Pelo menos 11 estados brasileiros relatam a falta de vacinas

No Rio de Janeiro, há estoques reduzidos da vacina atualizada contra covid. Ministério da Saúde alega “desafios momentâneos”
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik - Montagem Deise Silva)
(Foto: Freepik - Montagem Deise Silva)

O Brasil enfrenta um cenário preocupante no que diz respeito à vacinação. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), pelo menos 64,7% dos municípios brasileiros relatam falta de imunizantes, principalmente aqueles destinados às crianças, devido à distribuição insuficiente pelo Ministério da Saúde. Pelo menos 11 estados  registram falta de algum tipo de vacina, de acordo com levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo entre os últimos dias 11 e 18. As secretarias estaduais de saúde relatam escassez de diferentes imunizantes, incluindo os destinados à prevenção de covid-19. Em nota, o Ministério da Saúde alega que "não há falta de vacinas". A pasta diz que "enfrentou desafios momentâneos na distribuição de algumas vacinas devido a problemas com fornecedores e produção limitada global" e indica possíveis substituições.

De acordo com as secretarias estaduais, os imunizantes com alguma irregularidade no abastecimento são: covid-19, varicela (catapora), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora), febre amarela, DTP (tétano, difteria e coqueluche), dTpa (versão acelular da vacina contra tétano, difteria e coqueluche), HPV (que protege as meninas contra o câncer do colo do útero e os meninos contra o câncer de pênis), meningocócica ACWY (contra os tipos A, C, W e Y de meningite), hepatite A, hepatite B e raiva.

Baixos estoques

Alguns estados indicaram que as vacinas não acabaram, mas existe risco de desabastecimento nas próximas semanas. No Paraná, além da vacina contra catapora, há baixos estoques do imunizante contra febre amarela. A estimativa é que sejam necessárias 50 mil doses de varicela e 250 mil de febre amarela para normalizar os estoques.

No Estado do Rio de Janeiro, há estoques reduzidos da vacina atualizada contra covid-19 (XBB 1,5) e dos imunizantes contra hepatite A e hepatite B. O Governo de São Paulo afirmou que não faltam vacinas, mas que solicitou 230 mil doses da tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora) e 600 mil doses da vacina contra febre amarela, mas ainda não recebeu.

Municípios já indicavam problemas

Em setembro, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) feita entre os dias 2 e 11 mostrou que 64,7% dos 2.415 municípios questionados relataram falta de vacinas. Na época, o Ministério da Saúde reconheceu o desabastecimento e atribuiu o problema à fabricação, à logística e à demanda. A pasta disse ainda que tentava formas alternativas de aquisição junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Em nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirmou que não faz o monitoramento de estoques de imunizantes. A entidade disse ainda que campanhas de desinformação em relação à vacina contra covid-19 impactaram negativamente o programa de imunizações e que com o surgimento de novas variantes, com necessidade de incorporação de novas vacinas, os estoques acabaram não sendo utilizados totalmente.

"É necessário aprimorar os sistemas informatizados para monitoramento dos estoques e utilização dos imunobiológicos, rever os processos de aquisição e contratos, prevendo o escalonamento da entrega de novos lotes, agilizar os processos de análise tanto quando do recebimento das vacinas e fortalecer a estrutura nacional de produção de imunobiológicos", afirmou. (Fonte: Folha de S.Paulo e Ministério da Saúde)

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: