Nova Friburgo registrou a perda de 41 postos de trabalho em maio. Foram 1.680 admissões e 1.721 desligamentos. Esses são os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Dos cinco setores divulgados, três tiveram queda. A indústria foi a que mais perdeu vagas de emprego, com menos 168. Em seguida vem o comércio, com menos oito e a agropecuária, com menos sete. Os dois setores que registraram o aumento de vagas não superaram os números dos que perderam, foram 122 novos postos de trabalho no setor de serviços e 20 na construção.
Esse é o segundo mês do ano de 2022 que a cidade registrou perda de vagas de trabalho. Em janeiro foram menos 157 vagas. Mas, no acumulado de 2022, de janeiro a maio, Nova Friburgo registra saldo positivo na geração de empregos, com mais 739 vagas. Foram 9.335 admissões e 8.596 demissões. O setor que mais criou vagas foi o de serviços, com 1.030 novos postos de trabalho. Em seguida, vem a construção, com 85 e o comércio com 65 novas vagas. Mas, dois setores tiveram queda nos postos de trabalho nesse período: agropecuária, com menos duas e o destaque para a indústria, com a perda de 439 vagas.
Mesmo sendo um setor importante na empregabilidade, para o prefeito Johnny Maycon, o resultado total da criação de empregos este ano deve ser destacado: "O saldo geral da geração de empregos em Nova Friburgo é positivo. Somos destaque na região e no Estado. Acredito que ao longo do ano é natural que haja essas oscilações na empregabilidade. Mas em âmbito geral, a nível regional e estadual, estamos pontuando muito bem. Nosso saldo anual atualizado, por exemplo, é de 739 novos postos de empregos criados", declarou o prefeito.
Indústria lidera queda de vagas
Durante o ano passado, a indústria foi o setor que mais criou empregos em Nova Friburgo, com 978 novos postos. Foram 6.868 admissões e 5.890 demissões. Esse número corresponde a quase 40% do total de novas vagas criadas no município, durante o ano: 2.454. Mas, desde dezembro de 2021, o setor vem apresentando quedas na geração de empregos, com exceção do mês de abril deste ano, com 52 novos postos. Em dezembro de 2021, foram menos 247 vagas de emprego na indústria. O ano de 2022 começou com menos 76 postos de trabalho no setor, em janeiro. Fevereiro foi marcado com menos 41 vagas e março com menos 206.
Já o setor de serviços lidera o ranking na geração de empregos em Nova Friburgo. Nos cinco primeiros meses deste ano, foi o setor que mais abriu vagas. Em janeiro, foram mais 14 vagas, fevereiro com acréscimo de 187, março registrou 353 novas vagas, abril com 354 e maio 122.
Resultado por grau de instrução, gênero e idade
A divisão por gênero também foi analisada. Mais mulheres, 26, perderam seus empregos no mês de maio, em Nova Friburgo que homens, 15. Essa foi a diferença entre admissão e desligamentos por gênero. Por faixa etária, jovens até 24 anos, foram os mais contratados em maio, com saldo positivo de 136. A partir dessa idade, o saldo foi negativo, 177 desligamentos de trabalhadores entre 25 e 65 anos ou mais.
Pessoas com nível médio de instrução foram as mais contratadas no mês, com saldo positivo de 100 admissões. Já as de nível fundamental completo tiveram o maior número de desligamentos, com 58 demissões. Em seguida vem os trabalhadores que não completaram o Ensino Médio, com saldo de 45 desligamentos, depois os de nível superior incompleto com 17 e os de nível superior completo com resultado de 13 demissões.
Estado com saldo positivo na geração de empregos
De acordo com dados do Novo Caged, o Estado do Rio de Janeiro fechou o mês de maio com mais 20.226 vagas de trabalho preenchidas. Segundo o Governo do Estado, os dados de maio do novo Caged colocam o Rio de Janeiro em 3º lugar no ranking nacional de postos formais, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo. Ainda de acordo com o Novo Caged, em maio os municípios fluminenses que mais se destacaram na recuperação da empregabilidade foram a capital, com 7.262 vagas criadas; Campos dos Goytacazes, com 1.858 e Itaperuna, que gerou 1.577 postos de trabalho, no norte e noroeste do Estado; Duque de Caxias, com 1.454, e Nova Iguaçu, com 1.175 novos empregos, na Baixada Fluminense.
Todos os cinco setores de atividade econômica analisados tiveram saldo positivo. Assim como em Nova Friburgo, no Estado do Rio, o setor de serviços liderou as contratações, com 10.093 novos postos de trabalho, seguido pela construção, com 4.181. Já a indústria foi responsável pela criação de 3.407 novos empregos, o comércio 1.555 e a agricultura 990. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022 foram criados 77.648 postos de trabalho no Estado.
Medo de perder o emprego diminui
Uma sondagem feita pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio) com 318 consumidores fluminenses mostra que o medo de perder o emprego caiu nos últimos três meses. Na pesquisa feita entre os dias 15 e 19 de junho, 37,1% dos entrevistados disseram ter muito medo de ficar desempregados, contra 40,3% do levantamento anterior feito em maio. Já 18,6% afirmaram ter pouco medo de perder o emprego, enquanto 44,3% não têm esse receio.
Em relação aos próximos três meses, 32,4% dos consumidores disseram estar com muito medo de perder o emprego, índice acima do verificado na pesquisa anterior, que foi de 30,9%. Porém, o número de pessoas com pouco medo de ficar desempregado apresentou queda. Em junho, ficou em 21,1%, contra 27% de maio. Não estão com medo de perder o emprego, 46,5%.
Questionados sobre a expectativa da retomada econômica brasileira para os próximos três meses, a pesquisa mostra a desconfiança dos consumidores aumentando em relação à sondagem de maio. Estão pessimistas ou muito pessimistas 50,7%. Em maio, esse índice era de 46,8%. Os confiantes ou muito confiantes, em junho, somaram 33,3%, contra 33,7% da pesquisa anterior. Os que acreditam que a situação não irá se alterar são 16%.
Sobre a retomada da economia do Estado do Rio nos próximos três meses, o número de pessimistas ou muito pessimistas ficou em 49,1%, enquanto em maio foi de 47,5%. O número de consumidores confiantes ou muito confiantes é, atualmente, de 28,3%. Na pesquisa anterior, os que estavam confiantes ou muito confiantes somaram 30,2%. Já 22,6% dos entrevistados acham que a situação não irá se alterar.
Queda na renda familiar
A quantidade de consumidores fluminenses que afirmaram ter sofrido diminuição na renda familiar nos últimos três meses apresentou queda, indo de 53,7% em maio para 51,6% em junho. Os índices mostram que também houve queda na porcentagem dos que relataram aumento da renda familiar: 13,9% (maio) para 12,3% (junho). 36,2% disseram que a renda familiar continuou como está.
O número de consumidores não endividados ou pouco endividados nos últimos três meses ficou em 59,1%. O percentual de endividados caiu de 29% em maio para 21,7% neste mês. O mesmo ocorreu com os muito endividados que em maio eram 23,5% e agora em junho são de 19,2%. No novo levantamento do IFec RJ, 56,9% disseram não ter ficado inadimplentes nos últimos três meses, enquanto 27,3% afirmaram que tiveram dívidas. 15,7% ficaram pouco inadimplentes.
Entre os que se declararam inadimplentes, o cartão de crédito continua sendo o vilão, com 67,4% da inadimplência, seguido pelas contas de luz, gás, telefone, água e internet (34,8%), crédito pessoal (30,4%), cheque especial (29,6%) e IPVA (25,2%).
Deixe o seu comentário