados se mostraram preocupados, contra 55,5% apurado em julho. Já para 43% dos pesquisados, a renda vai se manter como está, em julho eram 28,9%. Outros 14,7% acreditam que vai até aumentar, na pesquisa anterior eram 13,1%.
Endividamento
A pesquisa também procurou saber como vão as finanças dos moradores do estado do Rio. Nos últimos três meses 64,7% dos entrevistados se disseram endividados de alguma maneira. Na projeção dos próximos três meses, 14,9% informaram que os seus gastos com bens duráveis vão aumentar, para 43,4%, no entanto, vão se manter iguais e, para outros 41,7% devem diminuir.
O IFec RJ ainda perguntou aos moradores do estado do Rio quais despesas se tornariam maiores em agosto no comparativo com o mês de julho. O grupo de alimentos e bebidas liderou o ranking com 53,1%, seguidos por luz elétrica, gás e água (47,8%); produtos de higiene pessoal (34,4%); produtos farmacêuticos (32,2%); produtos de limpeza (31,8%); combustíveis (26,5%); planos de saúde/médico (19,7%); internet de celular (17,5%); aluguel (13,2%); educação (12,7%); e produtos eletrônicos (10,5%).
Compras online
As compras através de plataformas digitais ganharam força ao longo do distanciamento social provocado pela pandemia. Nessa sondagem, o IFec RJ buscou entender o comportamento de compras pela internet, durante o isolamento social. 23,7% dos entrevistados disseram que as compras aumentaram, para 21,9% se mantiveram no mesmo nível. Outros 11,4% informaram que passaram a fazer compras pela internet. Mas para 22,8%, suas compras tiveram redução.
Os produtos mais adquiridos pela internet em julho foram: alimentos e bebidas (43,3%); artigos de farmácias e médicos (27,6%); eletrodomésticos (19,4%); vestuário e calçados adultos (29,1%); livros e eBooks (17,7%); eletrônicos ‘computadores, celulares, etc.’ (18,5%); produtos de saúde e beleza (19,4%); móveis (11,1%); vestuários e calçados infantis (13,4%); artigos de uso pessoal ‘bolsa, óculos, etc.’ (14,5%); artigos de papelaria (9,4%); brinquedos (8,8%); e materiais de construção (4,6%).
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