Liga vai aguardar resultado das eleições para definir carnaval em Friburgo

As quatro escolas de samba já teriam entrado em consenso para não ter desfile na Alberto Braune
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
Campeã do carnaval 2020, a Vilage se apresenta na avenida (Foto: Daniel Marcus)
Campeã do carnaval 2020, a Vilage se apresenta na avenida (Foto: Daniel Marcus)

Diante das incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus e a proximidade do fim do ano, ainda há uma grande indefinição sobre o Carnaval 2021. Não fosse a pandemia, à essa época as agremiações já estariam trabalhando a todo vapor para preparar os desfiles. No entanto, em meio a esse cenário nebuloso, ninguém arrisca dizer o que será do carnaval de Nova Friburgo no ano que vem. É viável a sua realização na data habitual? Quem sabe um carnaval fora de época? Ou o mais seguro seria realizar a folia de momo somente em 2022?

Inicialmente, haveria um consenso entre as quatro escolas de samba friburguenses de que não terá desfile, até porque todas estão com os barracões parados. Alunos do Samba e Imperatriz de Olaria consideram inviável a realização do carnaval em 2021, nem mesmo fora de época. Já a campeã Vilage no Samba e a Unidos da Saudade disseram que vão se preparar para realizar os desfiles depois de fevereiro, se a folia for autorizado.

Com tantas perguntas sem resposta, tanto as agremiações carnavalescas quanto a Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Nova Friburgo (Liesbenf) estão em compasso de espera e, oficialmente, aguardam o resultado das eleições para, em conjunto com o(a) prefeito(a) eleito(a), discutir os rumos do carnaval friburguense em 2022.

A Liesbenf, inclusive, está se reunindo com todos os 16 candidatos a prefeito para discutir os rumos do Carnaval 2021. Até porque será ele(a) que irá decidir pela realização ou não da folia. Considerando o atual estágio da retomada gradual e segura das atividades no município, que encontra-se em bandeira verde – estágio mais brando de restrições, que indica risco muito baixo de contágio do novo coronavírus –, não seria possível a realização do carnaval, já que mantém-se suspensas as atividades relacionadas a eventos com aglomeração de público, inclusive os desportivos, boates, teatros, casas de shows e afins, como determina o decreto 714, de 30 de setembro.

Ouvido por A VOZ DA SERRA nesta sexta-feira, 23, o presidente da Liesbenf, José Carlos Espíndola, afirmou que, a julgar pelo cenário atual, sem uma vacina contra a Covid-19, o carnaval no início do ano seria inviável. Sobre a realização da folia fora de época, Espíndola declarou que “tem uma pequena chance”, mas que um posicionamento concreto da liga só será dado após o resultado das eleições.

Em uma nota divulgada recentemente na página oficial da Liesbenf em uma rede social, a entidade reforça que “não é a única responsável pela realização dos desfiles, uma vez que toda a estrutura é de responsabilidade do poder municipal, além da subvenção que é destinada para a compra de troféus de premiação e a contratação dos julgadores. Sendo assim, a Liesbenf não pode decidir tal questão de forma independente”.

Por fim, a entidade informa que “apesar de algumas agremiações terem se posicionado quanto ao assunto, deixamos claro que até o presente momento os desfiles do carnaval de 2021 só serão abordados pela Liesbenf após a definição das eleições municipais, onde juntamente com a nova gestão do município, iremos traçar as melhores alternativas, visando sempre a segurança da população e ao mesmo tempo a qualidade do espetáculo apresentado por todas as agremiações friburguenses”.

O panorama na capital

Mesmo sem qualquer previsão de data para os desfiles, 11 das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro já escolheram seus enredos para o próximo carnaval. Apenas a Mangueira não definiu o seu. Fazer a festa acontecer em julho de 2021 é algo que vem sendo cogitado pelos presidentes das agremiações do Grupo Especial. E, enquanto o carnaval não chega, as escolas programam para janeiro do próximo ano uma maneira diferente de escolher os sambas-enredo: a disputa deverá ser feita por meio de lives nas redes sociais.

 

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