O ano passado foi positivo no quesito geração de empregos em Nova Friburgo. Foram mais 1.049 novos postos de trabalho no município. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Governo Federal. Em 2022 o setor de Serviços foi o campeão na criação de vagas, com 1.563 novos postos de trabalho. Em segundo lugar vem o comércio, com 260 novas vagas, seguido pela construção, que gerou 158 postos de trabalho. A agropecuária teve o saldo de três vagas novas em 2021.
O que chama a atenção na análise dos dados do novo Caged é o fechamento de postos de trabalho na no setor industrial. Foram 935 vagas a menos em 2021, o que influencia diretamente no saldo total de geração de empregos do município. O número de encerramentos de vagas do setor em 2022 é praticamente o mesmo número de empregos que foram gerados pela indústria em 2021, quando o setor fechou aquele ano positivamente, com 978 vagas, na retomada do início da reabertura das atividades, com a chegada da vacinação contra a Covid-19.
O resultado negativo da Indústria em 2022 não surpreendeu quem acompanha os dados mensais do novo Caged. Em apenas quatro meses o setor teve geração de empregos, que somados, chegam a 106. Nos outros meses, o saldo foi negativo. E, em dezembro do ano passado, o saldo foi de menos 262 vagas no setor, resultado de 157 admissões e 419 desligamentos.
Em dezembro, mais demissões que admissões
O mês de dezembro de 2022 não foi bom para Nova Friburgo na geração de empregos. Durante o último mês do ano, foram fechados 549 postos de trabalho. O único setor que encerrou o mês positivamente foi a agropecuária, com uma nova vaga, resultado de três contratações e duas demissões. A indústria foi a que mais fechou postos de trabalho, com menos 262. Seguida do setor de serviços, com menos 172. O terceiro setor que mais perdeu vagas em dezembro de 2022 foi o comércio, com menos 99, e o quarto, a construção civil com menos 17 vagas.
O mês anterior, novembro de 2022, havia fechado com saldo positivo na geração de empregos, com mais 443 postos de trabalho no município. O comércio foi o campeão do mês em criação de vagas, com saldo positivo de 306. Em novembro o setor de serviços abriu 156 vagas. A agropecuária ficou em terceiro lugar na geração de empregos, com apenas uma vaga criada neste mês.
Já os setores indústria e construção fecharam novembro com mais demissões que admissões. Construção com menos uma vaga e indústria com menos 22 vagas.
Desafios para a indústria
Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o recuo da produção industrial em 0,7% em 2022, na comparação com 2021, evidencia uma série de desafios impostos ao setor ao longo do ano passado. Entre os principais, a instituição destaca os fortes entraves à produção devido à falta ou ao alto custo de matérias-primas – desencadeados pela pandemia da Covid-19. Entraves esses que foram agravados com a eclosão da guerra na Ucrânia.
Adicionalmente, a indústria nacional conviveu com uma escalada, interna e externa, da taxa de juros, o que desestimulou o surgimento de novos negócios e limitou o desempenho de importantes segmentos do setor.
Em comunicado divulgado na última semana, a Firjan informou que embora haja um processo de normalização das cadeias globais em curso, 2023 traz a dependência de muitos fatores indefinidos no país e no exterior.
“Nesse sentido, diante da perspectiva de desaceleração econômica global, a Firjan ressalta a necessidade de esforço do Governo Federal para aprovação de reformas estruturantes e para a definição de uma regra fiscal crível, clara, factível e ambiciosa. Essas ações deverão abrir espaço para uma taxa de juros mais baixa, para a recuperação da confiança dos empresários e para ganhos de competitividade e produtividade em setores estratégicos da indústria nacional”, destaca o comunicado da federação.
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