A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou que vai realizar na próxima quinta-feira, 6, o primeiro leilão para compra de até 300 mil toneladas de arroz importado, como informou seu presidente, Edegar Pretto. A medida foi adotada pelo Governo Federal para reduzir o preço do produto, que chegou a aumentar em até 40% por causa das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional. Em alguns supermercados de Nova Friburgo, o pacote com cinco quilos do item básico na mesa dos brasileiros chegou a custar mais de R$ 40. Nesta sexta-feira, 31 de maio, no entanto, já era possível comprar arroz na cidade a partir de R$ 28,90, o pacote de cinco quilos.
De acordo com a Conab, depois do leilão, o cereal deve ser entregue até o dia 8 de setembro. O edital com as regras do leilão foi publicada na última quarta-feira, 29 de maio. No último dia 20, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou as tarifas de importação de três tipos de arroz. Atualmente, a maior parte das importações de arroz no Brasil vem do próprio Mercosul, sem pagar a taxa. Com isenção definida pela Camex, destacou Edegar Pretto, outros países produtores de arroz poderão participar do leilão nas mesmas condições dos fornecedores do Mercosul.
O presidente da Conab afirmou ainda que, depois do primeiro leilão, o governo irá avaliar se serão necessárias outras rodadas de compra para garantir equilíbrio do preço do alimento no mercado. "Não queremos que essa compra importada venha competir com nossa produção nacional. Estamos comprando as primeiras 300 mil toneladas. Vamos avaliar como será o comportamento do mercado. Se nós percebermos que essa medida já equilibrou os preços, o governo vai avaliar se há necessidade ou não de fazer um novo leilão", disse. Uma medida provisória autoriza a compra de até um milhão de toneladas de arroz. Os custos para aquisição são limitados a R$ 1,7 bilhão, previsto em portaria interministerial.
Preço
O produto importado será vendido em uma embalagem específica e a R$ 4, o quilo. Desta forma, o consumidor final pagará, no máximo, R$ 20 pelo pacote de cinco quilos. O arroz importado vai ser destinado a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais em regiões metropolitanas, com base em indicadores de insegurança alimentar.
Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, não há risco de desabastecimento no país. Os produtores alertam para a qualidade do arroz estrangeiro e a manutenção das condições para consumo. "Quando eu tenho um produto importado branco, pronto para o consumo, exige um cuidado muito grande com a sanidade", disse o presidente da Fedearroz, Alexandre Velho.
O edital prevê que o produto importado deve ter cor, odor e sabor característico de arroz beneficiado polido longo fino tipo1 e proíbe a aquisição de arroz aromático. (Com informações da Agência Brasil)
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